Caio Mênio Públio – Wikipédia, a enciclopédia livre

Caio Mênio Públio
Cônsul da República Romana
Consulado 338 a.C.

Caio Mênio Públio (em latim: Gaius Maenius Publius) ou Caio Mênio Nepo (em latim: Gaius Maenius Nepus) foi um político da gente Mênia da República Romana, eleito cônsul em 338 a.C. com Lúcio Fúrio Camilo. Foi nomeado ditador em 314 a.C..

Consulado (338 a.C.)

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Ver artigo principal: Segunda Guerra Latina

Foi eleito cônsul em 338 a.C. com Lúcio Fúrio Camilo.[1] Depois que Tibério Emílio Mamercino, cônsul no ano anterior, voltou para Roma, os dois cônsules retomaram o cerco de Pedo e derrotaram os habitantes da cidade, reforçados por tiburtinos e prenestinos, numa batalha campal. Derrotada Pedo, foi conquistada a última cidade latina no Lácio que ainda estava em revolta, derrotando definitivamente os latinos e encerrando a Segunda Guerra Latina. Pela importância da vitória, os dois cônsules receberam a honra de um triunfo e no fórum foram colocadas estátuas equestres dos dois, uma rara distinção.[1]

Caio Mênio derrotou, no rio Astura, a armada latina de Âncio, Lanúvio, Arícia e Velitras (Batalha de Âncio). Depois da vitória, ele tomou seis proas de navios (em latim: rostra) inimigos[2] e utilizou-as para adornar a parte do fórum que os oradores utilizavam para se dirigir ao povo, que passou a ser chamada de "rostra". Como consequência desta vitória, Caio Mênio aparentemente ganhou o agnome de "Ancíaco" (em latim: Antiaticus), que sabemos pelas moedas, foi herdado por seus descendentes. A estátua de Caio Mênio foi colocada sobre uma coluna que recebeu o nome de Coluna Mênia e parece ter sido localizada no final do Fórum, perto do Capitólio.[1][3]

Ditador (320 a.C.)?

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Em 320 a.C., Caio Mênio foi nomeado ditador para investigar complôs e conspirações que pareciam estar ocorrendo entre os nobres romanos e os de Capua, que se revoltaram no ano seguinte. Ele nomeou Marco Fólio Flacinador como seu mestre da cavalaria e os dois investigaram incessantemente a investigação e revelaram as intrigas de muitos nobres de boa família. Estes, por sua vez, processaram o ditador e o mestre da cavalaria, o que resultou na renúncia de ambos, que exigiram dos cônsules, Lúcio Papírio Cursor e Quinto Publílio Filão, um julgamento justo e acabaram honrosamente absolvidos.[4]

Censor (318 a.C.)

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Em 318, Caio Mênio foi censor com Lúcio Papírio Crasso, o que lhe permitiu acrescentar varandas aos vários edifícios que rodeavam o Fórum Romano para que os espectadores pudessem obter mais espaço para assistir aos jogos que se realizavam ali, o que garantiu que estas varandas passassem a ser conhecidas como "menianos" (em latim: "maeniana").

Ditadura (314 a.C.)

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Em 314 a.C., durante a Segunda Guerra Samnita, rumores começaram em Roma sobre outra conspiração em Capua, liderada por Óvio e Nóvio Calávio, desta vez com a intenção de trocar a aliança da Campânia de Roma para Sâmnio. Temerosos, os romanos novamente nomearam Caio Mênio ditador romano que, mais uma vez, pediu o apoio de Marco Fólio Flacinador como seu mestre da cavalaria. Antes que a investigação do ditador pudesse começar e as evidências pudessem ser coletadas contra eles, os dois irmãos rebeldes se mataram e escaparam de um julgamento.[5] Ele renunciou logo em seguida[6].

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Quinto Publílio Filão

com Tibério Emílio Mamercino

Caio Mênio Públio
338 a.C.

com Lúcio Fúrio Camilo

Sucedido por:
Caio Sulpício Longo

com Públio Élio Peto


Referências

  1. a b c Lívio, Ab Urbe condita VIII, 13.
  2. Murray, Michaēl, William Michael, Phōtios (1989). Octavian's campsite memorial for the Actian War. [S.l.]: DIANE Publishing. 109 páginas. ISBN 978-0-87169-794-3 
  3. Floro I. 11; Plínio História Natural XXXIV. 5. S. 11, vii. 60; Cícero Pro Sest. 58.
  4. Lívio, Ab Urbe condita IX, 26.
  5. Lívio, Ab Urbe condita IX, 25-26.
  6. Nicolas Lenglet Dufresnoy, Chronological Tables of Universal History (1762), The Sixth Epocha, p.68 [google books]
  • T. Robert S., Broughton (1951). «XV». The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas