Crise de segurança no Equador (2020-presente) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Crise de segurança no Equador (2020-presente)
Período 2020 - presente
Local Equador
Participantes do conflito
Governo do Equador Los Choneros Los Lobos

Los Lagartos
Los Chone Killers
Los Tiguerones

Desde 2020, o Equador sofre uma crise de segurança decorrente de conflitos entre organizações criminosas ligadas ao narcotráfico,[1] iniciadas após o assassinato de Jorge Luis Zambrano, líder do grupo criminoso Los Choneros, considerado uma das quadrilhas mais antigas e perigosas do país.[2] Zambrano foi assassinado em 28 de dezembro de 2020 e sua morte levou os grupos criminosos conhecidos como Los Chone Killers, Los Lobos, Los Pipos e Los Tiguerones, que operavam como subestruturas de Los Choneros, a se separarem da gangue e começarem uma guerra contra seus ex-líderes pelo controle das penitenciárias e do narcotráfico do país por meio de uma série de massacres e outros atos criminosos.[2][3][4]

A onda de violência gerou um aumento acentuado no número de homicídios no país.[5] Em 2021, a taxa de homicídios intencionais atingiu 14,04 por 100 000 pessoas (a maior desde 2011),[6] em comparação com uma taxa de 7,8 em 2020.[7] Esses números continuaram a aumentar em 2022. A área mais violenta do país é a que reúne os cantões de Guayaquil, Durán e Samborondón. Foram registrados 53 assassinatos entre janeiro e fevereiro de 2021 e 162 no mesmo período de 2022.[8]

O foco da violência se desenvolveu dentro dos centros carcerários do país,[3] com eventos como o massacre prisional de 23 de fevereiro ou o massacre na Penitenciária de Guayaquil em 28 de setembro, ambos ocorridos em 2021 e o segundo é considerado o quinto massacre prisional mais sangrento da história da América Latina.[2] No total, 503 detentos foram assassinados no país apenas durante o ano de 2021.[9] No entanto, a onda de violência também se manifesta fora dos presídios. Isso tem se refletido na percepção dos cidadãos, como mostra uma pesquisa realizada pela empresa Click Research em outubro de 2021, que indicou que a criminalidade era considerada pelos cidadãos o maior problema do país.[1]

Referências

  1. a b González, Mario Alexis (20 de outubro de 2021). «Narcotráfico, asesinatos y cárceles precipitaron la emergencia de seguridad». Primicias. Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 20 de outubro de 2021 
  2. a b c Loaiza, Yalilé (30 de setembro de 2021). «Choneros vs Lobos: cómo son las dos megabandas con 20.000 presos que están provocando un baño de sangre en las cárceles de Ecuador». Infobae. Consultado em 30 de setembro de 2021. Cópia arquivada em 1 de outubro de 2021 
  3. a b González, Mario Alexis (27 de dezembro de 2021). «Ecuador cerrará 2021 con la peor crisis de seguridad de la década». Primicias. Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 11 de abril de 2022 
  4. «Todos contra Los Choneros, las bandas quieren su espacio en cárceles». La Hora. 3 de outubro de 2021. Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 20 de novembro de 2021 
  5. «Homicidios, motines carcelarios y estado de excepción: ¿por qué hay una ola de violencia en Ecuador?». CNN. 20 de outubro de 2021. Consultado em 24 de abril de 2022. Cópia arquivada em 16 de novembro de 2021 
  6. «Tasa de homicidios de 2021 fue la más alta en ocho años». La Hora. 26 de janeiro de 2022. Consultado em 26 de abril de 2022. Cópia arquivada em 26 de janeiro de 2022 
  7. González, Mario Alexis (24 de setembro de 2021). «Ecuador camina hacia la tasa de muertes violentas más alta desde 2012». Primicias. Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2021 
  8. «Estas son las cinco provincias con más muertes violentas en lo que va del 2022». El Universo. 17 de fevereiro de 2022. Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 21 de fevereiro de 2022 
  9. Medina, Fernando (2 de abril de 2022). «503 personas perdieron la vida en las cárceles de Ecuador». El Comercio. Consultado em 25 de abril de 2022. Cópia arquivada em 21 de abril de 2022