Conto do vigário – Wikipédia, a enciclopédia livre

Conto do vigário é uma expressão usada em Portugal e no Brasil significando uma história elaborada com o objetivo de burlar alguém[1].

São várias as versões da origem do termo conto do vigário, mas o que todas guardam em comum é que tem como tema principal um golpe de esperteza e um vigário.

Uma das histórias mais conhecidas teria como palco, ainda no século XVIII, uma disputa entre os vigários das paróquias de Pilar e da Conceição em Ouro Preto, pela mesma imagem de Nossa Senhora. Um dos vigários teria proposto que amarrassem a santa ao burro que estava solto na rua. Pelo plano, o animal seria solto entre as duas igrejas. A paróquia para a qual o burro se encaminhasse ficaria com a imagem. O animal foi para a igreja de Pilar, que assim ganhou a disputa. Mais tarde teria sido descoberto que o burro era do vigário dessa igreja.

Outra versão reza que bandidos tentavam tomar dinheiro de incautos usando a história de uma herança que teriam ganho de um vigário ou por terem escutado uma história contada por um vigário, mas que para isso teriam de pagar várias taxas e outras quantias.[2]

Já Fernando Pessoa ficcionou a vida de Manuel Peres Vigário, um lavrador ribatejano, que se terá aproveitado da ganância alheia para trapacear.[Bibliografia 1]

Referências

  1. João Batista Porto de Oliveira, Walter da Silva Barros: Estelionato - Contos do Vigário Arquivado em 15 de novembro de 2006, no Wayback Machine. Governo do Estado do Rio de Janeiro, recuperado Junho 2003
  2. «Estelionato-Conto-do-Vigário (Rio de janeiro - RJ, junho de 2003)» (PDF). Consultado em 23 de dezembro de 2006. Arquivado do original (PDF) em 15 de novembro de 2006 

Ligações externas

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  1. Pessoa, Fernando; Félix, António Bagão (2011). O Conto do Vigário. [S.l.]: Centro Atlântico, Portugal. 40 páginas. ISBN 9789896151126 
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