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Caso Prior

Felipe Prior durante o BBB
Local do crime São Paulo
Data 2014 a 2018
Tipo de crime Agressão e estupro
Vítimas Uma reconhecida + três prováveis
Réu(s) Felipe Prior
Local do julgamento São Paulo
Situação Condenado pelo crime de 2014; réu pelo crime de 2018

O caso Prior refere-se aos crimes de agressão e estupro em série cometidos por Felipe Prior, um ex-participante do Big Brother Brasil 20, no estado de São Paulo entre os anos de 2014 e 2018. Ele foi condenado em julho de 2023 pelo crime cometido em 2014 contra a vítima 1 (ver abaixo em crimes), é réu em outro caso e está sendo investigado em outros dois. Ele nega as acusações.[1][2][3]

Felipe Prior
Nome completo Felipe Antoniazzi Prior
Conhecido(a) por participar do Big Brother Brasil 20
Nascimento 18 de junho de 1992 (32 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Ocupação arquiteto

Felipe Antoniazzi Prior (São Paulo, 18 de junho de 1992) é um arquiteto brasileiro e havia participado do BBB 20 (Big Brother Brasil 20).[2]

Segundo o relato da vítima 1 (abaixo) para o programa Fantástico e para o G1, "ele sempre teve um perfil na faculdade e escola de ofender as pessoas, fazer piadas de mau gosto, sabe?".[1]

Há quatro casos ligados a Prior, sendo que num deles ele já foi condenado. Um dos ataques aconteceu na cidade de São Paulo e os outros, em cidades do interior do estado.

  • Vítima 1 (São Paulo, 2014): a primeira vítima de Prior foi uma estudante da Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde ambos estudavam. Segundo a mulher, ele passou a lhe dar carona após as aulas e em agosto de 2014, depois de uma festa, a beijou à força, passou a mão em seu corpo e a estuprou no banco de trás do carro. Segundo seu relato, ela não conseguiu se defender porque estava alcoolizada. Segundo a advogada das vítimas, nesse caso ele "não tem como dizer que ele não estava lá porque existe o prontuário hospitalar da data seguinte ao dia do estupro, as mensagens que ele trocou com ela, em que ele manifesta preocupação sobre algo que acabara de acontecer".[4]
  • Vitíma 2 (interior de São Paulo, 2015): Prior virou réu nesse caso e aguarda julgamento.[3]
  • Vítima 3 (interior de São Paulo, 2016): caso segue sendo investigado.[3]
  • Vítima 4 (interior de São Paulo, 2018): a mulher relatou que após se negar a ter relações com Prior, ele bateu nela e a estuprou. O caso ainda está sob investigação.[3]

Modus operandi

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Prior escolhia mulheres jovens, que tinham por volta de 20 anos de idade. Também eram franzinas e tinham feito consumo de bebidas alcoólicas, o que dificultava sua autodefesa. Ao ter as investidas sexuais recusadas, ele se tornava violento e estuprava as mulheres.[4]

Investigações

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A vítima 1 resolveu levar o caso à Justiça em 2017, com a ajuda de amigas e duas advogadas e incentivada pelo movimento Me Too[5] e após mais de três anos juntando provas, Prior virou réu em 2020, apesar do caso só ter se tornado público em abril de 2023.[4]

Em 2020, o inquérito policial feito pela 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo concluiu que não havia provas para indiciar Prior, mas o Ministério Público se posicionou a favor da abertura de um inquérito para investigar o caso e em 17 de março de 2023 a advogada Maíra Pinheiro protocolou uma notícia-crime sobre os casos no Departamento de Inquéritos do Fórum Central Criminal, levando ao julgamento do acusado e sua posterior condenação.[4]

Julgamento e condenação

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1º condenação: em 10 de julho de 2023, Prior foi condenado pela Justiça de São Paulo a seis (06) anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, pelo crime de estupro da vítima 1. Segundo a juíza, o depoimento da vítima e das testemunhas foram coerentes e as provas existentes, incluindo um laudo médico que atestou laceração na região genital da vítima, formaram um conjunto robusto para que o réu fosse condenado.[4][3]

Atualizações

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A advogada Maíra Pinheiro, que acompanha o caso há três anos representando inicialmente a vítima 1 e depois as outras, foi alvo de diversos tipos de ataques e chegou a receber 20 ligações anônimas e ameaçadoras em uma madrugada.. Segundo ela, houve, por parte de veículos de imprensa sensacionalistas e de fofocas uma tentativa de inocentar o réu (ver relato em ligações externas), o que teria sido o "gatilho" para os ataques.[6][7]

Referências

Ligações externas

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