Casa-forte de Duarte Coelho – Wikipédia, a enciclopédia livre
Casa-forte de Duarte Coelho | |
---|---|
Ruínas do Castelo de Duarte Coelho, em pormenor da obra do pintor Frans Post (c. 1650) | |
Construção | Duarte Coelho (a partir de 1536) |
A Casa-forte de Duarte Coelho, também referida como Castelo de Duarte Coelho, Torre Duarte Coelho e Castelo de Olinda, foi uma residência fortificada brasileira do atual estado de Pernambuco.[1]
Foi erguida a partir de 1536 pelo primeiro capitão-donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho. No século seguinte, foi demolida.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A residência fortificada foi erguida pelo donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, quando este se estabeleceu com os seus colonos numa colina ao sul da ilha de Itamaracá, ao fundar Olinda, a 9 de março de 1535.[2]
Para defesa da nascente povoação e de suas gentes contra os gentios e os corsários, a partir de 1536 o donatário faz levantar uma Casa-forte no formato de uma torre, em pedra e cal, no estilo manuelino em uso no ultramar português do início do século XVI — o chamado Castelo de Olinda, ou Casa-forte de Duarte Coelho. De acordo com BUENO (1999), ela ficava:[2]
- "…exatamente no centro e no topo da colina, onde hoje corre a rua Nova (antes chamada Rua dos Nobres e, depois Rua dos Ourives), ao lado do sítio no qual, em 1599, seria construída a igreja da Misericórdia, ainda existente. Até fins do século 17, as ruínas da 'torre' de Duarte Coelho ainda podiam ser vistas, antes de serem derrubadas para dar lugar ao desenvolvimento urbano de Olinda e à construção de novos prédios." (op. cit., p. 201-202).[2]
A povoação de Olinda, visitada por Hans Staden em sua primeira viagem (1547-1548), aparece representada como um castelo sobre uma colina numa gravura em sua obra ("Descrição verdadeira de um país de selvagens nus, ferozes e canibais, situado no Novo Mundo, América", 1557). Está identificada como "Marin", segundo alguns autores o primitivo topônimo da aldeia indígena que existira no local (STADEN, 1974:45).[3]
Características
[editar | editar código-fonte]De acordo com o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, esta estrutura constituir-se-ia em "uma espécie de castelo quadrado, à maneira das torres de menagem dos solares da Idade Média".[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b «Arqueologia do Forte Duarte Coelho». Brasil Arqueológico. Consultado em 17 de dezembro de 2019
- ↑ a b c «Capitães do Brasil : a saga dos primeiros colonizadores». Google Livros. Consultado em 26 de julho de 2023
- ↑ «Duas viagens ao Brasil: Primeiros registros sobre o Brasil». Google Livros. Consultado em 26 de julho de 2023
- ↑ Varnhagen 1854, p. 147, Cap. 5 – Utensílios dos Índios.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Varnhagen, Francisco Adolpho de (1854). Historia geral do Brazil. Universidade de Lausanne: E. e H. Laemmert. 496 páginas. ISBN 9781017251241
- BUENO, Eduardo. Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. 288p. il. ISBN 8573022523
- STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1974. 218 p. il.