Canal Meno-Danúbio – Wikipédia, a enciclopédia livre
O canal Meno-Danúbio (em alemão Main-Donau-Kanal, Rhein-Main-Donau-Kanal ou Neuer Kanal, em português também: canal Reno-Meno-Danúbio) é um canal alemão de 171 quilômetros que faz a conexão entre o rio Danúbio e o rio Meno, ligando ambos ao rio Reno, possibilitando assim o mais curto percurso de transporte fluvial de Constança (Romênia, Mar Negro) até o porto de Roterdão (Países Baixos, Mar do Norte).
História
[editar | editar código-fonte]Antecedentes e planos
[editar | editar código-fonte]Planos de conexão do rio Danúbio com o rio Meno remotam ao ano de 793 quando Carlos Magno (Karl der Große) ordenou a construção de um canal (Fossa Carolina ou Karlsgraben) ligando os rios Altmühl e Schwäbische Rezat.[1]
Entre 1836 e 1846 foi construído o canal de Ludwig (Ludwigskanal), ligando as cidades Bamberg e Kelheim. O canal foi abandonado em 1950, não só por ter sofrido danos durante a Segunda Guerra Mundial mas também por questões técnicas (falta de água, muitas eclusas e largura reduzida, entre outros) e pela (re-)construção da rede ferroviária no sul da Alemanha, tornando o transporte hidroviário não rentável.
Para substituir a solução insuficiente do canal de Ludwig, a política do estado de Baviera elaborou em 1917 um projeto de lei - a base do tratado entre a Baviera e o Império Alemão assinando em 13 de junho de 1921, visando a construção de um novo canal, capaz de transportar navio cargueiros para águas interiores da classe dos navios que já circularam na época no rio Reno. Para gerenciar o projeto foi fundada a empresa Rhein-Main-Donau AG (mais tarde subsidiária da Bayernwerk, sede em Munique, pertence hoje aos grupos E.ON, 77,5%, e RWE, 22,5%) que recebeu uma outorga de concessão dos ganhos da energia hidráulica de diversos rios, entre outros do Meno, Danúbia e Altmühl, para financiar as obras.[2]
O plano se concretizou em 1939, um ano depois do Anschluss (a anexação político-militar da Áustria por parte da Alemanha Nazi), favorecendo o percurso Mindorf (Mindorfer Linie). Mas as obras iniciadas perto de Thalmässing (distrito de Roth) foram interrompidas em 1942.
Obras desde 1960
[editar | editar código-fonte]Em 1960 iniciaram-se as obras do canal com base do trecho atual. Até 1972 foi construída a parte do canal ligando Bamberg com Nuremberga. Em 1966 a Baviera e o Governo da Alemanha renegociaram o tratado de 1921. O tratado de Duisburg (Duisburger Vertrag[3]) estabeleceu novas condições de financiamento e execução das obras. Nos anos 80 e 90 o projeto recebeu críticas pelo impacto ambiental (especialmente no vale do Altmühl) e por passar limites do orçamento de estado.
Finalmente, em 25 de setembro de 1992 o canal foi aberto para o tráfego. Foram consumidos mais de 4,7 bilhõespb de marcos na construção.[1]
Volume de transporte
[editar | editar código-fonte]Em 2007 5.851 (2006: 5.857) navios atravessaram o canal transportando 6,65 milhões de toneladas (2006: 6,24). [4]
Referências
- ↑ a b «1992: Conclusão do Canal Meno-Danúbio | Calendário Histórico | Deutsche Welle». www.dw-world.de. Consultado em 22 de novembro de 2008
- ↑ «Rhein-Main-Donau AG» (em alemão). www.rmd.de. Consultado em 22 de novembro de 2008
- ↑ «Texto integral do tratado de Duisburg» (PDF) (em alemão). www.donauforum.de. Consultado em 22 de novembro de 2008
- ↑ «Tráfego no canal Meno-Danúbio» (PDF) (em alemão). www.elwis.de. Consultado em 22 de novembro de 2008
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Informaçãoes gerais» (em alemão)
- «Informaçãoes (em especial: eclusas) e fotos» (em alemão)
- «História do canal» (em alemão)
- «Deutsche Welle - 1992: Conclusão do Canal Meno-Danúbio»