3 a.C. – Wikipédia, a enciclopédia livre

SÉCULOS: Século II a.C.Século I a.C.Século I
DÉCADAS: 50 a.C.40 a.C.30 a.C.20 a.C.10 a.C.
0 a.C.010 • 20 • 3040
ANOS: 8 a.C.7 a.C.6 a.C.5 a.C.4 a.C.
3 a.C.2 a.C.1 a.C.123

O ano 3 a.C. foi um ano comum que iniciou numa terça-feira do calendário juliano.[carece de fontes?]

Capacete da infantaria romana (final do primeiro século).

Vida de Jesus

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  • José, que havia fugido para o Egito para proteger seu filho Jesus, é avisado por um anjo da morte de Herodes, e comandado a voltar para a Judeia. Sabendo, porém, que Arquelau reinava na Judeia, José, avisado por um sonho, vai morar na Galileia, governada pelo irmão de Arquelau, Antipas. José vai morar em Nazaré, de onde Jesus tomou o nome de nazareno..[2]
  • Funeral de Herodes, sepultado em Jericó.[2]
  • Os amigos das pessoas mortas por Herodes, após a revolta pela águia de ouro que Herodes havia colocado no templo, protestam contra Arquelau. Após a festa da páscoa, Arquelau envia o exército contra os revoltosos e mata três mil.[2]
  • Arquelau viaja a Roma para que Augusto o confirme como rei. Ele leva Nicolau de Damasco, Ptolemeu, um agente de Herodes, sua mãe Maltace, uma samaritana, Salomé, irmã de Herodes, e os filho de Salomé. Outros parentes vão também, alguns com intensão de acusá-lo. Seu irmão Filipe fica como regente e guardião de seus filhos.[2]
  • Sabino, um agente de Augusto na Síria, após Arquelau ter embarcado para Roma, vai a Jerusalém e toma posse do palácio.[2]
  • Antipas, outro filho de Herodes, também vai a Roma para pedir o reino para si. Salomé o havia instigado a isto, pois ele havia sido nomeado herdeiro no primeiro testamento de Herodes. Antipas vai com sua mãe, Cleópatra, que havia nascido em Jerusalém, Ptolemeu, irmão de Nicolau de Damasco, e o orador Ireneu.[2]
  • Em Roma, os parentes de Herodes ficaram do lado de Antipas, pois eles odiavam Arquelau.[2]
  • Augusto confirma Arquelau como rei.[2]
  • Varo parte de Antioquia para controlar as sedições na Judeia causadas pela ausência de Arquelau.[2]
  • Durante a festa de Pentecostes, vários judeus convergem para Jerusalém para atacar Sabino, que cobiçava o tesouro real. Sabino é cercado no palácio, e recusa um salvo-conduto, porque não confiava nos judeus e esperava ajuda de Varo.[2]
  • Judas, cujo pai Ezequias havia liderado um bando de ladrões e havia tentado derrubar Herodes, reune um bando de homens desesperados em Séforis, cidade da Galileia, e ataca os territórios do rei. Judas pretende conquistar o reino e se tornar rei. Segundo Ussher, o nome hdwhy em hebraico corresponde a Judas, o nome sírio hdwt a Tadeu, logo este Judas é o mesmo Teudas que foi citado por Gamaliel em Atos 5:36.[2]
  • Simão, um servo de Herodes, homem sábio e respeitado, se proclama rei. Ele começa o reinado atacando e pilhando o palácio de Jericó, e outros palácios. Grato (ou, segundo Tácito, o próprio Varo) marcha contra Simão e o derrota no outro lado do Jordão. Simão é decapitado.[2]
  • Em Amata, na margem do rio Jordão, outro palácio é queimado pela turba de Simão. Athronges, um pastor que se destacava apenas pela altura e força, se declara rei. Seus quatro irmãos, igualmente altos e fortes, são seus tenentes. Seu poder dura algum tempo, até ele ser derrotado por Arquelau, depois que este voltou de Roma.[2]
  • Varo, que havia recebido cartas de Sabino e sabia que a terceira legião corria perigo, marcha com duas outras legiões.[2]
  • Varo captura Séforis, vende seus habitantes como escravos e queima a cidade.[2]
  • Varo queima Emaús, onde soldados romanos haviam sido mortos pela turba de Atronges, que havia sido abandonada pelos habitantes.[2]
  • Ao chegar a Jerusalém, os judeus que cercavam os romanos ficaram com medo e abandonaram o ataque, dizendo que estavam lá pela festa.[2]
  • Varo procura os culpados pelas sedições, e crucifica cerca de dois milhares. Após haver pacificado a Judeia, Varo volta a Antioquia.[2]
  • Maltace morre de doença em Roma.[2]
  • Uma embaixada de judeus vai a Augusto para pedir que eles possam viver de acordo com suas leis, e sem reis. Eles queriam que a Judeia fosse anexada à província romana da Síria.[2]
  • Poucos dias depois, Augusto faz de Arquelau senhor, mas não rei, da metade dos domínios do seu pai, a parte que Herodes havia dado no seu testamento. Augusto diz que Arquelau se tornaria rei caso se comportasse bem e merecesse o reino. As cidades que seguiam as leis gregas foram incluídas na província da Síria.[2]
  • A outra metade do reino de Herodes foi dividida em duas partes: Herodes Antipas ficou com a Galileia e a Petreia, e Filipe recebeu a Bataneia, Traconítida e Auranita, com o palácio de Zenodoro. Salomé recebeu algumas cidades e palácios.[2][Nota 1]
  • Um judeu, de família pobre, se faz passar por Alexandre, filho que Herodes tinha executado e que, segundo a história inventada, teria sido salvo da morte por Aristóbulo. Ele engana a todos, chegando a ser levado até Augusto. Augusto, porém, reconhece a impostura, e envia o jovem para as galés, e executa o homem que havia elaborado a fraude.[2]
  • Arquelau, ao retornar a Jerusalém, remove o sacerdote Joazar, filho de Beto (ou filho de Simão, filho de Boethus), e coloca em seu lugar seu irmão Eleazar.[2]

Notas e referências

Notas

  1. Para mais detalhes, ver testamento de Herodes.

Referências

  1. Louis Moréri, Le grand Dictionaire historique, ou le mélange curieux de l'histoire sacrée et profane, Suite chronologique des consuls romains [google books]
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x James Ussher, The Annals of the World [em linha]