Anna Amélia Carneiro de Mendonça – Wikipédia, a enciclopédia livre

Anna Amélia Carneiro de Mendonça
Nome completo Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça
Nascimento 17 de agosto de 1896
Rio de Janeiro, DF
Morte 31 de março de 1971 (74 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileira
Cônjuge Marcos Carneiro de Mendonça
Filho(a)(s) Bárbara Heliodora (1923-2015)
Ocupação escritora e jornalista
Escola/tradição modernismo

Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça (Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1896 - Rio de Janeiro, 31 de março de 1971[1]) foi uma poetisa feminista brasileira.

Poetisa, tradutora e feminista carioca, teve seus poemas e crônicas publicados pelos mais importantes jornais do país. Atuou em defesa dos direitos das mulheres e nas iniciativas promovidas pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Participou da associação Damas da Cruz Verde que criou a maternidade Pro Matre. Ajudou a fundar a Casa do Estudante do Brasil, juntamente com Pascoal Carlos Magno, localizada na Praça Ana Amélia, no Centro do Rio de Janeiro, e a União Nacional dos Estudantes, da qual foi eleita como a primeira presidente. Foi a primeira mulher membro de um tribunal eleitoral do país. Traduziu poemas do inglês, francês e alemão, inclusive duas peças de William Shakespeare.

Nascida na então Capital Federal brasileira, filha do engenheiro e colecionador José Joaquim de Queiroz Júnior, Anna Amélia passou a infância no interior de Minas Gerais e foi educada por preceptoras brasileiras, inglesas e alemãs. Ao retornar ao Rio, passa a viver com a família na Estrada Nova da Tijuca. Casou-se com Marcos Carneiro de Mendonça, goleiro da seleção e do Fluminense FC e historiador. A partir de 1944 o casal passou a residir em um palacete do século 19 no bairro do Cosme Velho, conhecido como "Solar dos Abacaxis", por conta dos adornos em ferro fundido que ainda hoje decoram a balaustrada das janelas frontais do solar. A mansão foi erguida em 1843 pelo bisavô de Anna Amélia, o comendador Borges da Costa.

Em seu segundo livro "Alma", em 1922, a poetisa introduziu o tema do futebol na poesia brasileira e colaborou a seu modo para difundir e popularizar esse esporte. Ensinava o jogo aos operários da fábrica de seu pai e dava instruções preciosas durante as partidas. Desde muito jovem era entusiasta do esporte: no seu 12º aniversário, pediu aos pais como presente, uma bola, uma botina de sola grossa e começou a treinar.[2]

Anna Amélia e Marcos tiveram três filhos, sendo a mais nova a crítica teatral Bárbara Heliodora.

  • Esperanças (1911)
  • Alma (1922)
  • Ansiedade (1926)
  • A Harmonia das coisas e dos seres (1936)
  • Versos que eu digo (1937)
  • Mal de amor (1939)
  • Castro Alves, um estudante apenas (1950)
  • Poemas (1951)
  • 50 poemas de Ana Amélia (1957)
  • Todo mundo (1959)

Referências

  1. «Dados biográficos de Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça». abe1924.org.br. Consultado em 20 de junho de 2022 
  2. COUTINHO, Edilberto. Literatura e futebol. In: II Salão do Futebol. Belo Horizonte: Palácio das Artes, 1982.