Caracu (cerveja) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Caracu | |
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Tipo | Cerveja |
Fabricante | AmBev |
Slogan | Forte e Gostosa |
Origem | Rio Claro, São Paulo, Brasil |
Introduzida | 1899 |
Cor | Escura |
Caracu é uma cerveja do tipo Sweet Stout fabricada pela AmBev. O nome é derivado de uma raça bovina desenvolvida no Brasil colonial. O rótulo da cerveja apresenta a face estilizada de um touro da raça Caracu.
História
[editar | editar código-fonte]Em novembro de 1899 o empresário Carlos Pinho implantou a "Fábrica de Cerveja e Gelo" na cidade de Rio Claro.[1] Um dos primeiros produtos lançados foi a cerveja preta batizada "Caracu".[2] Em 8 de fevereiro de 1902 a fábrica foi arrendada por Pinho ao alemão Julio Stern, que passou a investir na expansão da fábrica.[3]
Inicialmente de fama local[4], a Caracu passou a ser distribuída pelo estado de São Paulo à partir da Década de 1920[5] quando a Cervejaria Rio Claro foi adquirida por Oscar Batista da Costa. Em 1922 a Caracu era a cerveja mais cara da tabela de preços da Cervejaria Rio Claro, sendo apresentada como cerveja tipo Guinness nacional.[6] O crescimento da Cervejaria Rio Claro é interrompido pela Grande Depressão, levando a empresa a ter sua falência pedida em novembro de 1929.[7] A Cervejaria Rio Claro foi adquirida pouco tempo depois pelo empresário Nicolau Scarpa. Scarpa deu início a um processo de expansão da fábrica e tornou a cerveja Caracu seu principal produto.
Publicidade
[editar | editar código-fonte]A Caracu foi uma das precursoras dos modernos outdoors ao ser fixada no alto do Edifício Martinelli[8]. Patrocinou o automobilista Chico Landi em suas corridas na Europa no final de 1940.[9] A Caracu também foi uma das primeiras anunciantes da televisão brasileira. Durante uma propaganda de Caracu na TV Itacolomi nos anos 1950 a garota-propaganda Lady Francisco sofreu um ataque de vômito após tomar um copo de Caracu com ovo.[10]
Referências
- ↑ «Pelo nosso estado: Rio Claro». O Commércio de São Paulo, ano VII, edição 2031, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 16 de novembro de 1899. Consultado em 29 de outubro de 2023
- ↑ Agência Estado (17 de maio de 1999). «Cerveja Caracu faz 100 anos e Rio Claro prepara festa». Folha de Londrina. Consultado em 29 de outubro de 2023
- ↑ «Aviso». Correio Paulistano, edição 13817, Coluna 2, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 8 de fevereiro de 1902. Consultado em 29 de outubro de 2023
- ↑ Plínio Silveira Mendes (30 de maio de 1927). «"O Combate" e o centenário de Rio Claro». O Combate, ano XIII, edição 4414, página 4. Consultado em 27 de janeiro de 2024
- ↑ Casa Palmyra (7 de janeiro de 1925). «Anúncio». A Tribuna (Santos), ano XXXI, edição 283, página 8. Consultado em 27 de janeiro de 2024
- ↑ Cervejaria Rio Claro (9 de abril de 1922). «Os consumidores estão de parabéns». Correio Paulistano, edição 21107, página 9. Consultado em 20 de janeiro de 2024
- ↑ «Falência da Cervejaria Rio Claro Ltda.» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, página 10118. 29 de novembro de 1929. Consultado em 27 de janeiro de 2024
- ↑ Douglas Nascimento (3 de maio de 2018). «Beber Caracu é Beber Saúde». São Paulo Antiga. Consultado em 29 de outubro de 2023
- ↑ Mário Andrada e Silva (5 de setembro de 1999). «Sonho realizado». Jornal do Brasil, ano CIX, edição 150, Caderno de Esportes, página 5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 29 de outubro de 2023
- ↑ RICCO, Flávio; VANNUCCI, José Armando (2017). Biografia da televisão brasileira, volume 1. [S.l.]: São Paulo (SP): Matrix. p. 92. 463 páginas. ISBN 9788582304143
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Página oficial
- Um anúncio da marca no jornal Correio Paulistano em 19 de março de 1922