Cronologia da Guerra do Paraguai – Wikipédia, a enciclopédia livre

Oficial e soldado do Império do Brasil com uniformes da Guerra do Paraguai.


Esta é uma cronologia da Guerra do Paraguai. A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América Latina. Foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Império do Brasil, Argentina e Uruguai. Ela se estendeu de dezembro de 1864 a março de 1870. É também chamada Guerra da Tríplice Aliança, na Argentina e no Uruguai, e de Guerra Grande, Guerra Contra a Tríplice Aliança e Guerra-Guaçu no Paraguai.

Cronologia dos eventos

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  • A Argentina reconhece o Paraguai.[4]
  • Acordo de livre navegação no Rio Paraná.[5]
  • Bernardo Berro (Blanco) é eleito presidente do Uruguai.[6] Adota posição mais dura com relação à penetração brasileira através do Rio Grande do Sul.
  • Abril - O general uruguaio Venancio Flores, do Partido Colorado, apoiado por Mitre e pelos liberais brasileiros do Rio Grande do Sul, invade o Uruguai.[9]
  • Julho - Missão uruguaia enviada a Assunção tenta aliança com López contra o Brasil e a Argentina.[10]
  • Setembro a novembro - O Paraguai alerta a Argentina sobre a necessidade de preservação da independência uruguaia para não haver quebra do equilíbrio de poder na região do Prata.
  • Fevereiro - Mobilização militar geral no Paraguai.[11]
  • Março - O presidente Bernardo Berro (do partido Blanco) renuncia no Uruguai e entrega o Poder Executivo para Atanasio Aguirre, presidente do Senado.[6]
  • 4 de agosto - Ultimato brasileiro ao Uruguai: cumprimento das exigências ou retaliação.[10]
  • 30 de agosto - Paraguai dá ultimato ao Brasil para que não intervenha no Uruguai.[12]
  • 16 de outubro - Tropas brasileiras invadem o Uruguai em apoio a Venancio Flores. Marinha do Brasil bloqueia Montevidéu. Paraguai considera a agressão como um ato de guerra.[10]
  • 12 de novembro - Paraguai toma o navio a vapor brasileiro Marquês de Olinda em Assunção. O navio transportava o novo governador da província de Mato Grosso.[13] O Brasil responde, cortando relações diplomáticas com o Paraguai.
  • 13 de dezembro - O Paraguai formalmente declara guerra ao Brasil e inicia a invasão do Mato Grosso.[14]
  • 13 de janeiro - Caxias substitui Mitre como comandante aliado.[37] Mitre volta a Buenos Aires.[24] Neste momento, a maior parte das tropas da aliança é brasileira, com contingentes simbólicos argentinos e uruguaios.
  • 18 de fevereiro - Couraçados brasileiros forçam a passagem rio acima por Humaitá.[24]
  • 19 de fevereiro - Rebelião no Uruguai liderada pelo ex-presidente blanco Bernardo Berro. Flores é assassinado, mas a revolta fracassa e Berro também é morto.[24] Ocorre o Combate de Laguna Cierva.[38]
  • 22 de fevereiro - Navios brasileiros bombardeiam Assunção e se retiram.
  • Março - López foge para o norte do Paraguai.
  • 12 de junho - Eleições na Argentina. O aliado de Mitre, Rufino Elizalde, é derrotado por Domingo Faustino Sarmiento, que faz campanha contra a guerra.[24]
  • 15 de julho - Fracassa um ataque brasileiro contra Humaitá.
  • 16 de julho - Assume gabinete conservador no Brasil, liderado pelo Visconde de Itaboraí.
  • 25 de julho - Tomada da principal fortaleza paraguaia, a de Humaitá.
  • 5 de agosto - Aliados ocupam Humaitá.
  • Dezembro - Caxias vence os paraguaios em um série de batalhas conhecida como a "dezembrada"[24] - Itororó, Avaí, Lomas Valentinas, Angostura. López consegue escapar do cerco em Lomas Valentinas e segue na direção da cordilheira a leste de Assunção.[39]
  • 6 de dezembro - Batalha de Itororó. Primeira batalha de séries lutando o mês de dezembro entre as tropas brasileiras e paraguaias.[40]
  • 11 de dezembro - Batalha de Avaí.[21]
  • 21 de dezembro - Primeira batalha de Itaibaté. Derrota brasileira, causa 1 mil mortos e 3.250 feridos.
  • 24 de dezembro - Solano López, intimado a render-se, foge para Cerro Corá.
  • 21 a 27 de dezembro - Segunda batalha de Itaibaté ou Lomas Valentinas.[21]
  • 30 de dezembro - Rendição de Angostura.[39]
  • 1 de março - López é morto em Cerro Corá pelos brasileiros. Fim da Guerra do Paraguai.[21]
  • Julho - Eleições para Assembleia Constituinte no Paraguai. Constituição promulgada em novembro.[45]
  • Os Voluntários da Pátria são recebidos no Rio de Janeiro com indiferença pelo Imperador e autoridades.
  • Fevereiro - Tratado da paz cede para à Argentina os territórios em litígio das Misiones,[45] entre os rios Bermejo e Pilcomayo. Os territórios entre os rios Pilcomayo e Verde foram submetidos ao arbítrio norte-americano, que concedeu a região ao Paraguai.
  • 22 de junho - Saem os últimos soldados de ocupação brasileiros do Paraguai.[45] Em 1879, sairão os últimos soldados de ocupação argentinos.

Referências

  1. a b c «Paraguai - História do Paraguai - Brasil Escola». Brasil Escola. Consultado em 6 de julho de 2018 
  2. superuser (19 de fevereiro de 2014). «Carlos Antonio López assume a presidência do Paraguai». HISTORY 
  3. Hübner, Franziska. «Brasil e Paraguai». Konrad-Adenauer-Stiftung. Fundação Konrad Adenauer. Consultado em 6 de julho de 2018 
  4. Mota 1995, pp. 243-254.
  5. Lavin, Edgardo José. «Lista de revista de Monte Caseros» (PDF). Centro de Genealogia de Entre Ríos. Consultado em 31 de julho de 2018 
  6. a b Wise, Egan & Hansen 2005, p. 311.
  7. Pomer 1987.
  8. Luna 1999, p. 103.
  9. «A Invasão do Uruguai e o Início da Guerra do Paraguai». www.multirio.rj.gov.br. Consultado em 6 de julho de 2018 
  10. a b c d Lima 2016, p. 268.
  11. «Holocausto sul-americano - uff». www.uff.br. Consultado em 6 de julho de 2018. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2018 
  12. Golin 2004, pp. 265, 268–269, 271.
  13. «NGB - Vapor Marquês de Olinda». 12 de novembro de 2014. Consultado em 6 de julho de 2018 
  14. «Após 150 anos, estopim da Guerra do Paraguai ainda gera controvérsia». Mundo. 13 de dezembro de 2014 
  15. «DECRETO Nº 3.371, DE 7 DE JANEIRO DE 1865 - Publicação Original - Portal Câmara dos Deputados». www2.camara.leg.br. Consultado em 6 de julho de 2018 
  16. «Guerra no Mercosul». Superinteressante 
  17. Borga 2015, p. 113.
  18. Borga 2015, p. 114.
  19. «Tratado da Tríplice Aliança, Objetivo Tratado da Tríplice Aliança». www.portalsaofrancisco.com.br. Consultado em 6 de julho de 2018 
  20. Lima 2016, pp. 120-121.
  21. a b c d e f Hooker 2008, pp. 92-95.
  22. Bello 2011, p. Vol. CXII.
  23. [email protected], Daniel Arantes Loverde -. «Batalha de Tuiuti - resumo, história». www.historiadobrasil.net. Consultado em 6 de julho de 2018 
  24. a b c d e f Lima 2016, p. 269.
  25. Donato 1996.
  26. Color, ABC. «Yataity Corá: 150 años - Edicion Impresa - ABC Color» (em espanhol) 
  27. Carvalho 1976, p. 34.
  28. «Comprando soldados: uma estratégia de recrutamento para a Guerra do Paraguai». Café História. 31 de julho de 2017 
  29. Squinelo, Ana Paula; Marin, Jérri Roberto (17 de dezembro de 2015). «150 anos da Guerra do Paraguai: projetos, comemorações e apropriações em torno da Retirada da Laguna». Revista História: Debates e Tendências. 15 (2). ISSN 2238-8885. doi:10.5335/hdtv.15n.2.5648 
  30. «Retomada de Corumbá | Portal Mato Grosso». Consultado em 6 de julho de 2018. Arquivado do original em 7 de julho de 2018 
  31. «Gazeta do Povo - Especial Guerra do Paraguai». Gazeta do Povo. Consultado em 6 de julho de 2018 
  32. Kennedy 1869, pp. 148, 149.
  33. Maracajú 1922.
  34. Hooker 2008, pp. 73-75.
  35. «Combate de Cotagaita». www.granaderos.com.ar. Consultado em 6 de julho de 2018 
  36. Borga 2015, p. 188.
  37. «Caxias o Comandante - em - Chefe na Guerra do Paraguai - e os problemas políticos». www.ahimtb.org.br. Consultado em 6 de julho de 2018 
  38. Centurión 1894, pp. 102-115.
  39. a b «Dezembrada (1868) - Guerra do Paraguai». História Brasileira. 21 de dezembro de 2009 
  40. Abente, Diego. «The War of the Triple Alliance: Three Explanatory Models» (PDF) 
  41. a b c Doratioto 2002, pp. 93-96.
  42. Lima 2016, p. 233.
  43. Porto Alegre 1917.
  44. Vas 2011, pp. 204–207; 221–222.
  45. a b c d Lima 2016, p. 270.

Ligações externas

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