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Acopiara
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Acopiara
Bandeira
Hino
Gentílico acopiarense
Localização
Localização de Acopiara no Ceará
Localização de Acopiara no Ceará
Localização de Acopiara no Ceará
Acopiara está localizado em: Brasil
Acopiara
Localização de Acopiara no Brasil
Mapa
Mapa de Acopiara
Coordenadas 6° 05′ 42″ S, 39° 27′ 10″ O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes Norte: Mombaça, Piquet Carneiro e Dep. Irapuan Pinheiro, Leste: Quixelô e Solonópole, Sul: Iguatu, Quixelô e Jucás, Oeste: Saboeiro e Catarina
Distância até a capital 352 km
História
Fundação 28 de setembro de 1921 (103 anos)
Administração
Prefeito(a) Antônio Almeida Neto (MDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 2 265,349 km²
População total (IBGE/2018[2]) 53 931 hab.
Densidade 23,8 hab./km²
Clima Tropical quente semiárido
Altitude 317 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,597 baixo
PIB (IBGE/2011[4]) R$ 236 658 mil
PIB per capita (IBGE/2011[4]) R$ 4 598,07
Sítio acopiara.ce.gov.br (Prefeitura)

Acopiara é um município brasileiro do estado do Ceará, localizado na região Centro-Sul do estado, distante 352 km da capital cearense, com acessos através da BR-116 e CE-060. O acesso ferroviário à cidade se dá pela Linha Sul da Rede de Viação Cearense (RVC), hoje concedida à Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN).[5][6][7]

Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 53 931[2] habitantes. Acopiara é a terra natal do apresentador e radialista da TV Jangadeiro Nonato Albuquerque.

Acopiara é uma composição da língua tupi aco: roça, roçado, cultura; pi: de pina, limpar ou tratar; e ara: (prefixo que indica agente) que significa: aquele que cultiva a terra, o agricultor ou o lavrador.[8] Sua denominação original era Lages, depois Afonso Pena e, desde 1943, Acopiara.[8]

Desde os tempos imemoriais, os indígenas Quixelôs e Inhamuns viviam na região do médio do Rio Jaguaribe.[9]

Primitivamente sua vinculação geográfica tinha como subordinante o Distrito denominado de Vila Telha (Iguatu). Chamava-se Lages, designativo característico de sua formação geológica, envolvendo pedreiras, elevações irregulares e chãs ribeirinhas, compondo dessa forma pequenos nódulos de solos diversificados. Nesse complexo variado, estabeleceu-se como pioneiro o Alferes Antônio Vieira Pita, a família Pereira e outros imigrantes, com assentamentos que datam da segunda década do Século XVIII. O primeiro indício de posse consta de uma sesmaria, concedida a um desses pioneiros pelo Capitão-Mor Salvador Alves da Silva, em data de 4 de julho de 1719. Nesse módulo e noutros posteriormente cedidos, situaram-se fazendas e edificaram-se moradias, formando a povoação cujo nome já foi descrito.

Evolução Política: Em regime patriarcalmente estabelecido e dentro das exceções determinadas pelas necessidades de movimentação rotineira, o agregamento inicial transformou-se em povoado, perdendo de sua originalidade as principais características. Quase duzentos anos se passaram, perdidos na lentidão do marasmático progresso, até que no início do Século XX, o bafejo renovador das transformações sociais proporcionou impulsos mais alentadores. Surgiu a Ferrovia Fortaleza-Crato. A povoação de Lages, até então adormecidas, recebeu como prêmio a sua Estação Ferroviária, mantendo o locativo inicial (10 de julho de 1919).

A contar de então, Lages tomou novos rumos e partiu para a sua emancipação já nos padrões urbanos dos quais resultaria a consecução desse objetivo. O seu desmembramento, na qualidade de Distrito até então vinculado ao Iguatu, deu-se consoante Lei nº 1.875, de 23 de

Fundada em 28 de setembro de 1921, instalando-se a Vila em data de 14 de janeiro de 1922. Em 1923, consoante Decreto nº 1.156, Lages passou à denominação de Afonso Pena, homenagem que se prestava a um dos Presidentes brasileiros. Sua elevação à categoria de Cidade ocorreu segundo Decreto nº 448, de 20 de dezembro de 1938, tendo sido seu primeiro Prefeito Celso de Oliveira Castro.

Tropical quente semiárido com pluviometria média de 754,3 mm[10] com chuvas concentradas de janeiro a abril.

Hidrografia e recursos hídricos

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As principais fontes de água são o rio Trussu, riachos Quicoê, Carrapateiro, Madeira, Cunhapoti, Meru e Ererê.

Relevo e solos

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As principais elevações são as Serras do Maia e do Flamengo.

O município tem dez distritos: Barra do Ingá, Ebron, Isidoro, Quincoe, Santa Felicia, Santo Antonio, São Paulinho, Solidão, Trussu, Luna, Sede Urbana.

Composta por caatinga arbustiva aberta e floresta caducifólia espinhosa.

Como em muitas cidades do interior do Ceará, Acopiara tem em sua produção agrícola a maior fonte de renda, muito embora possa-se verificar que a agricultura se apresente ainda na sua maioria como de subsistência de pequenos produtores. Destaque para o ramo aviário, que cresceu muito nos últimos anos.

Na década de 1970, Acopiara foi o segundo produtor de algodão do estado do Ceará, mas as constantes secas, bem como a inserção do bicudo em suas lavouras, contribuíram para que sua produção fosse bastante reduzida, contudo o ramo algodoeiro ainda tem contribuído muito na economia acopiarense.

Destacam-se também no ramo industrial, as indústrias de sabão e a refinaria de óleo. A cidade também dispõe de boa estrutura no ramo de cerâmicas, com boa produção de tijolos e telhas.

No setor do comércio Acopiara dispõe de muitas lojas de vestuário e moda de qualidade, bem como mercantis e supermercados de pequeno e médio porte. A saber: Mercantil São Francisco, Super Albuquerque e Super Queiroz, este um mercado de atacadão. Também conta ainda nos dias atuais com um mercado de hortifrúti o Feirão da Frutas que, por tempos abastecia não só a cidade de Acopiara como outras pertencentes a Região Centro Sul e Sertão Central.

Dentre outros fortes, a cidade dispõe de lojas do ramo de eletrodomésticos como a Zenir, Macavi e Moveletro, sendo esta última filha da cidade de Acopiara. Já no começo de 2017 sendo inaugurada a farmácia Pague Menos e Edfarma.

Os principais eventos culturais são:

  • Festa da padroeira: Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro (05 de julho);
  • Festa de São Francisco (04 de setembro);
  • Carnafest - Considerado por muitos o melhor carnaval do interior do Ceará;
  • FETAC - Festival de Teatro Amador (O Festival de Teatro de Acopiara teve início no ano de 1989, com a realização de amostra de espetáculos teatrais de grupos de Acopiara).

A administração municipal localiza-se na sede, Acopiara.[8]

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. a b «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 1 de novembro de 2018 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008. Arquivado do original em 26 de junho de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «Antiga estação ferroviária de Acopiara é demolida - Região». Diário do Nordeste. 14 de julho de 2021. Consultado em 15 de março de 2022 
  6. «Conheça a história do 'sonho azul' da RFFSA, que ligava o Cariri a Fortaleza». Badalo. 10 de março de 2019. Consultado em 15 de março de 2022 
  7. Gerodetti, João Emilio; Cornejo, Carlos (2005). As ferrovias do Brasil nos cartões-postais e álbuns de lembranças. [S.l.]: Solaris Editorial 
  8. a b c «Página do IBGE» (PDF). Consultado em 25 de janeiro de 2010 
  9. Nimuemdaju, Curt (2017). «Mapa Etno-histórico de Curt Nimuendajú». Consultado em 29 de junho de 2024 
  10. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.

Ligações externas

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