Bolacha – Wikipédia, a enciclopédia livre
Bolacha é um bolo chato e seco de farinha de diversas formas e tamanhos.[1] Pode ser consumida de diversas maneiras, doce, com recheios, salgada ou acompanhada de especiarias e/ou patês.[2][3]
Origem
[editar | editar código-fonte]O termo bolacha deriva da fusão de bolo (bulla, objeto esférico em latim) com o sufixo diminutivo "acha". A primeira ocorrência encontrada do termo na língua portuguesa deu-se em 1543.[4]
A palavra holandesa "koekje", que tem o mesmo significado e deu origem aos termos "cookie" e "cracker",[4] surgiu pela primeira vez em 1703. Em 1840, existiam somente duas versões de bolachas, e atualmente existem aproximadamente duzentos tipos diferentes espalhados pelo mundo.[5] Mas o confeccionamento profissional do alimento surgiu no Século VII a.C.. entre os persas.[6]
No Brasil
[editar | editar código-fonte]Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do país, a ANVISA, tanto biscoitos como bolachas podem se referir ao mesmo alimento. Ambos são produtos derivados da farinha, com a possibilidade de apresentarem coberturas, recheios, formatos e texturas diversas.[7]
Embora em Portugal o termo "bolacha" seja o usado, no Brasil há uma grande discussão sobre o uso correto entre o termo bolacha e biscoito. Tipicamente, a bolacha seria o equivalente ao inglês norte-americano cookie e ao holandês koekje (massa achatada, em qualquer formato), enquanto o biscoito, que significa "cozido duas vezes" em latim (biscoctus), tem atualmente uso generalizado em alguns estados.[8]
Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, e Amapá, predomina o uso generalizado de bolacha, enquanto estados como Pernambuco, Espírito Santo,[9] Rio de Janeiro, Bahia e Ceará em sua maioria generalizam o termo biscoito. No estado de Minas Gerais há ainda uma divisão regional, sendo o termo bolacha preferido no Triângulo, no Norte e no Sul e o termo biscoito nas demais regiões[10]
O país é extremamente dividido no uso de ambos os termos, chegando a ser alvo de rivalidade o uso de uma ou outra forma. Cerca de 110,3 milhões de pessoas do país, levando em conta a população por estados, usa o termo bolacha, enquanto cerca de 99,1 milhões de pessoas se referem ao alimento pelo termo biscoito.[10] Em um levantamento feito pelo site de tecnologia TechTudo, levando em conta qual termo é mais buscado na internet, o termo bolacha é mais buscado em sites de mecanismos de busca, como o Google, apenas na região Sul do Brasil.[11]
O Brasil é o quarto maior produtor de bolachas do mundo. Em 2015, mais de 1,228 milhão de toneladas foram produzidas e cerca de 39 mil toneladas foram exportadas. Os principais países de destino das exportações são Estados Unidos, Paraguai, Uruguai e Angola. Juntos, são responsáveis por aproximadamente 29 mil toneladas dos 52 mil totais.[12] Importando, por sua vez, da Alemanha, Polônia, Itália, Bulgária e Argentina.[13]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Significado de "bolacha"»
- ↑ «Do grão à farinha: história da bolacha». bebe.abril.com.br. Consultado em 29 de setembro de 2012
- ↑ «Você sabe como surgiu o biscoito? E como sua produção foi iniciada no Brasil? Descubra!». Nestlé. Consultado em 29 de setembro de 2012
- ↑ a b «O certo é "biscoito" ou "bolacha"? - Mundo Estranho». Mundo Estranho. Consultado em 22 de outubro de 2015
- ↑ «Piraquê: Dicas e Curiosidades - A História do Biscoito». piraque.com.br. Consultado em 19 de janeiro de 2014
- ↑ «Biscuits & Cookies». Food Timeline. Consultado em 15 de janeiro de 2010
- ↑ «Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos» (PDF). anvisa.gov.br. Consultado em 19 de janeiro de 2014
- ↑ «O certo é "biscoito" ou "bolacha"?». Super. Consultado em 10 de agosto de 2022
- ↑ «Bolacha x biscoito | Oráculo». Super. Consultado em 30 de dezembro de 2021
- ↑ a b «Infográfico: Bolacha x Biscoito». Revista Superinteressante. 14 de abril de 2014. Consultado em 19 de outubro de 2014
- ↑ «Biscoito ou Bolacha? Google revela quem é mais buscado em todo Brasil». TechTudo
- ↑ «ANIB: Dados estatísticos». anib.com.br. Consultado em 20 de junho de 2016
- ↑ «ANIB: Exportação e Importação». anib.com.br. Consultado em 20 de junho de 2016