Carnaval de Basileia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Carnaval de Basileia | |
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Património Cultural Imaterial da Humanidade | |
Morgestraich, Carnaval de Basileia em 2013 | |
País(es) | Suíça |
Domínios | Artes cénicas Técnicas artesanais tradicionais Tradições e expressões orais Usos sociais, rituais e atos festivos |
Referência | en fr es |
Região | Europa e América do Norte |
Inscrição | 2017 (12.ª sessão) |
Lista | Lista Representativa |
O Carnaval de Basileia (em alemão: Basler Fasnacht) é o maior evento de carnaval da Suíça e ocorre anualmente entre fevereiro e março, na cidade de Basileia. Foi listado como um dos melhores cinquenta festividades locais da Europa.[carece de fontes]
O Carnaval de Basileia começa na segunda-feira antes da quarta-feira de cinzas precisamente às 4h00, com a chamada Morgestraich. O carnaval dura exatamente 72 horas e, portanto, termina na manhã de quinta-feira às 4:00. Durante este tempo, era governado pelo Fasnächtler (os participantes), onde correm soltos nas ruas e restaurantes. Basler Fasnacht é muitas vezes referida como Drey Scheenschte Daag (os três dias mais belos).
Ao contrário dos festejos do Carnaval, realizada em outras cidades no norte (como os de Colónia, Mogúncia e Düsseldorf), o Carnaval de Basileia mostra uma clara separação entre os participantes e espectadores.
Importância cultural
[editar | editar código-fonte]Na segunda e quarta-feira, há duas procissões em que desfilam, ao som de bandas com tambores e pífaros, cerca de 11 mil pessoas disfarçadas e agrupadas em desfiles acompanhados de carros alegóricos. Na terça-feira, dia dedicado às crianças, há concertos e exposições de lanternas, ao mesmo tempo que outros eventos festivos. O carnaval assemelha-se a uma gigantesca revista satírica em que todos os tipos de meios visuais e retóricos são usados para ridicularizar vícios e erros. Na preparação deste festival, que atrai aproximadamente 220 000 visitantes suíços e estrangeiros, participam ativamente cerca de 20 000 pessoas de todas as origens, idades, classes sociais e convicções políticas. Os profissionais e depositários desse elemento cultural criaram associações de diferentes tipos, formadas por homens e mulheres em pé de igualdade. O carnaval fortalece a coesão social, promove a tolerância através da crítica social e contribui para a salvaguarda do dialeto local. A transmissão dessa prática cultural ocorre informalmente dentro das famílias que participam no evento há várias gerações. Os comparsas também desempenham um papel importante nesse aspeto e há secções dedicadas a preparar a mudança geracional. Algumas celebrações anteriores ao carnaval também facilitam a transmissão deste elemento fora do seu tempo de celebração. Nas últimas décadas, a salvaguarda do carnaval foi possível graças às medidas tomadas pelas comunidades para preservá-lo, bem como o apoio contínuo das autoridades.[1]
Em 2017 a UNESCO inscreveu o Carnaval de Basileia na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.[1]
Referências
- ↑ a b UNESCO. «El carnaval de Basilea» (em espanhol). Consultado em 1 de fevereiro de 2019