DJ Dolores – Wikipédia, a enciclopédia livre

DJ Dolores
Informação geral
Nome completo Hélder Aragão
Também conhecido(a) como DJ Dolores
Local de nascimento Propriá, Sergipe SE
Origem Recife, Pernambuco PE
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s)
Ocupação(ões)
Período em atividade 1997-presente

DJ Dolores, mais conhecido pelo seu nome artístico de Hélder Aragão (Propriá, 1966) é um cantor, compositor, designer, escritor e DJ brasileiro.

Biografia e carreira

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Filho de músico, é por intermédio do pai que, desde pequeno, tem acesso ao jazz, choro e músicas da tropicália. Na adolescência, muda-se com a família para Aracaju, momento em que se identifica fortemente com a cultura punk e a musicalidade de bandas inglesas, como The Clash e Sex Pistols.[1] Em 1984, chega ao Recife e logo torna-se amigo do jornalista e músico Fred Zero Quatro, dos jornalistas Renato L. e Mabuse e do músico Chico Science, todos integrantes do que se consagra como a cena manguebit no início dos anos 1990, também nomeada pela crítica jornalística dessa época como manguebeat.[2]

Apesar de não configurar como um gênero musical, há várias referências que influenciam esse grupo de amigos, como a música eletrônica, o hip hop e o hardcore brasileiro e ritmos folclóricos do Nordeste brasileiro, como maracatu, coco e ciranda.[3] Além disso, inspira-se na literatura de ficção científica, nos quadrinhos e na obra dos cientistas sociais naturais do Recife Josué de Castro e Gilberto Freyre. Nesse período, Helder Aragão cria a dupla Dolores e Morales com o roteirista Hilton Lacerda em diversos trabalhos multimídia, como o projeto gráfico da capa do disco de estreia da banda Chico Science e Nação Zumbi, Da Lama ao Caos, lançado pela Sony Music Brasil, em 1994.[4][5] Dolores, codinome adotado por ele, pertence a uma tia rabugenta de seu amigo e parceiro Lacerda. Paralelamente, como DJ Dolores, atua em festas organizadas na região portuária do Recife Antigo.[4] Cria o grupo DJ Dolores e Orchestra Santa Massa, em 1998, e lança o disco Contraditório?, em 2002. A banda se apresenta em importantes festivais nacionais e internacionais. A partir de então, a carreira de DJ Dolores se volta principalmente para o cenário europeu.[4]

Desde o início da carreira, realiza trilhas para filmes, como Enjaulado, O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas, Narradores de Javé; para peças de teatro, como A Máquina, de João Falcão; e para espetáculos de dança, como Desatino do Norte, para o Corpo de Baile do Teatro Municipal de São Paulo.[6]

Em 2005, participa da coletânea Rip, Mash, Sample, Share, criada pela revista americana Wired, em parceria com o Creative Commons, para apoiar o projeto de flexibilização do copyright, e da qual também fazem parte músicos como o escocês David Byrne, criador da banda Talking Heads, o grupo americano de hip-hop Beastie Boys e o brasileiro Gilberto Gil. Nesse mesmo ano, lança o CD Aparelhagem, cujo título alude ao nome dado aos sistemas sonoros de bailes funk no Rio de Janeiro e tecnobrega em Belém. Produz, em 2008, o disco 1 Real, embebido da cultura dos vendedores ambulantes do Recife, em que há várias faixas compostas em inglês.

Álbuns de estúdio

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  • (2013) Banda Sonora
  • (2012) Red Hot Rio 2
  • (2008) 1 Real
  • (2005) Aparelhagem
  • (2002) Contraditório?
  • (2001) Rumos Culturais
  • (2000) Caipiríssima
  • (1999) Baião de Viramundo
  • (1999) Reginaldo Rei

Prêmios e indicações

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Ano Prêmio Categoria Nomeações Resultado
2016 Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro[7] Melhor Trilha Sonora
Amor, Plástico e Barulho
Indicado
2021 Grande Prêmio do Cinema Brasileiro[8] Melhor Trilha Sonora
Fim de Festa
Pendente

Referências

  1. «Folha de S.Paulo - Música: Planos do Instituto incluem Záfrica Brasil e DJ Dolores - 13/01/2004». Folha de S.Paulo. Consultado em 15 de dezembro de 2022 
  2. Aires, Daniel Silva (2022). Corpoviral Perspectivas de Criação Em Videodança. Belo Horizonte: Editora Dialética. OCLC 1346359832 
  3. «DJ Dolores participa do programa Mão na Massa - 2/2». www.uol.com.br. Consultado em 15 de dezembro de 2022 
  4. a b c «DJ Dolores celebra 30 anos de carreira com o álbum 'Recife 19'». G1. Consultado em 15 de dezembro de 2022 
  5. «DJ Dolores conta bastidores da produção de 'Da Lama ao Caos'». www.folhape.com.br. Consultado em 15 de dezembro de 2022 
  6. «DJ Dolores e Orchestra Santa Massa». Folha de S.Paulo. Consultado em 15 de dezembro de 2022 
  7. «21º Prêmio Guarani: Premiados de 2015». Consultado em 15 de outubro de 2021 
  8. «Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021: Indicados». Cenas de Cinema. 28 de setembro de 2021. Consultado em 4 de outubro de 2021 

Ligações externas

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