Caranx hippos – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Carangidae
Gênero: Caranx
Espécie: C. hippos
Nome binomial
Caranx hippos
Linnaeus, 1766
Distribuição geográfica

Sinónimos

Caranx hippos é uma espécie de peixe pertencente à família dos Carangídeos.[1]

Dá pelos seguintes nomes comuns: charo-largo[2], coa[3], enxareu-macoa[4], macoa[5], peixe-prussiano[6], xaréu-cavalão[7], xaréu-macoa[8], xaréu-olho-de-boi.[9]

A autoridade científica da espécie é Linnaeus, tendo sido descrita no ano de 1766.[10]

Distribuição

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Encontra-se presente no Atlântico Oriental, de Portugal até Angola, incluindo a orla mediterrânica ocidental.[1] Encontra-se, também, presente no Altântico Ocidental, desde a costa da Nova Escócia, no Canada, abarcando o Norte do Golfo do México até ao Uruguai,[11] incluíndo as Grandes Antilhas[12] e ausentando-se das Pequenas Antilhas.[13]

Encontra-se presente na costa portuguesa, de onde a espécie é nativa.[10]

Trata-se de uma espécie de água salobra e marinha. Atinge em média cerca de 80 cm de comprimento à furca, com base de indivíduos de sexo indeterminado, sendo que o maior espécime alguma vez registado media 124 centímetros.[14] O espécime mais pesado alguma vez registado pesava [15]

Contam com 9 espinhos dorsais, 19 a 22 raios dorsais, 3 espinhos anais e 15 a 18 raios anais.[1] Não possui escamas no peito[16], salvo num trecho situado a meio do ventre, à frente das barbatanas pélvicas.[17]

Os maxilares findam, sensivelmente, abaixo ou além do canto posterior do olho, nos espécimes adultos.[16][17]

Exibe um dorso cuja coloração alterna entre um verde-azeitona e um azul-cerúleo, com flancos e ventre prateados ou amarelados e mancha negra no opérculo e nas barbatanas peitorais.[16]

Frequentam as águas neríticas da plataforma continental[18], da linha costeira, podendo encontrar-se tanto junto à costa ou em alto-mar.[17]

Os espécimes adultos sobem rio acima[13], ao passo que os juvenis tendem a permanecer nos leitos lodosos dos estuários, nas cercanias dos areais das praias e em florestas de algas.[17] Por vezes também pode surgir em lagoas e nos leitos de rios.[17]

Hábitos e dieta

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Agrupam-se em cardumes velozes, pese embora não seja incomum ver espécimes de maior envergadura solitários. Os ovos são pelágicos.[19]

Nutrem-se de peixes pequenos, camarões e outros invertebrados.[20].

Tais peixes são alvo de pesca comercial e pesca desportiva.[1] Quando pescados, por vezes, emitem grunhidos.[1].

Ligações externas

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Referências

  1. a b c d e «Caranx hippos, Crevalle jack : fisheries, gamefish». www.fishbase.se. Consultado em 4 de junho de 2022 
  2. «Common Names Summary - Caranx hippos». www.fishbase.se. Consultado em 4 de junho de 2022 
  3. «Common Names Summary - Caranx hippos». www.fishbase.se. Consultado em 4 de junho de 2022 
  4. «Common Names Summary - Caranx hippos». www.fishbase.se. Consultado em 4 de junho de 2022 
  5. Infopédia. «macoa | Definição ou significado de macoa no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 6 de novembro de 2021 
  6. «Common Names Summary - Caranx hippos». www.fishbase.se. Consultado em 4 de junho de 2022 
  7. «Common Names Summary - Caranx hippos». www.fishbase.se. Consultado em 4 de junho de 2022 
  8. Infopédia. «xaréu-macoa | Definição ou significado de xaréu-macoa no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 6 de novembro de 2021 
  9. Caranx hippos - Froese, R. and D. Pauly. Editors. 2014. FishBase. World Wide Web electronic publication. www.fishbase.org, (11/2014)
  10. a b «Caranx hippos - Página de Espécie • Naturdata - Biodiversidade em Portugal». Naturdata - Biodiversidade em Portugal. Consultado em 4 de junho de 2022 
  11. Robins, C. Richard; Ray, G. Carleton; Douglass, John; Freund, Rudolf; National Audubon Society; National Wildlife Federation (1986). A field guide to Atlantic Coast fishes of North America (em inglês). Boston, USA: Houghton Mifflin. 354 páginas. ISBN 0395318521. OCLC 12418504 
  12. P., Arturo Acero (1993). «Review of Los Peces Marinos de Venezuela. Volumen 1». Copeia (1): 248–249. ISSN 0045-8511. doi:10.2307/1446324. Consultado em 4 de junho de 2022 
  13. a b Society., Smith, C. Lavett. National Audubon (1997). National Audubon Society Field Guide to Tropical Marine Fishes Of the Caribbean, the Gulf of Mexico, Florida, the Bahamas, and Bermuda. New York: Paw Prints. 720 páginas. ISBN 067944601X. OCLC 232126128 
  14. Guiá de campo de las especies comerciales marinas y de aguas salobres de la costa septentrional de Sur América. Fernando Cervigón, Food and Agriculture Organization of the United Nations. Roma, Itália: Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación. 1992. 513 páginas. ISBN 9253031298. OCLC 27916931 
  15. Ly, Boubacar (1996). Guide et nomenclature nationale commerciale des especes marines (poissons, crustaces et mollusques) pêchées en Mauritanie (em francês). Nouakchott, Mauritanie: Republique islamique de Mauritanie, Ministère des pêches et de l'économie maritime, Centre national de recherchs océanographiques et des pêches. 186 páginas. OCLC 44672844 
  16. a b c Randall, John Ernest (1996). Caribbean reef fishes. Hong Kong: T.F.H. 368 páginas. OCLC 59654668 
  17. a b c d e Vari, Richard P.; Lévêque, Christian; Paugy, Didier; Teugels, Guy G.; Leveque, Christian (1 de fevereiro de 1994). «Faune Des Poissons d'Eaux Douces et Saumâtres de l'Afrique de l'Ouest». Paris, France: Institut de Recherche pour le Développement. Copeia (1). 815 páginas. ISSN 0045-8511. doi:10.2307/1446700. Consultado em 4 de junho de 2022 
  18. Fernando, Cervigón (1992). Guiá de campo de las especies comerciales marinas y de aguas salobres de la costa septentrional de Sur América. Roma, Itália: Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación. 513 páginas. OCLC 27916931 
  19. Daan, Niels (novembro de 1987). «Fishes of the North-eastern Atlantic and the Mediterranean». Fisheries Research (1): 815-844. ISSN 0165-7836. doi:10.1016/0165-7836(87)90010-5. Consultado em 4 de junho de 2022 
  20. Smith, C. Lavett; Böhlke, James E.; Chaplin, Charles C. G.; Böhlke, Eugenia B.; Smith-Vaniz, William F.; Bohlke, James E.; Bohlke, Eugenia B. (1 de fevereiro de 1994). «Fishes of the Bahamas and Adjacent Tropical Waters». Copeia (1). 253 páginas. ISSN 0045-8511. doi:10.2307/1446699. Consultado em 4 de junho de 2022 
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