Rodovia Transamazônica – Wikipédia, a enciclopédia livre

BR-230
Rodovia Transamazônica
Rodovia Transamazônica
Nome popular Rodovia Transamazônica
Identificador  BR-230 
Tipo Rodovia Transversal
Inauguração 27 de agosto de 1972
Extensão 4 260 km
Extremos
 • Leste:
 • Oeste:

Rua Duque de Caxias, Cabedelo, Paraíba
Rua Doutor João Fábio, Lábrea, Amazonas
Trecho da BR-230
Interseções BR-101 em João Pessoa,
BR-101 em Santa Rita,
BR-104, BR-408 e BR-412 em Campina Grande
BR-110 e
BR-361 em Patos
BR-426 em São Bentinho
BR-427 em Pombal
BR-405 em Marizópolis
BR-116 em Ipaumirim
em Várzea Alegre
BR-010 e BR-226 em Estreito/Aguiarnópolis
BR-153 e BR-155 em Marabá,
BR-163 em Itaituba
BR-319 em Humaitá
Concessionária Pública
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BR-230
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Lista de rodovias do Brasil
No período de outubro a março, o trecho da rodovia entre Novo Repartimento, no Pará e Lábrea, no Amazonas, fica intransitável por causa das chuvas por não ser totalmente pavimentado.

A BR-230, também conhecida como Rodovia Transamazônica, é uma rodovia federal transversal do Brasil, com extensão implantada de 4 260 km (5 662,60 quilômetros incluindo os trechos não construídos).[1] Foi criada durante o Governo Emílio Médici, sendo uma das obras inacabadas devido às suas proporções enormes, realizadas durante o período da ditadura militar.[2][3] Ao extremo leste (na região Nordeste), se inicia na cidade de Cabedelo, no estado da Paraíba; enquanto que ao extremo oeste (na região Norte), se inicia na cidade de Lábrea,[4] no estado do Amazonas.[1]

Vídeo do Fundo Agência Nacional, em que Médici aparece na inauguração de uma placa que marca o início da construção da rodovia em Altamira (PA) e trechos da rodovia são mostrados.

Planejada para integrar melhor o Norte brasileiro com o resto do país, foi inaugurada em 27 de agosto de 1972 ainda inacabada e faltando vários trechos a serem asfaltados.[5] Inicialmente projetada para ser uma rodovia pavimentada com 8 mil quilômetros de comprimento, conectando as regiões Norte e Nordeste do Brasil com o Peru e o Equador, não sofreu maiores modificações desde sua inauguração. Depois o projeto foi modificado para 4 977 km até Benjamin Constant, porém a construção foi interrompida em Lábrea totalizando 4 260 km.

Os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Alguma informação era obtida apenas nas visitas ocasionais a algumas cidades próximas. O transporte geralmente era feito por pequenos aviões, que usavam pistas totalmente precárias.

Por não ser pavimentada, o trânsito na Rodovia Transamazônica é impraticável nas épocas de chuva na região (entre outubro e março). Os genocídios[6] e desmatamento em áreas próximas à rodovia são um sério problema ocasionado por sua construção e é muito criticado pelos povos indígenas e ambientalistas.

Características

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Monumento que marca o início da construção da Rodovia Transamazônica, conhecido como “Pau do Presidente”, Altamira (PA)[5]

A BR-230 ou Transamazônica é uma rodovia transversal, considerada a terceira mais longa rodovia do Brasil, com 4 260 km de extensão, ligando cidade portuária de Cabedelo na Paraíba ao município de Lábrea, no Amazonas cortando algumas das principais cidades do estado do Pará: Marabá, Altamira e Itaituba. Na Paraíba representa o principal eixo de circulação de pessoas e mercadorias entre seus municípios, tendo como referencial o porto de Cabedelo e as cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras, os maiores polos econômicos do estado. Percorre o solo paraibano por 521 km, com boa condição de tráfego até a divisa com o estado do Ceará.

O segmento de 147,6 quilômetros de extensão entre Cabedelo - onde se encontra o seu marco 0 - e Campina Grande, passando pela Grande João Pessoa e outros municípios, foi duplicado no governo FHC. É esperado uma duplicação adicional entre os municípios de Campina Grande e Cajazeiras.

Próximo à cidade de Altamira, no Pará, localiza-se o monumento Pau do Presidente, inaugurado em 27 de setembro de 1972. O monumento tanto o início da construção da Rodovia Transamazônica, celebrada em 9 de outubro de 1970, quanto a entrega do primeiro trecho construído.

Desmatamento e conservação

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Ministério da Infraestrutura retoma obras de pavimentação na Transamazônica em 2019

A construção de vias e rodovias é apontado como uma das grandes causas diretas do desmatamento no Brasil,[7] assim como facilitam o transporte de madeira ilegal, grilagem e garimpagem. Imagens de satélite mostram como ruas aumentam o desmatamento. Vias de acesso perpendiculares à BR-230 permitem penetração profunda às matas locais. Originalmente, as rodovias foram abertas para abrir acesso à agricultores pelos colonos da região, o governo cunhou o lema "terra sem homens para homens sem terras"[8] para descrever o desenvolvimento da região amazônica. No entanto, madeireiros usaram as rodovias para desmatar mais áreas das redondezas.

Várias unidades de conservação estão sendo criadas ao longo da rota da rodovia em um esforço para reprimir desmatamentos e para o manejo sustentável das florestas, com o uso da Gestão florestal, ramo da engenharia florestal. Na região oeste que vai de Lábrea à Humaitá, um parque totalmente protegido, o Parque Nacional Mapinguari, que está ao sul da rodovia e o uso sustentável da Floresta Nacional de Balata-Tufari que se encontra ao norte.[9] À leste de Humaitá a Floresta Nacional de Humaitá está ao sul da rodovia, com o Parque Nacional dos Campos Amazônicos e o Parque Nacional do Juruena.[10]

A partir do km 0 em Cabedelo (PB), algumas das cidades localizadas às margens ou próximas à BR-230 são as seguintes:

Início da Transamazônica em Cabedelo
Trecho da rodovia em João Pessoa, entre os quilômetros 17 e 18
Rodovia Transamazônica duplicada em Marabá no Pará
Rodovia Transamazônica entre Rurópolis e Uruará, Pará

Referências

  1. a b «BR – 230» (PDF). infraestrutura.gov.br. Consultado em 6 de julho de 2019 
  2. «Construção da Transamazônica». O Globo. Consultado em 6 de julho de 2019 
  3. «Transamazônica: saiba o que mudou em 45 anos de construção». Empresa Brasil de Comunicação. 13 de outubro de 2015. Consultado em 6 de julho de 2019 
  4. «Lu Marini chega ao ponto final da inacabada Transamazônica». Fantástico. 13 de outubro de 2013. Consultado em 13 de agosto de 2019 
  5. a b «"ARRANCADA PARA CONQUISTAR O GIGANTESCO MUNDO VERDE"». almanaque.folha.uol.com.br (Banco de Dados Folha). Consultado em 10 de agosto de 2022 
  6. genoídios
  7. Skole, D.L.; W.H. Chomentowski; W.A. Salas; A.D. Nobre (1994). «Physical and Human Dimensions of Deforestation in Amazonia». BioScience. 44 (5): 314-322. doi:10.2307/1312381 
  8. [1] Arquivado em 2012-06-25 no Wayback Machine
  9. Flona de Balata-Tufari Mapa Interativo, ICMBio, consultado em 3 de junho de 2016 
  10. Flona de Humaitá - Mapa Interativo, consultado em 3 de junho de 2016 

Ligações externas

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