10.ª Região Militar – Wikipédia, a enciclopédia livre
10.ª Região Militar | |
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Brasão | |
País | Brasil |
Estado | Ceará Piauí |
Corporação | Exército Brasileiro |
Subordinação | Comando Militar do Nordeste |
Denominação | Região Martim Soares Moreno |
Sigla | 10.ª RM |
Criação | 1942 |
História | |
Condecorações | Ordem do Mérito Militar[1] |
Comando | |
Comandante | Gen Div Cristiano Pinto Sampaio[2] |
Sede |
A 10.ª Região Militar (10.ª RM), ou Região Martim Soares Moreno, é uma das doze regiões militares do Exército Brasileiro, sediada em Fortaleza, Ceará e subordinada ao Comando Militar do Nordeste. Abrange os estados do Ceará e Piauí, com responsabilidades tanto administrativas quanto de comando de tropas.
História
[editar | editar código-fonte]O embrião da organização é a 3ª Brigada da 7ª Divisão de Infantaria, do Recife, criada em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, para agrupar as unidades existentes nas capitais dos estados mais setentrionais (Maranhão, Ceará e Piauí) da 7ª Região Militar.[3] Composta do 23º e 29º Batalhões de Caçadores (BCs) de Fortaleza, 25º de Teresina, 24º de São Luís e II Grupo do 5º Regimento de Artilharia Divisionária de Costa, fazia parte da defesa do litoral nordestino, mas sofria com a falta de mobilidade, efetivos e material. A pedido do general Mascarenhas de Moraes, os três estados foram desmembrados para uma região militar própria, pois a 7ª RM era grande demais para administrar.[4] A brigada foi extinta no mesmo dia da criação da 10ª RM.[5][6]
O general cearense Humberto de Alencar Castelo Branco comandou a região de 1952 a 1954. Após estabelecer contatos políticos, foi convidado a ser um candidato de conciliação ao governo do estado, mas não aceitou.[7] À época do golpe de Estado de 1964, estava com o general Almério de Castro Neves, integrante do dispositivo militar governista, mas ele estava de férias e os comandantes do 23º BC e 10º Grupo de Obuses garantiram a adesão ao golpe. Alguns oficiais queriam derrubar o governador Virgílio Távora, mas o general Joaquim Justino Alves Bastos, comandante do IV Exército, não permitiu.[8] Por sua lealdade ao presidente deposto, o general Neves foi substituído por Aluísio Brígido Borba.[9] Em 1967, 1.200 soldados da região fizeram um treinamento antiguerrilha na região do Cariri.[10]
Em 2013, com a criação do Comando Militar do Norte, o Maranhão passou à jurisdição da 8ª Região Militar, sediada no Pará.[11]
Organização
[editar | editar código-fonte]As funções de uma Região Militar são administrativas e logísticas, mas a 10ª, como a 6ª, também comanda as forças combatentes no seu território.[12] A criação de um 25ª Brigada de Infantaria Motorizada no Ceará, planejada no projeto Força Terrestre 90, não se concretizou.[13]
Organizações subordinadas[14] | |||
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Organização militar | Abreviação | Sede | Estado |
Comando | Cmdo 10ª RM | Fortaleza | CE |
Companhia de Comando | Cia Cmdo 10ª RM | Fortaleza | CE |
23º Batalhão de Caçadores | 23º BC | Fortaleza | CE |
25º Batalhão de Caçadores | 25º BC | Teresina | PI |
40º Batalhão de Infantaria | 40º BI | Crateús | CE |
Parque de Manutenção / 10 | Pq R Mnt/10 | Fortaleza | CE |
52º Centro de Telemática | 52º CT | Fortaleza | CE |
10º Depósito de Suprimentos | 10º D Sup | Fortaleza | CE |
Hospital Geral de Fortaleza | H Ge Fortaleza | Fortaleza | CE |
16ª Companhia de Polícia do Exército | 16ª Cia PE | Fortaleza | CE |
Colégio Militar de Fortaleza | CMF | Fortaleza | CE |
2º Batalhão de Engenharia de Construção | 2º BEC | Teresina | PI |
3º Batalhão de Engenharia de Construção | 3º BEC | Picos | PI |
10º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do Exército | 10º CGCFEx | Fortaleza | CE |
Base Administrativa da Guarnição de Fortaleza | B Adm Gu Fortaleza | Fortaleza | CE |
Referências
- ↑ BRASIL, Decreto de 8 de abril de 2004.
- ↑ «Comandante da 10ª RM». Visitado em 6 de maio de 2024
- ↑ Duarte, Paulo de Queiroz (1971). O Nordeste na II Guerra Mundial - Antecedentes e ocupação. Rio de Janeiro: Record. p. 204.
- ↑ Gomes, George Henrique de Vasconcelos; Dantas, Wanderson Ramonn Pimentel (2020). «Ameaça Oculta no Horizonte Atlântico: Vigilância, Mobilização e Defesa Passiva Antiaérea nos Litorais Paraibano e Piauiense (1941-1945)». Navigator. 16 (32). Consultado em 3 de junho de 2022. p. 124.
- ↑ BRASIL. Decreto-lei nº 4.704, de 17 de setembro de 1942. Extingue a 3ª Brigada de Infantaria com sede em Fortaleza. .
- ↑ BRASIL. Decreto-lei nº 4.706, de 17 de setembro de 1942. Cria a 10ª (décima) Região Militar, com sede em Fortaleza.
- ↑ Neto, Lira (2004). Castello: a marcha para a ditadura. São Paulo: Contexto. “Um tiro no pé, outro no coração”
- ↑ D'Aguiar, Hernani (1976). A Revolução por Dentro. São Cristóvão: Artenova. p. 176.
- ↑ Costa, Jucelio Regis da (2015). Os jornais em marcha e as marchas da vitória nos jornais : a imprensa e o golpe civil militar no Ceará (1961-1964) (PDF) (Dissertação de Mestrado). Fortaleza: UFCE. Consultado em 26 de julho de 2022. p. 79.
- ↑ Gomes, Assis Daniel (julho–dezembro de 2017). «As vozes da Caatinga: resistências ao golpe civil-militar no sertão nordestino (1964-1967)». São Paulo. Cordis. 2 (19). Consultado em 26 de julho de 2022. p. 326.
- ↑ BRASIL. Decreto nº 8.053, de 11 de julho de 2013. Altera o Decreto nº 3.213, de 19 de outubro de 1999, que dispõe sobre as áreas de jurisdição dos Comandos Militares de Área e das Regiões Militares no Exército Brasileiro, para criar o Comando Militar do Norte.
- ↑ Gonzales, Selma Lúcia de Moura (2008). A territorialidade militar terrestre no Brasil: os Tiros de Guerra e a estratégia de presença (PDF) (Tese de Doutorado). São Paulo: USP. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 66-69.
- ↑ Kuhlmann, Paulo Roberto Loyolla (2007). Exército brasileiro: estrutura militar e ordenamento político 1984-2007 (PDF) (Tese de Doutorado). São Paulo: USP. Consultado em 23 de junho de 2022. p. 119.
- ↑ 10ª RM (9 de junho de 2015). «Organizações Militares 10ª RM». Consultado em 26 de julho de 2022