Caio Petélio Libo Visolo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Caio Petélio Libo Visolo | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 360 a.C. 346 a.C. 326 a.C. |
Caio Petélio Libo Visolo (em latim: Caius Poetelius Libo Visolus) foi um político da gente Petélia da República Romana, eleito cônsul por três vezes, em 360, 346 e 326 a.C., com Marco Fábio Ambusto, Marco Valério Corvo e Lúcio Papírio Cursor respectivamente.
Ele é conhecido principalmente pelas leis que propôs e aprovou.
Identificação
[editar | editar código-fonte]É possível que o cônsul em 360 a.C. seja pai do cônsul em 326 a.C. e ditador em 313 a.C. O cônsul em 346 a.C. pode ser qualquer um dos dois.
Primeiro consulado (360 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Em 360 a.C., foi eleito cônsul pela primeira vez, com Marco Fábio Ambusto[1][a]. A Marco Fábio coube a liderança da campanha contra os hérnicos, que foram derrotados, o que lhe valeu uma ovação.
Enquanto isto, Caio Petélio liderou a campanha contra os tiburtinos, acusados de terem se aliado aos invasores gauleses. Quando estes retornaram para ajudá-los, Quinto Servílio Aala foi nomeado ditador e ele encarregou a Caio Petélio o comando das operações. Os romanos venceram o combate e forçaram os tiburtinos a recuarem para a segurança de suas muralhas, uma vitória que lhe valeu um triunfo.[1]
Tribuno da plebe (358 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Foi tribuno da plebe em 358 a.C., quando propôs a primeira lei promulgada em Roma para combater a corrupção.[2]
Segundo consulado (346 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Em 346 a.C., foi eleito cônsul novamente, desta vez com Marco Valério Corvo[3] e ambos lideraram a campanha contra os volscos.
Terceiro consulado (326 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Vinte anos depois, foi eleito cônsul novamente, com Lúcio Papírio Cursor,[4] o primeiro ano da Segunda Guerra Samnita.[5]
“ | Ao final, houve um interregno e, depois de repetidos adiamentos das eleições, sempre com base em novos pretextos, finalmente o décimo-quarto interrex, Lúcio Emílio, nomeou cônsules Caio Petílio e Lúcio Papírio Mugilano. Em outros documentos, encontrei, para este último, o sobrenome Cursor. | ” |
Durante seu mandato, foi promulgada a Lex Poetelia-Papiria, que aboliu definitivamente o nexum, uma forma de escravidão por dívida de cidadãos romanos, um pleito antigo da plebe.[6] Segundo Niebuhr,[7] é mais provável que esta lei tenha sido apresentada durante a sua ditadura (313 a.C.) e suas conclusões se baseiam numa passagem corrompida de Varrão.[8]
Ditadura (313 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Em 313 a.C., foi nomeado ditador pelo Senado para conduzir a campanha contra os samnitas. Depois de escolher Marco Fólio Flacinador[9] ou Marco Petélio Libão[10] como seu mestre da cavalaria, liderou o exército romano até Nola.[9]
“ | O ditador, depois de examinar a posição da cidade, com o objetivo de liberar o acesso às fortificações, mandou incendiar todos os edifícios que estavam adossados à parede externa da muralha e nos quais viviam muitas pessoas. Nola foi aprisionada em pouco tempo. | ” |
Alguns analistas atribuem o mérito desta campanha ao cônsul Caio Júnio Bubulco Bruto.[11][9][12]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Cônsul da República Romana | ||
Precedido por: Caio Licínio Calvo Estolão com Caio Sulpício Pético II | Marco Fábio Ambusto 360 a.C. com Caio Petélio Libo Visolo | Sucedido por: Marco Popílio Lenas |
Precedido por: Caio Pláucio Venão Ipseu | Caio Petélio Libo Visolo II 346 a.C. com Marco Valério Corvo II | Sucedido por: Marco Fábio Dorsuão |
Precedido por: Quinto Publílio Filão | Caio Petélio Libo Visolo III 326 a.C. | Sucedido por: Lúcio Fúrio Camilo II |
Notas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c Lívio, Ab Urbe condita VII, 11
- ↑ Lívio, Ab Urbe condita VII, 12.
- ↑ Lívio, Ab Urbe condita VII, 27.
- ↑ a b Lívio, Ab Urbe condita VIII, 23.
- ↑ Lívio, Ab Urbe condita VIII, 25.
- ↑ Lívio, Ab Urbe condita VIII, 28.
- ↑ Niebuhr, História de Roma, vol. iii. pp. 155, & c. 293 (em inglês)
- ↑ L.L. vii. 105, ed. Müller
- ↑ a b c d Lívio, Ab Urbe condita IX, 28.
- ↑ Smith, 779
- ↑ Lívio, Ab Urbe condita VIII, 23
- ↑ Diodoro Sículo, XVII, 113.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- T. Robert S., Broughton (1951). «XV». The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
- Este artigo contém texto do artigo «M. Poetelius» do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).