Ataque de nervios – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ataque de nervios
Ataque de nervios
O ataque de nervos se caracteriza por explosões de raiva em resposta a um estressor.
Especialidade psiquiatria e psicologia
Sintomas agressividade, comportamento impulsivo e dramático, ideações suicidas, amnésia dissociativa
Complicações suicídio
Causas exposição demasiada a fatores estressores
Fatores de risco nível socioeconômico baixo
Frequência 13,8% nos porto-riquenhos adultos
Classificação e recursos externos
CID-10 F41.8, F43.8
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Ataque de nervios (pronúncia espanhola: [aˈtake ðe ˈneɾβjos]) ou síndrome porto-riquenha[1] é uma síndrome caracterizada por perturbação emocional intensa.[2][3] A condição aparece no Apêndice da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) como uma síndrome ligada à cultura e um conceito cultural de sofrimento.[2][4]

A síndrome porto-riquenha geralmente é entendida como uma expressão de mulheres adultas e que ocorre como um resultado direto de estresse relacionado à algum evento na família. Uma frequência maior da presença da síndrome foi encontrada em indivíduos que passaram por abuso infantil em contraste as pessoas que não passaram por nenhum tipo de trauma na infância.[4]

Classificação

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Frequentemente o ataque de nervios e o transtorno do pânico são confundidos, mas eles são síndromes com grandes diferenças entre si, uma vez que no ataque de nervos os episódios são provocados por um evento perturbador na vida da pessoa, normalmente esse evento esta relacionado à sua família (p. ex.: a morte de um familiar querido, brigas parentais, etc.)[2][5] Alguns latinos podem ser diagnosticados incorretamente com transtorno do pânico ao em vez do ataque de nervos ou vice-versa.[3]

Os sintomas de um ataque de nervios geralmente ocorrem em resposta a um fator estressor psicossocial severo. Sintomas incluem comportamento dramático e impulsivo,[4] tais como:

Todos estes sintomas foram relatados por pessoas portadoras desta síndrome.[4]

A síndrome foi mencionada pela primeira vez depois de estudos conduzidos por psiquiatras estadunidenses que mantiveram o foco na assistência médica para populações latinas, principalmente os porto-riquenhos que moravam nos Estados Unidos.[5]

  1. Steinberg, Marlene. «Dissociation: Transcultural Issues in Psychiatry: The Ataque and Multiple Personality Disorder». Instituto Ridgeview e a Sociedade Internacional para o Estudo do Transtorno Dissociativo de Identidade. Manakin Repository (em inglês). 3 (1): 31-33. ISSN 0896-2863. Consultado em 3 de junho de 2023 
  2. a b c American Psychiatric Association (2014). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders Fifth Edition [Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição] (em inglês). [S.l.]: American Psychiatric Pub. p. 833. ISBN 9788582711835. Consultado em 3 de junho de 2023 
  3. a b Liebowitz, M. R.; Salmán, E.; Jusino, C. M.; Garfinkel, R.; Street, L.; Cárdenas, D. L.; Silvestre, J.; Fyer, A. J.; Carrasco, J. L. (1994). «Ataque de nervios and panic disorder» [Ataque de nervos e transtorno do pânico]. American Journal of Psychiatry. 151 (6): 871–875. PMID 8184996. doi:10.1176/ajp.151.6.871 
  4. a b c d Jackson, Yo (18 de agosto de 2006). Encyclopedia of Multicultural Psychology [Enciclopédia da Psicologia Multicultural] (em inglês). [S.l.]: SAGE Publications. pp. 131, 133. ISBN 9781412909488. Consultado em 3 de junho de 2023 
  5. a b Lewis-Fernández, Roberto; Guarnaccia, Peter; Martínez, Igda; Salmán, Ester; Schmidt, Andrew; Liebowitz, Michael (1 de janeiro de 2002). «Comparative phenomenology of ataques de nervios, panic attacks, and panic disorder» [Fenomenologia comparativa de ataques de nervos, ataques de pânico e transtorno do pânico]. Culture, Medicine and Psychiatry. 26 (2). PMID 12211325. doi:10.1023/a:1016349624867. Consultado em 3 de junho de 2023