Acmeísmo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Acmeísmo se refere a um movimento literário modernista russo que tem origem na palavra grega akme ("cume", "ápice", "fastígio"). Ele ocorreu durante a Era de Prata russa. Trazia um certo espiritinovismo à poesia, em contrapartida a algumas tendências vanguardistas demolidoras, em prol da linguagem simples, clara e usual. Dois membros importantes deste movimento foram Anna Akhmatova e Osip Mandelstam.
O acmeísmo foi anunciado por Mikhail Kuzmin no seu ensaio Sobre a formosa claridade (1910). Os acmeístas defendiam a claridade apolínea através da sua revista Apollo em contraposição com o delírio dionisíaco propagado pelos poetas simbolistas russos como Andrei Beli ou Viatcheslav Ivanov. Por outras palavras, preferiam "a expressão direta através das imagens" à "intimação através dos símbolos"[1].
No seu manifesto, A manhã do acmeísmo (1913), Osip Mandelstam definiu o movimento como "um anseio de cultura mundial", como "uma forma neo-clássica de modernismo com uma "continuidade cultural e do oficio poético"[2], o que permitia situar entre os seus referentes poéticos Alexander Pope, Théophile Gautier, Rudyard Kipling, Innokenti Annenski e os poetas parnasianos.
Entre os poetas mais importantes do acmeísmo estão Nikolai Gumilev, Osip Mandelstam, Mikhail Kuzmin, Anna Akhmatova e Georgi Ivanov.
Referências
- ↑ (em inglês) Mark Willhardt, Alan Michael Parker. Who's Who in 20th Century World Poetry. Routledge, 2001. ISBN 0-415-16355-2. Page 8.
- ↑ (em inglês) Michael Wachtel. The Cambridge Introduction to Russian Poetry. Cambridge University Press, 2004. ISBN 0-521-00493-4. Page 8.