Amílcar Ángel Mercader – Wikipédia, a enciclopédia livre

Amílcar Ángel Mercader
Juiz da Suprema Corte da Nação Argentina
Período 3 de Fevereiro de 1965
até 28 de Junho de 1966
Nomeação por Arturo Umberto Ilia
Antecessor(a) José Francisco Bidau
Convenção Constituinte da Nação Argentina
Período 24 de Janeiro de 1949
até 16 de Março de 1949
Procurador do Tesouro da Nação Argentina
Período 1963 à 1966
Dados pessoais
Nascimento 9 de agosto de 1896
La Plata, província de Buenos Aires, Argentina
Falecimento 5 de junho de 1967
La Plata, província de Buenos Aires, Argentina
Alma mater Universidad Nacional de la Plata

Amilcar Ángel Mercader (La Plata, província de Buenos Aires, 9 de agosto de 1896 - La Plata, província de Buenos Aires, Argentina, 5 de junho de 1967) foi um advogado, juiz e ministro do Supremo Tribunal de Justiça Argentino. Foi pai da política e escritora Martha Mercader.

Actuação profissional e política

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Estudou na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Nacional de La Plata, onde formou-se advogado em 1916, quando já havia se envolvido no jornalismo local. Militou na União Cívica Radical e durante os governos radicais foi secretário de um tribunal civil e comercial de La Plata (1918-1921), e posteriormente oficial maior do ministério de Governo provincial e comissário nos municípios de Avellaneda, Mercedes, Luján e Salto entre 1921 e 1924.

Entre 1924 e 1930 foi presidente do Tribunal de Contas provincial e ali cessou suas atividades na administração pública. Em 1942 presidiu a Associação de Advogados de La Plata.

Em dezembro de 1948 foi eleito, pela União Cívica Radical, membro integrante da Convenção Constituinte que se reuniu em janeiro de 1949 e reformou a Constituição Nacional Argentina; nesse contexto, contestou as reformas e retirou-se da convenção.

Foi advogado de Ricardo Balbín nos seus anos como preso político, durante o peronismo.

Após a deposição de Perón, o governo militar designou-o em 1955 juiz da Suprema Corte de Justiça provincial, cargo que desempenhou até 1958.

Em 1963, o presidente José María Guido nomeou-o Procurador do Tesouro da Nação; já com Arturo Umberto Illia na presidência, Mercader mantém seu cargo. Nesta função, opinou em favor da anulação de alguns dos contratos com empresas petroleiras norte-americanas, assinados durante a presidência de Arturo Frondizi, reclamação que tinha sido proposta por Illia durante sua campanha eleitoral. Mercader sustentou que foram assinados por uma decisão política adotada em condições incompatíveis com o objeto dos atos jurídicos e com cláusulas sutis e difusas, mediante um sistema inusitado nos negócios da República.

Actuação na Suprema Corte de Justiça da Nação

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Para substituir a José Federico Bidau, que havia renunciado ao seu cargo na Corte Suprema de Justiça da Nação, o presidente Illia, por decreto Nº 515 do 25 de janeiro de 1965 propôs e o Senado aprovou Mercader, quem jurou o 3 de fevereiro. Compartilhou a Corte Suprema, em diferentes momentos, com Luis María Boffi Boggero, Benjamín Villegas Basavilbaso, Pedro Aberastury, Ricardo Colombres, Esteban Imaz e Carlos Juan Zavala Rodríguez.

Com o golpe de estado de 28 de junho de 1966, teve seu mandato cassado junto aos demais integrantes da Corte pelo decreto Nº 3 do 28 de junho de 1966.

Faleceu em La Plata, no dia 5 de junho de 1967.

Escreveu, entre outras obras, Os poderes da Nação e das províncias para instituir normas processuais (1939), O silêncio no processo (1940), A ação, sua natureza dentro da ordem jurídica (1944), O abuso do direito na reforma do Código Civil Argentino (1944).