Apostolepis flavotorquata – Wikipédia, a enciclopédia livre

Como ler uma infocaixa de taxonomiaApostolepis flavotorquata
Taxocaixa sem imagem
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Iguania
Família: Colubridae
Subfamília: Dipsadinae
Género: Apostolepis
Espécie: A. flavotorquata
Nome binomial
Apostolepis flavotorquata
(Duméril, Bibron, & Duméril, 1854)
Sinónimos[2]
  • Elapomorphus flavo-torquatus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)
  • Apostolepis flavotorquata (Cope, 1862)
  • Elapomorphus flavotorquatus (Jan, 1865)
  • Elapomorphus flavotorquatus (Strauch, 1884)
  • Apostolepis flavotorquata (Peters et al., 1970)
  • Apostolepis flavotorquata (DE Lema, 2002)
  • Apostolepis flavotorquata (Martins & De Lema, 2015)
  • Apostolepis flavotorquata (Wallach et al., 2014)
  • Apostolepis flavotorquata (Nogueira et al., 2019 )

Apostolepis flavotorquata é uma espécie de cobra da família dos colubrídeos (Colubridae) e subfamília dos dipsadíneos (Dipsadinae) endêmica do Brasil. Foi descrita formalmente pela primeira vez em 1854 por André Marie Constant Duméril, Gabriel Bibron e Auguste Duméril.[3]

Distribuição e habitat

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Apostolepis flavotorquata é endêmica do Brasil e ocorre nos estados de Goiás, Tocantins, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo, nos biomas cerrado e Amazônia.[2] A maioria de seus registros foi numa estrada deserta coberta por mata em recuperação. Considera-se como rara em habitats antrópicos mais degradados, embora haja relatos de ocorrência em regiões mais perturbadas de Brasília.[1]

Descrição e ecologia

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Apostolepis flavotorquata distingue-se por suas escamas fundidas pré-frontais e internasais. É fossorial e diurna em mata seca, se reproduzindo na estação seca. É ovípara e bota ovos muito longos dentro de ninhos de formigas, sob culturas de fungos. Tem alimentação ofiófaga, alimentando-se de anfisbenídeos (Amphisbaenidae), pequenos colubrídeos (Colubridae) e, quiçá, escolecofídeos (Scolecophidia), bem como invertebrados e larvas achadas no solo e minhocas. [2]

Conservação

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Apostolepis flavotorquata é relativamente rara em campos e coletas, embora seja uma das espécies mais bem registradas na área de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado, no estado de Mato Grosso. Sugeriu-se que pode estar ameaçado em Brasília, mas não há informações sobre as tendências populacionais em toda a faixa como um todo. Acredita-se que esta espécie seja suscetível à contínua e extensa perda de habitat e à fragmentação resultante da perda de habitat nas décadas anteriores. Embora tolere distúrbios leves, em áreas degradadas como Brasília, a espécie não persiste. Acredita-se que a espécie esteja sujeita a perseguições, mas não há evidências na literatura de que isso contribua significativamente às taxas de mortalidade. Os humanos a consideram uma cobra peçonhenta e a matam, mas a literatura não associa isso como fator preponderante em sua taxa de mortalidade. O desmatamento é apontado como a principal ameaça. Segundo dados de 2008, apenas 48% de sua extensão mantém vegetação nativa.[1]

A espécie foi avaliada na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) como menos preocupante, haja vista ocorrer numa ampla área e não ter ameaças evidentes à sua sobrevivência, salvo ameaças localizadas.[1] Em 2007, foi classificada como vulnerável na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[4][5] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). [6][7]

Referências

  1. a b c d Silveira, A. L.; Prudente, A. L. da C.; Argôlo, A. J. S.; Abrahão, C. R.; Nogueira, C. de C.; Barbo, F. E.; Costa, G. C.; Pontes, G. M. F.; Colli, G. R.; Zaher, H. el D.; Borges-Martins, M.; Martins, M. R. C.; Oliveira , M. E.; Passos, P. G. H.; Bérnils, R. S.; Sawaya, R. J.; Cechin, C. T. Z.; da Costa, T. B. G. (2020). «Apostolepis flavotorquata». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2020: e.T15156107A123737795. doi:10.2305/IUCN.UK.2020-3.RLTS.T15156107A123737795.enAcessível livremente. Consultado em 5 de maio de 2023 
  2. a b c «Apostolepis flavotorquata (DUMÉRIL, BIBRON & DUMÉRIL, 1854)». Reptile Database. Consultado em 5 de maio de 2023. Cópia arquivada em 5 de maio de 2023 
  3. «Apostolepis flavotorquata (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)». Catalogue of Life (CAL). Consultado em 5 de maio de 2023. Cópia arquivada em 24 de abril de 2023 
  4. Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  5. Aleixo, Alexandre (2006). Oficina de Trabalho "Discussão e Elaboração da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do Estado do Pará (PDF). Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Conservação Internacional; Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM). Consultado em 5 de maio de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 19 de junho de 2022 
  6. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  7. «Apostolepis flavotorquata (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 5 de maio de 2023. Cópia arquivada em 18 de abril de 2023