Acopiara – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | acopiarense | ||
Localização | |||
Localização de Acopiara no Ceará | |||
Localização de Acopiara no Brasil | |||
Mapa de Acopiara | |||
Coordenadas | 6° 05′ 42″ S, 39° 27′ 10″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Ceará | ||
Municípios limítrofes | Norte: Mombaça, Piquet Carneiro e Dep. Irapuan Pinheiro, Leste: Quixelô e Solonópole, Sul: Iguatu, Quixelô e Jucás, Oeste: Saboeiro e Catarina | ||
Distância até a capital | 352 km | ||
História | |||
Fundação | 28 de setembro de 1921 (103 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Antônio Almeida Neto (MDB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 2 265,349 km² | ||
População total (IBGE/2018[2]) | 53 931 hab. | ||
Densidade | 23,8 hab./km² | ||
Clima | Tropical quente semiárido | ||
Altitude | 317 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,597 — baixo | ||
PIB (IBGE/2011[4]) | R$ 236 658 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2011[4]) | R$ 4 598,07 | ||
Sítio | acopiara.ce.gov.br (Prefeitura) |
Acopiara é um município brasileiro do estado do Ceará, localizado na região Centro-Sul do estado, distante 352 km da capital cearense, com acessos através da BR-116 e CE-060. O acesso ferroviário à cidade se dá pela Linha Sul da Rede de Viação Cearense (RVC), hoje concedida à Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN).[5][6][7]
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 53 931[2] habitantes. Acopiara é a terra natal do apresentador e radialista da TV Jangadeiro Nonato Albuquerque.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Acopiara é uma composição da língua tupi aco: roça, roçado, cultura; pi: de pina, limpar ou tratar; e ara: (prefixo que indica agente) que significa: aquele que cultiva a terra, o agricultor ou o lavrador.[8] Sua denominação original era Lages, depois Afonso Pena e, desde 1943, Acopiara.[8]
História
[editar | editar código-fonte]Desde os tempos imemoriais, os indígenas Quixelôs e Inhamuns viviam na região do médio do Rio Jaguaribe.[9]
Primitivamente sua vinculação geográfica tinha como subordinante o Distrito denominado de Vila Telha (Iguatu). Chamava-se Lages, designativo característico de sua formação geológica, envolvendo pedreiras, elevações irregulares e chãs ribeirinhas, compondo dessa forma pequenos nódulos de solos diversificados. Nesse complexo variado, estabeleceu-se como pioneiro o Alferes Antônio Vieira Pita, a família Pereira e outros imigrantes, com assentamentos que datam da segunda década do Século XVIII. O primeiro indício de posse consta de uma sesmaria, concedida a um desses pioneiros pelo Capitão-Mor Salvador Alves da Silva, em data de 4 de julho de 1719. Nesse módulo e noutros posteriormente cedidos, situaram-se fazendas e edificaram-se moradias, formando a povoação cujo nome já foi descrito.
Evolução Política: Em regime patriarcalmente estabelecido e dentro das exceções determinadas pelas necessidades de movimentação rotineira, o agregamento inicial transformou-se em povoado, perdendo de sua originalidade as principais características. Quase duzentos anos se passaram, perdidos na lentidão do marasmático progresso, até que no início do Século XX, o bafejo renovador das transformações sociais proporcionou impulsos mais alentadores. Surgiu a Ferrovia Fortaleza-Crato. A povoação de Lages, até então adormecidas, recebeu como prêmio a sua Estação Ferroviária, mantendo o locativo inicial (10 de julho de 1919).
A contar de então, Lages tomou novos rumos e partiu para a sua emancipação já nos padrões urbanos dos quais resultaria a consecução desse objetivo. O seu desmembramento, na qualidade de Distrito até então vinculado ao Iguatu, deu-se consoante Lei nº 1.875, de 23 de
Fundada em 28 de setembro de 1921, instalando-se a Vila em data de 14 de janeiro de 1922. Em 1923, consoante Decreto nº 1.156, Lages passou à denominação de Afonso Pena, homenagem que se prestava a um dos Presidentes brasileiros. Sua elevação à categoria de Cidade ocorreu segundo Decreto nº 448, de 20 de dezembro de 1938, tendo sido seu primeiro Prefeito Celso de Oliveira Castro.
Geografia
[editar | editar código-fonte]Clima
[editar | editar código-fonte]Tropical quente semiárido com pluviometria média de 754,3 mm[10] com chuvas concentradas de janeiro a abril.
Hidrografia e recursos hídricos
[editar | editar código-fonte]As principais fontes de água são o rio Trussu, riachos Quicoê, Carrapateiro, Madeira, Cunhapoti, Meru e Ererê.
Relevo e solos
[editar | editar código-fonte]As principais elevações são as Serras do Maia e do Flamengo.
Subdivisão
[editar | editar código-fonte]O município tem dez distritos: Barra do Ingá, Ebron, Isidoro, Quincoe, Santa Felicia, Santo Antonio, São Paulinho, Solidão, Trussu, Luna, Sede Urbana.
Vegetação
[editar | editar código-fonte]Composta por caatinga arbustiva aberta e floresta caducifólia espinhosa.
Economia
[editar | editar código-fonte]Como em muitas cidades do interior do Ceará, Acopiara tem em sua produção agrícola a maior fonte de renda, muito embora possa-se verificar que a agricultura se apresente ainda na sua maioria como de subsistência de pequenos produtores. Destaque para o ramo aviário, que cresceu muito nos últimos anos.
Na década de 1970, Acopiara foi o segundo produtor de algodão do estado do Ceará, mas as constantes secas, bem como a inserção do bicudo em suas lavouras, contribuíram para que sua produção fosse bastante reduzida, contudo o ramo algodoeiro ainda tem contribuído muito na economia acopiarense.
Destacam-se também no ramo industrial, as indústrias de sabão e a refinaria de óleo. A cidade também dispõe de boa estrutura no ramo de cerâmicas, com boa produção de tijolos e telhas.
No setor do comércio Acopiara dispõe de muitas lojas de vestuário e moda de qualidade, bem como mercantis e supermercados de pequeno e médio porte. A saber: Mercantil São Francisco, Super Albuquerque e Super Queiroz, este um mercado de atacadão. Também conta ainda nos dias atuais com um mercado de hortifrúti o Feirão da Frutas que, por tempos abastecia não só a cidade de Acopiara como outras pertencentes a Região Centro Sul e Sertão Central.
Dentre outros fortes, a cidade dispõe de lojas do ramo de eletrodomésticos como a Zenir, Macavi e Moveletro, sendo esta última filha da cidade de Acopiara. Já no começo de 2017 sendo inaugurada a farmácia Pague Menos e Edfarma.
Cultura
[editar | editar código-fonte]Os principais eventos culturais são:
- Festa da padroeira: Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro (05 de julho);
- Festa de São Francisco (04 de setembro);
- Carnafest - Considerado por muitos o melhor carnaval do interior do Ceará;
- FETAC - Festival de Teatro Amador (O Festival de Teatro de Acopiara teve início no ano de 1989, com a realização de amostra de espetáculos teatrais de grupos de Acopiara).
Política
[editar | editar código-fonte]A administração municipal localiza-se na sede, Acopiara.[8]
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 1 de novembro de 2018
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008. Arquivado do original em 26 de junho de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Antiga estação ferroviária de Acopiara é demolida - Região». Diário do Nordeste. 14 de julho de 2021. Consultado em 15 de março de 2022
- ↑ «Conheça a história do 'sonho azul' da RFFSA, que ligava o Cariri a Fortaleza». Badalo. 10 de março de 2019. Consultado em 15 de março de 2022
- ↑ Gerodetti, João Emilio; Cornejo, Carlos (2005). As ferrovias do Brasil nos cartões-postais e álbuns de lembranças. [S.l.]: Solaris Editorial
- ↑ a b c «Página do IBGE» (PDF). Consultado em 25 de janeiro de 2010
- ↑ Nimuemdaju, Curt (2017). «Mapa Etno-histórico de Curt Nimuendajú». Consultado em 29 de junho de 2024
- ↑ Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.