Aristóbulo (irmão de Herodes Agripa I) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Aristóbulo | |
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Nascimento | século I a.C. |
Morte | século I a.C. |
Progenitores | |
Cônjuge | Iotapa |
Filho(a)(s) | Iotapa |
Irmão(ã)(s) | Herodias, Herodes Agripa I, Herodes de Cálcis |
Ocupação | aristocrata |
Aristóbulo foi um irmão de Herodes Agripa I e de Herodias, ele era neto de Herodes, o Grande.
Família
[editar | editar código-fonte]Aristóbulo era filho de Aristóbulo e Berenice.[1] Seus pais, Aristóbulo e Berenice, eram primos, e tiveram três filhos, Herodes Agripa I, Herodes de Cálcis e Aristóbulo;[1] Herodias, citada como filha de Aristóbulo e irmã de Herodes Agripa I e de Aristóbulo,[1] provavelmente também era filha de Aristóbulo e Berenice.[Nota 1] Aristóbulo, pai deste Aristóbulo, era filho de Herodes, o Grande e Mariana, a neta de Hircano II.[1] Berenice era filha de Costóbaro e Salomé, irmã de Herodes.[1]
Aristóbulo casou-se com Iotapa, filha de Sampsigeramus II, rei de Emesa, com quem teve uma filha surda, Iotapa.[1]
Rivalidade com Herodes Agripa I
[editar | editar código-fonte]Pouco antes da morte de Herodes, o Grande, Herodes Agripa I foi viver em Roma, e tornou-se amigo de Druso, filho de Tibério, e Antônia, sua esposa, que admirava Berenice, mãe de Agripa, e queria que Agripa prosperasse.[2]
Após a morte de Berenice, Agripa dissipou sua fortuna, e, com a morte de Druso, Tibério não quis mais receber os amigos do seu filho.[2] Sem dinheiro, Agripa voltou para a Judeia, e pensou em se suicidar, mas foi dissuadido por sua esposa Cipros,[3] que escreveu a Herodias, irmã de Agripa e, no momento, casada com o tetrarca Herodes, pedindo ajuda.[3] O tetrarca, porém, o humilhou, e Agripa foi se encontrar com Flaco, que havia sido seu amigo em Roma, havia sido cônsul e agora era o governador romano da Síria.[3]
Aristóbulo também estava vivendo com Flaco, ele e seu irmão Herodes Agripa I eram rivais, mas Flaco conseguia se manter amigo de ambos.[4] Quando houve uma disputa entre Damasco e Sidon a respeito de fronteiras, a embaixada de Damasco, sabendo da amizade de Agripa com Flaco, corrompeu Agripa com uma grande soma, mas Aristóbulo soube disso, contou a Flaco, e este deixou de ser amigo de Agripa.[4] Nos eventos que se seguiram, Agripa voltou a Roma; ele se tornou amigo de Calígula,[4] e recebeu a tetrarquia de Herodes quando Calígula se tornou imperador.[5]
Participação no episódio da estátua de Calígula no templo de Jerusalém
[editar | editar código-fonte]Quando Calígula ordenou a Petrônio, governador romano da Síria, que invadisse a Judeia e colocasse uma estátua sua no templo de Jerusalém,[6] vários judeus ofereceram suas vidas a Petrônio, pois preferiam morrer a ver o templo de Jerusalém profanado.[7]
Aristóbulo, irmão do rei Agripa, com Heleias, o Grande, junto com vários judeus de famílias importantes, foram até Petrônio, explicando a aversão que os judeus tinham à presença da estátua; Petrônio, em parte por causa dos argumentos de Aristóbulo e dos outros, em parte por vontade mostrada pelos judeus, e por não querer massacrar dezenas de milhares de inocentes, resolveu enviar a carta para Calígula, que contava a determinação dos judeus.[7] Calígula acabou cedendo, por causa de um pedido de Agripa, mas ordenou a Petrônio que se suicidasse, por ter desobedecido sua ordem;[8] por providência divina, a carta condendo Petrônio se atrasou, e chegou depois da mensagem que falava da morte de Calígula.[9]
Notas e referências
Notas
- ↑ O texto de Flávio Josefo não menciona a mãe de Herodias, nem menciona outro casamento de Aristóbulo, o filho de Herodes.
Referências
- ↑ a b c d e f Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 5, Herodes, o Tetrarca, guerreia contra Aretas, rei da Arábia, e é derrotado por ele. Sobre a morte de João Batista. Como Vitélio foi a Jerusalém. Um relato de Agripa e os descendentes de Herodes, 4 [em linha]
- ↑ a b Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 6, Sobre a viagem do rei Agripa para Roma, para se encontrar com Tibério César; e como, depois de ser acusado por seu liberto, ele foi preso; e como ele foi libertado por Caio, depois da morte de Tibério, e foi feito rei da tetrarquia de Filipe, 1
- ↑ a b c Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 6.2
- ↑ a b c Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 6.3
- ↑ Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 6.10
- ↑ Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 8 Sobre a embaixada dos judeus a Caio; e como Caio enviou Petrônio da Síria para guerrear contra os judeus, a menos que eles recebessem sua estátua, 2
- ↑ a b Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 8.3
- ↑ Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 8.8
- ↑ Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 8.9