Alberto de Brandemburgo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Alberto de Brandemburgo
Cardeal da Santa Igreja Romana
Administrador apostólico de Halberstadt
Arcebispo de Magdeburgo
Arcebispo de Mainz
Alberto de Brandemburgo
Alberto de Mainz. Retrato de Lucas Cranach, o Velho, 1526.
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 4 de abril de 1513
Nomeação episcopal 31 de agosto de 1513
Ordenação episcopal 2 de julho de 1514
por Dom Dietrich von Bülow
Nomeado arcebispo 31 de agosto de 1513
Cardinalato
Criação 24 de março de 1518
por Papa Leão X
Ordem Cardeal-presbítero
Título São Crisógono (1518-1521)
São Pedro Acorrentado (1521-1545)
Lema Domine, dilexi decorem domus tuae
Dados pessoais
Nascimento Cölln
28 de junho de 1490
Morte Aschafemburgo
24 de setembro de 1545 (55 anos)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Alberto de Brandemburgo (em alemão: Albrecht von Brandenburg) (Cölln, 28 de junho de 1490 — Martinsburg, em Mainz, 24 de setembro de 1545) da casa de Hohenzollern foi inicialmente margrave de Brandemburgo com seu irmão mais velho Joaquim I Nestor (como Alberto IV). Depois entrou para o clero, tornou-se arcebispo de Magdeburgo em 1513 (também como Alberto IV) e (como Alberto V) administrador apostólico para o bispado vago de Halberstadt. Em 1514 tornou-se também arcebispo de Mainz, Príncipe-eleitor e Arquichanceler do Sacro Império Romano-Germânico. Em 1518 alcançou a dignidade de cardeal com o título de São Crisógono, desde 1521 também com a igreja titular de San Pietro in Vincoli.

Como promotor da venda de indulgências e o mais alto dignitário eclesiástico do Sacro Império Romano-Germânico, ele foi um dos oponentes mais importantes e conhecidos de Martinho Lutero.

Início de carreira

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Nascido em Cölln no Spree (atualmente um bairro do centro histórico de Berlim), Alberto era o filho mais novo de João Cícero, Eleitor de Brandemburgo e de Margarida da Turíngia.[1]

Após o funeral de seu pai, Alberto e seu irmão mais velho Joaquim I Nestor tornaram-se marqueses de Brandemburgo em 1499, mas apenas seu irmão mais velho detinha o título de eleitor de Brandemburgo. Alberto estudou na universidade de Frankfurt an der Oder, e em 1513 tornou-se arcebispo de Magdeburgo aos 23 anos e administrador apostólico da diocese de Halberstadt.[1]

Em 1514 obteve o Eleitorado de Mainz e em 1518, aos 28 anos, foi proclamado cardeal. A indulgência emitida por Leão X em 1514 para a construção da nova Basílica de São Pedro em Roma, foi confiada a Alberto (1517) para publicação na Saxônia e em Brandemburgo. Custou-lhe a soma considerável de dez mil ducados,[2] e Alberto empregou Johann Tetzel para a pregação real da indulgência. Mais tarde, Martinho Lutero dirigiu uma carta de protesto a Alberto sobre a conduta de Tetzel.[3]

Em grande parte em reação às ações de Tetzel, Martinho Lutero escreveu suas famosas 95 Teses, que levaram à Reforma Protestante. Lutero as enviou a Alberto em 31 de outubro de 1517, e de acordo com uma tradição discutível[4] pregou uma cópia na porta da igreja do Castelo em Wittenberg. Alberto encaminhou as teses para Roma, suspeitando tratar-se de heresia.[5] Quando a eleição imperial de 1519 se aproximava, os partidários dos dois principais candidatos (o rei Carlos I da Espanha e Francisco I da França) solicitaram avidamente o voto do príncipe-arcebispo de Mainz, e Alberto parece ter recebido uma grande quantia em dinheiro por seu voto. Os eleitores posteriormente escolheram Carlos, que se tornou o imperador Carlos V.[1]

As ideias avançadas e liberais de Alberto, sua amizade com Ulrich von Hutten e suas ambições políticas parecem ter gerado esperanças de que ele pudesse ser conquistado pelo protestantismo; porém, após a guerra dos camponeses alemães de 1525 ele posicionou-se definitivamente a favor dos partidários do catolicismo, e esteve entre os príncipes que se juntaram à Liga de Dessau em julho de 1525.[1]

A hostilidade de Alberto para com os reformadores, no entanto, não foi tão extrema quanto a de seu irmão Joaquim I Nestor, Príncipe-Eleitor de Brandemburgo; e ele parece ter se empenhado na busca pela paz, embora fosse membro da Liga de Nuremberg, formada em 1538 como um contrapeso à Liga de Esmalcalda. Novas doutrinas, no entanto, fizeram progressos consideráveis em seus domínios, e ele foi obrigado a conceder liberdade religiosa aos habitantes de Magdeburgo em troca de 500 mil florins. Durante seus últimos anos mostrou mais intolerância para com os protestantes, e favoreceu o ensino dos jesuítas em seus domínios.[6]

Alberto adornou a igreja colegiada (Stiftskirche) em Halle an der Saale e a Catedral de Mainz de forma suntuosa, e teve como lema as palavras Domine, dilexi decorem domus tuae (do latim: “Senhor, eu amo a beleza de sua casa.”). Um generoso protetor das artes e do ensino, Alberto contou com Erasmo de Roterdã entre seus amigos.[6]

Alberto morreu em Martinsburg, Mainz em 1545[7] e foi sepultado na Catedral de Mainz. Um memorial artístico marca o local de descanso de seus restos mortais.[3]

Referências

  1. a b c d Chisholm 1911, p. 496.
  2. Bainton 1950, p. 75.
  3. a b O'Mailia 1913, p. 262.
  4. Bainton 1950, p. 79.
  5. Wengert 2015, p. 48.
  6. a b Chisholm 1911, p. 497.
  7. «The Cardinals of the Holy Roman Church - Biographical Dictionary - Consistory of March 24, 1518». web.archive.org. 25 de outubro de 2015. Consultado em 15 de julho de 2022 

Ligações externas

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Alberto de Brandemburgo
Nascimento: 28 de junho de 1490 Morte: 24 de setembro de 1545
Precedido por:
Ernesto II
Arcebispo de Magdeburgo
1513–1545
Sucedido por:
João Alberto
(Administrador)
Bispo de Halberstadt
1513–1545
Precedido por:
Uriel
Arcebispo-Eleitor de Mainz
1514–1545
Sucedido por:
Sebastião