Almani – Wikipédia, a enciclopédia livre

Samori Turé (1830-1900), um dos mais ilustres a usar o título

Almani, também usualmente referido como Almamy ou Almany, é um título concedido a um governante muçulmano que possui autoridade sobre um determinado estado. Foram esses vistos em lugares conquistados da África Ocidental no século XIX. A palavra tem derivação do nome miralmuminim (em árabe: أمير المؤمنين ), podendo ser traduzida como Emir dos Crentes, Príncipe dos Fiéis ou Comandante dos Fiéis.

A expressão Almami também é usada para designar o título de um comandante regional com fundamento no Islã em alguns lugares de países da África Ocidental. É quase semelhante ao título do Califa (comuns na Idade Média) ou do xeique, governantes locais e oficiais em países e emirados do oriente médio. A dessemelhança só ocorre em relação ao local referente, nessa passagem os almanis são vistos na África Ocidental.

No estado norte-africano de Bundu, Mãlik Sy adotara o título e este foi mantido por seus descendentes, embora autores digam que o título por ele adotado tenha sido "eliman", os dois termos derivam do árabe "al-imã"; em Bundu, o termo "imã" tinha uso mais geral, ao passo em que almani tinha acepção mais particular; assim, seu neto Ahmadi Gaye adotara o título de "almaamy" (ou ainda grafado eliman ou almany como seus predecessores).[1]

Na Guiné, em 1870, um homem chamado Samori adotou o título de Almany, indicando que desempenhava um papel tanto político quanto religioso num estado que incorporava, além da atual Guiné, também parte da Costa do Marfim e do Mali.[2]

Almanis já titulares na história

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Referências

  1. H. Weiss. «Attemps to Establish an Islamic Economy». Consultado em 25 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 25 de outubro de 2020. Download automático 
  2. Gordon Melton; Martin Baumann (2010). Religions of the World: A Comprehensive Encyclopedia of Beliefs and Practices 2ª ed. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 1279. Consultado em 25 de outubro de 2020