Almíscar – Wikipédia, a enciclopédia livre

Almíscar (do persa mushk, "testículo", através do árabe almisk) é um perfume obtido a partir de uma substância de forte odor secretada por uma glândula do cervo-almiscarado, de outros animais e também de algumas plantas de odor similar.[1]

Fontes naturais

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Glândula do cervo-almiscarado masculino.

A variedade que é comercializada é a secreção do cervo-almiscarado, porém o odor se encontra também no boi-almiscarado, no rato-almiscarado (Ondatra zibethicus) da América do Norte, na ratazana-almiscarada da Índia e Europa, no pato-almiscarado (Biziura lobata) do sul da Austrália, no musaranho-almiscarado, no escaravelho-almiscarado (Calichroma moschata) e no aligátor-americano da América do Norte, entre outros animais.

No reino vegetal, se encontra no "almíscar-comum" (Mimulus inoschalus), na madeira-almiscarada e nas "sementes de almíscar" do Abelmoschus moschatus.

Para obter-se o perfume do cervo-almiscarado, mata-se o animal e se extrai completamente a glândula, que é secada ao sol, sobre uma pedra quente ou submergindo-a em azeite quente. É comercializada sob duas formas: a glândula inteira ou o perfume extraído do seu receptáculo.

São conhecidos três tipos:

O almíscar Tong-king é exportado em pequenos recipientes ricamente decorados com filigranas de estanho ou chumbo, onde o perfume é selado.

O almíscar é de uma coloração púrpura escura, seco, suave e suntuoso ao tato, de sabor amargo. Um grama de almíscar dará um odor característico a milhões de metros cúbicos de ar sem uma perda apreciável de peso, e seu aroma não é só mais penetrante, como também mais persistente que qualquer outra substância conhecida. Além de seus princípios odoríferos, contém amoníaco, colesterol, matéria graxa e outros produtos. É uma matéria-prima muito importante em perfumaria, dando força e permanência às essências vegetais com seu aroma poderoso e duradouro.

O almíscar artificial é um produto sintético denominado simtrinitro-butil-tolueno, possuindo um aroma similar ao natural. Foi obtido pelo químico Albert Baur em 1888, condensando tolueno com brometo de isobutila em presença de cloreto de alumínio, e nitrogenando o produto obtido. Têm sido criadas muitas fórmulas similares, e acredita-se que o odor delas dependa da simetria dos três grupos nitrogenados. A descoberta do almíscar sintético evitou a extinção do cervo-almiscarado.[carece de fontes?]

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 89.

Ligações externas

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