Águia-real – Wikipédia, a enciclopédia livre
Águia-real | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Aquila chrysaetos Lineu, 1758 | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
] Reprodução Invernagem Residente ] | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
Falco chrysaetos Falco fulvus |
A águia-real [2][3] (Aquila chrysaetos) é uma ave de rapina europeia,[4] de hábitos diurnos, da família Accipitridae. Habita em grande parte do Hemisfério Norte: Europa, Ásia, Norte da África e grande parte da América do Norte.[1]
Características
[editar | editar código-fonte]- Comprimento: 66 a 100 cm
- Envergadura de asas: 150 a 250 cm
- Peso: 2,5 a 12 kg
Como em todas as aves de rapina, as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos.
Alimentação
[editar | editar código-fonte]Alimenta-se de tarântulas, morcegos, axolotes, salamandras, pássaros, coelhos, ratos, toupeiras, répteis, lebres, cervos[1] e em falcoaria chega a caçar raposas.
Reprodução
[editar | editar código-fonte]A época de reprodução inicia-se em meados de janeiro e prolonga-se até maio-setembro, podendo variar de acordo com a zona geográfica. Cada casal pode ter até 10 ninhos, mas só 2-3 são usados em rotação. Alguns casais usam o mesmo ninho cada ano, enquanto outros alternam os anos. O mesmo ninho pode ser utilizado por gerações. O ninho é normalmente construído num precipício alto. Entretanto, podem ser utilizadas árvores quando não há precipícios disponíveis. O local de nidificação preferido é onde a presa pode ser avistada facilmente. O ninho pode atingir dimensões enormes, se o local o permitir. Alguns ninhos de precipício medem 2,5 a 3 m de diâmetro por 1 a 1,20 m de espessura. O ninho é volumoso e composto de varas, ramos, raízes, ervas daninhas e mato. A fêmea é responsável pela maior parte do período de incubação, embora o macho ajude frequentemente. A postura pode ser de 1-4 ovos; no entanto, é mais comum ser de dois ovos. A cor dos ovos é branco sujo, com manchas castanhas ou castanho-avermelhadas. A incubação dura 35-45 dias. As crias que nascem primeiro são mais fortes e, frequentemente, matam os irmãos menores e mais fracos, sem que os pais interfiram. O filhote é dependente dos pais durante 30 dias ou mais.
Comportamento
[editar | editar código-fonte]Formam casais, e um casal precisa de até 55 km de território para caçar. A velocidade comum durante o voo é de 45 a 50 km/h; foram registados mergulhos que variam de 240 km/h a 320 km/h para capturar a presa. No Alasca e no Canadá, os exemplares de águia-real viajam, na maioria, para sul no outono, quando a comida começa a faltar no norte. Mas nem todos migram; alguns vivem no Alasca, no Canadá meridional e no norte dos EUA.
Habitat
[editar | editar código-fonte]Ocorre na Eurásia, no Norte de África e na América do Norte.
A área de procriação na América do Norte inclui o México norte-central, a zona ocidental dos Estados Unidos – Dakota do Sul, Dakota do Norte, Kansas e Texas –, o Alasca e o norte do Canadá. Durante o inverno, avistam-se exemplares no Alasca meridional e no Canadá e no oeste dos Estados Unidos e do México. São vistos alguns no estado do Minnesota todos os outonos durante a migração e ocasionalmente no rio Mississippi durante o inverno.
A águia-real é protegida pelo governo dos Estados Unidos e considerada ameaçada de extinção. A caça, a eliminação de presas por alteração do habitat natural e o envenenamento por mercúrio são os fatores principais que limitam as populações desta ave. A águia-real abandona o ninho, mesmo durante a incubação, se for perturbada.
Em Portugal
[editar | editar código-fonte]Em Portugal, nidifica no Parque Nacional Peneda-Gerês e nos troços internacionais dos rios Douro e Tejo e respetivos afluentes.
Em 2020 estima-se a existência de 65 casais confirmados e seis casais possíveis de águia-real em Portugal, sendo nos distritos de Bragança e da Guarda que se encontra a grande maioria da população com 44 a 50 casais[5].
Subespécies
[editar | editar código-fonte]Existem 5 subespécies de águias-reais:
- Aquila chrysaetos canadensis
- Aquila chrysaetos chrysaetos
- Aquila chrysaetos daphanea
- Aquila chrysaetos homeyeri – subespécie presente na Península Ibérica
- Aquila chrysaetos japonica – subespécie inglesa
Galeria de imagens
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c «Aquila chrysaetos (Golden Eagle)». www.iucnredlist.org. Consultado em 27 de fevereiro de 2016
- ↑ «Águia-real». Michaelis On-Line. Consultado em 15 de junho de 2016
- ↑ «Definição de 'Águia-real' no Dicionário Eletrónico Estraviz». www.estraviz.org. Consultado em 25 de junho de 2016
- ↑ «Águia-real-europeia». Michaelis On-Line. Consultado em 15 de junho de 2016
- ↑ «Ninhos de Águia-real regressam ao Parque Peneda-Gerês após vários anos de extinção»
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Águia-real (Aquila chrysaetos)». www.avesdeportugal.info. Consultado em 27 de fevereiro de 2016
- «Aquila chrysaetos - Avibase». avibase.bsc-eoc.org. Consultado em 27 de fevereiro de 2016