António Couto dos Santos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Couto dos Santos
António Couto dos Santos
Couto dos Santos
Ministro(a) de Portugal
Período XI Governo Constitucional
  • Ministro Adjunto
  • Ministro da Juventude

XII Governo Constitucional

  • Ministro da Educação
  • Ministro adjunto e dos
    Assuntos Parlamentares
Dados pessoais
Nascimento 18 de maio de 1949 (75 anos)
Forjães, Esposende
Partido PSD

António Fernando Couto dos Santos (Esposende, Forjães, 18 de maio de 1949) é um político português. Ocupou diversos cargos em governos portugueses.

Fez o ensino secundário no Liceu Passos Manuel, em Lisboa, e licenciou-se em Engenharia Química no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa.

Foi adjunto do secretário de Estado do Ambiente (1983-1984), adjunto do ministro da Qualidade de Vida (1984-1985), secretário de Estado da Juventude (1985-1987), ministro adjunto do primeiro-ministro e da Juventude (1987-1991), ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares (1991-1992) e ministro da Educação (1992-1993). Este seu último cargo coincidiu com a mais intensa contestação estudantil às provas globais de acesso ao ensino superior (PGA) e às propinas. Foi suspeito de favorecer uma empresa de construção civil, a Ensul, através da adjudicação de obras quando tutelava a pasta da Juventude, atendendo a que a esposa de Couto dos Santos celebrou contrato promessa de compra e venda, em maio de 1992, de um apartamento na Costa da Caparica com uma imobiliária pertença dos mesmos sócios da Ensul, à qual havia sido adjudicada a construção da pousada da juventude de Almada enquanto Couto dos Santos tutelava a pasta da Juventude, enquanto ministro adjunto. Em 1993, quando o caso veio a público pelo jornal O Independente, Couto dos Santos e a esposa desistiram do negócio, optando por comprar casa em Miraflores, e o apartamento da Costa da Caparica acabaria por ser vendido a outra cliente por um preço muito inferior ao que havia sido contratado por Couto dos Santos e a esposa. A Polícia Judiciária chegou a investigar se havia relação entre a cliente que comprou efetivamente o imóvel, a empresa Ensul, Couto dos Santos e a esposa, mas não foram encontrados dados que apontassem para qualquer responsabilidade de Couto dos Santos, que sempre negou todas as acusações, alegando estar a ser vítima de ataque pessoal.[1][2] Enquanto ministro da Educação, chegou a estar envolvido, apenas durante a fase de inquérito, no processo judicial relativo aos pagamentos ilegais do governo à antiga Direção-Geral dos Desportos, mas foi ilibado de quaisquer responsabilidades.[1]

Para além da sua atividade de empresário, Couto dos Santos desempenhou também, entre outros cargos, o de presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses entre 1988 e 1991 e deputado à Assembleia da República pelo distrito de Setúbal entre 1987 e 1995. Entre 2009 e 2015, foi também deputado à Assembleia da República pelo distrito de Aveiro, tendo sido presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República entre 2011 e 2015.[3]

Foi ainda membro das distritais de Setúbal e do Porto e do Conselho Nacional do PSD. Foi também membro do Conselho Diretivo na Fundação Luso-Americana.

Foi presidente do Conselho da Administração da Casa da Música, no Porto, tendo sido o responsável pela conclusão das obras e pela abertura da sala de espetáculo ao público em 15 de abril de 2005.

Couto dos Santos esteve ligado à Associação Empresarial de Portugal (anteriormente chamada Associação Industrial Portuense) durante 13 anos, onde desempenhou cargos de administração em diversas empresas do grupo, nomeadamente no Europarque, na Eurisko, na Parque-Invest e na Exponor, para além da própria AEP, onde foi vice-presidente executivo. Cessou a sua colaboração em 2008.

Couto dos Santos desempenhou ainda as funções de cônsul honorário da Rússia no Porto, tendo apresentado a sua recusa ao lugar em 26 de fevereiro de 2022, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.[4]

Referências

Precedido por
Fernando Nogueira
(como ministro adjunto e para os Assuntos Parlamentares)
Ministro adjunto e da Juventude
XI Governo Constitucional
1987 – 1991
Sucedido por
o próprio
(como ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares)
Precedido por
o próprio
(como ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares)
Manuel Dias Loureiro
(como ministro dos Assuntos Parlamentares)
Ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares
XII Governo Constitucional
1991 – 1992
Sucedido por
Luís Marques Mendes
(como ministro adjunto)
Cargo vago
Titular seguinte:
António Costa
(como ministro dos Assuntos Parlamentares)
(1997–1999)
Precedido por
Diamantino Durão
Ministro da Educação
XII Governo Constitucional
1992 – 1993
Sucedido por
Manuela Ferreira Leite