Bagunte – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Localização | ||||
Localização no Município de Vila do Conde | ||||
Localização de Bagunte em | ||||
Mapa de Bagunte | ||||
Coordenadas | 41° 22′ 17″ N, 8° 39′ 42″ O | |||
Município primitivo | Vila do Conde | |||
Município (s) atual (is) | Vila do Conde | |||
Freguesia (s) atual (is) | Bagunte, Ferreiró, Outeiro Maior e Parada | |||
História | ||||
Extinção | 28 de janeiro de 2013 (11 anos) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 9,21 km² | |||
População total (2011) | 1 489 hab. | |||
Densidade | 161,7 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | Nossa Senhora da Expectação |
Bagunte é uma povoação portuguesa do Município de Vila do Conde, a norte do rio Ave, que foi sede da extinta Freguesia de Bagunte, freguesia que tinha 9,21 km² de área (2012)[1], 1 489 habitantes (2011)[2], e, por isso, uma densidade populacional de 161,7 hab/km².
A Freguesia de Bagunte foi extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Ferreiró, Outeiro Maior e Parada, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Bagunte, Ferreiró, Outeiro Maior e Parada.[3]
Geografia
[editar | editar código-fonte]Limita a sul com o mesmo rio, a nascente com Ferreiró, Outeiro Maior e Balazar, a norte com Arcos e a poente com Touguinhó.
População
[editar | editar código-fonte]População da freguesia de Bagunte [4] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
922 | 934 | 1 011 | 1 028 | 1 131 | 1 202 | 1 178 | 1 302 | 1 397 | 1 389 | 1 473 | 1 613 | 1 722 | 1 662 | 1 489 |
Nos censos de 1878 a 1930 tinha anexada a freguesia de Santogões. Pelo decreto-lei nº 24 724, de 31/12/1936, a freguesia de Santogões foi extinta e incorporada nesta freguesia.
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 290 | 283 | 867 | 222 | 17,4% | 17,0% | 52,2% | 13,4% | |
2011 | 213 | 174 | 854 | 248 | 14,3% | 11,7% | 57,4% | 16,7% |
Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4%
Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0%
História
[editar | editar código-fonte]Dada a sua extensão e a boa qualidade agrícola das suas terras, é natural que a localidade possua uma história rica, que ainda não está estudada relativamente a muitos aspectos.
Há duas realidades com valor histórico que a notabilizam: a Cividade de Bagunte e a Ponte de D. Sameiro (assim, não Zameiro, como frequentemente se escreve e diz: também se escrevia Zividade, por Cividade). Cividade de Bagunte é um nome antigo, mas não é o original: os documentos medievais chamam-lhe ora assim ora Castro de Argifonso, como se encontra nos muitos documentos transcritos no livro de Sérgio Lira sobre São Simão da Junqueira. O nome primitivo poderia ter sido Brachal ou Azeveoso…, como se afirma nas "Memórias Paroquiais de 1758" sobre a freguesia.
A Ponde de D. Sameiro data do tempo de D. Sancho I; existe um documento de 1209 que se refere às obras da sua construção.
Na Idade Média, assinalavam-se em Bagunte as seguintes vilas rústicas: Bagunte (que deu nome à paróquia), Vila Verde, Vilar, Figueiró, Segesmonde, Santagões e Carcavelos. A este número, talvez se deva acrescentar Ceisão. Todas elas vêm mencionadas em documentos do Mosteiro de S. Simão da Junqueira (cfr. LIRA, Sérgio (2001) O Mosteiro de S. Simão da Junqueira, 2º Vol., Vila do Conde, Câmara Municipal de Vila do Conde e as Inquirições de D. Afonso II e D. Afonso III).
Vilar era sede de pousa real, devido certamente a ficar à margem duma importante estrada, conhecida como Karraria antiqua ou via vetera, que era caminho de Santiago. Era a estrada que vinha de Moreira da Maia por Vairão, Ponte de D. Sameiro e seguia depois para Rates, etc. A Quinta de Vilar foi a mais notável casa da freguesia.
Bagunte possui, além da Igreja Paroquial, dedicada a Santa Maria, várias outras capelas; a mais notável é a da Senhora das Neves, no extremo nascente, que pertencia a Cavaleiros. Noutros tempos foi, de acordo com o Tombo da Comenda de Balazar, conhecida pelo poético nome de Ermida do Vale das Flores; é um centro de peregrinação.
O Testamento da abadessa Elvira Sanches, de Vairão, que durante mais de um século foi considerado o documento mais antigo da língua portuguesa, menciona Santagões (veja-se aqui: [2]).
O arquivo paroquial de Bagunte é excepcionalmente rico. Está publicado o tombo quinhentista da freguesia.
Pertenceu ao concelho de Barcelos, passando a integrar o concelho (atual município) de Vila do Conde desde 1836.[5]
A antiga freguesia de Santagões integra a localidade de Bagunte desde 1898.
Património
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Áreas das freguesias, municípios e distritos da CAOP2012». Separador Areas_Freguesias_CAOP2012. Instituto Geográfico Português. 2012. Consultado em 1 de Abril de 2014. Cópia arquivada em 9 de Novembro de 2013
- ↑ «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)». Informação no separador "Q601_Norte". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 1 de Abril de 2014. Cópia arquivada em 4 de Dezembro de 2013
- ↑ Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ C.M.Vila do Conde, [1], Vila do Conde, 20 de Maio de 2015