Agência Internacional de Pesquisa em Câncer – Wikipédia, a enciclopédia livre

Agência Internacional de Pesquisa em Câncer
Agência Internacional de Pesquisa em Câncer
Sede do IARC/CIRC
Tipo Agência da Organização Mundial da Saúde - ONU
Acrônimo IARC, CIRC
Comando Elisabete Weiderpass  Brasil
Status Ativa
Fundação 20 de maio de 1965 (59 anos)
Sede 25 avenue Tony Garnier, 69007 Lyon
 França
Website www.iarc.fr

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (português brasileiro) ou Cancro (português europeu) (AIPC; em francês: Centre international de recherche sur le cancer - CIRC; em inglês: International Agency for Research on Cancer, IARC) é uma agência intergovernamental que faz parte da Organização Mundial de Saúde (OMS) das Nações Unidas (ONU).

Seus escritórios principais estão em Lyon, França. O seu papel é conduzir e coordenar a investigação sobre as causas do câncer/cancro. Ela também recolhe e publica dados de vigilância em relação à ocorrência da doença em todo o mundo.[1]

A entidade tem produzido uma série de monografias sobre os riscos de câncer para os seres humanos representados pela exposição a diversos agentes químicos e misturas.[2] Após a sua criação, a organização recebeu numerosos pedidos de listas de agentes conhecidos ou suspeitos de causarem câncer em humanos. Em 1970, o Comitê Consultivo da AIPC recomendou que grupos de peritos elaborassem um compêndio sobre os produtos químicos cancerígenos e começou a publicar sua série de monografias sobre o assunto.[3]

Em 26 de outubro de 2015, a Agência informou que o consumo de carne processada (por exemplo, bacon, presunto, salsichas) é um agente cancerígeno de classe 1 ("cancerígeno para os seres humanos"), enquanto a carne vermelha foi classificada como um agente cancerígeno classe 2A ( "provavelmente cancerígena para os seres humanos").[4][5][6]

Categorias da AIPC

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A AIPC categoriza agentes, misturas e exposições com potencial cancerígeno em cinco categorias. Observe que a classificação se baseia apenas na força da evidência de carcinogenicidade, não no aumento relativo do risco de câncer devido à exposição, ou na quantidade de exposição necessária para causar câncer. Por exemplo, uma substância que aumenta apenas muito ligeiramente a probabilidade de câncer e a exposição só depois de longo prazo e por grandes doses seriam colocadas no Grupo 1, embora não representem um risco significativo em condições normais de utilização.[7]

  • Grupo 1: cancerígeno para os seres humanos: há evidência suficiente para concluir que pode causar câncer em humanos;
  • Grupo 2A: provavelmente cancerígeno para os seres humanos: existem fortes evidências de que pode causar câncer em humanos, mas, atualmente, não é conclusivo;.
  • Grupo 2B: possivelmente cancerígeno para os seres humanos: há alguma evidência de que pode causar câncer em humanos, mas neste momento está longe de ser conclusivo;
  • Grupo 3: não classificável como carcinogênico em humanos: não há nenhuma evidência, neste momento, de que cause câncer em humanos;
  • Grupo 4: provavelmente não carcinogênico para humanos: existem fortes evidências de que não cause câncer em humanos. Apenas uma substância - caprolactama - foi avaliada pela sua carcinogenicidade pela IARC e colocada nesta categoria.

Referências

  1. http://www-dep.iarc.fr/
  2. http://monographs.iarc.fr/
  3. http://monographs.iarc.fr/ENG/Preamble/CurrentPreamble.pdf
  4. Staff (26 de outubro de 2015). «World Health Organization - IARC Monographs evaluate consumption of red meat and processed meat» (PDF). International Agency for Research on Cancer. Consultado em 26 de outubro de 2015 
  5. Hauser, Christine (26 de outubro de 2015). «W.H.O. Report Links Some Cancers With Processed or Red Meat». New York Times. Consultado em 26 de outubro de 2015 
  6. Staff (26 de outubro de 2015). «Processed meats do cause cancer - WHO». BBC News. Consultado em 26 de outubro de 2015 
  7. «<<Introduction>>». International Programme on Chemical Safety. Janeiro de 1999. Consultado em 16 de maio de 2010 

Ligações externas

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