Deuses, Túmulos e Sábios – Wikipédia, a enciclopédia livre

Capa de uma edição alemã de Deuses, Túmulos e Sábios.

Deuses, Túmulos e Sábios — O Romance da Arqueologia (no original em alemão: Götter, Gräber und Gelehrte — Roman der Archäologie) é um livro popular do escritor alemão C. W. Ceram sobre a história da arqueologia. Publicado pela primeira vez em 1949, o livro introduz o leitor leigo em arqueologia a assuntos sobre a origem e desenvolvimento da arqueologia.

Deuses, Túmulos e Sábios cobre Grécia Antiga, o Egito Antigo, bem como arqueologia da Mesopotâmia, América do Sul, México e América Central. Intercalando a descrição das descobertas com rápidas biografias dos estudiosos e arqueólogos como Heinrich Schliemann, Jean-François Champollion, Paul-Émile Botta, Howard Carter, dentre outros.

No frontispício, Ceram inclui uma citação de Goethe:

Não existe arte patriótica nem ciência patriótica. Ambas pertencem, como todo sublime bem, ao mundo inteiro, e só podem ser fomentadas pelo intercâmbio geral e livre de todos os simultaneamente vivos, em constante respeito pelo que nos foi transmitido e nos é conhecido do passado"

Essa citação de Goethe é seguida por outra citação; dessa vez do filósofo espanhol Ortega y Gasset:

Quem quiser ver bem o seu tempo, deve olhá-lo à distância. De que distância? Muito simplesmente, duma distância tal que não reconheça mais o nariz de Cleópatra

Do que se trata

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Neste capítulo introdutório, Ceram explica aos seus leitores qual o conteúdo do seu livro, e aconselha-os a "...não começar o livro da primeira página..."

Recomendo começar na página 77 e ler primeiro o capítulo sobre o Egito, o "Livro das Pirâmides". Tenho então a esperança de que até o leitor mais desconfiado enfrentará com mais benevolência o nosso tema e resolverá pôr de parte certas prevenções. Todavia, em seguida a essa introdução pedirei ao leitor que volte atrás e comece na página 19. Então é que ele vai precisar de uma orientação planejada para melhor compreensão até mesmo dos acontecimentos mais emocionantes

Explica ainda que seu livro foi escrito sem ambições científicas, mas tentou expor a arqueologia de forma que ficasse visível em seu "emaranhado dramático e em todo o seu nexo humano". Afirma ainda que não sendo possível furtar-se à digressão, o resultado é um livro que o cientista chamará de "não-científico".

O livro vendeu mais de 5 milhões de cópias em 26 idiomas[2] — e é impresso ainda hoje.

Referências

  1. Ceram, C. W. (1959). Deuses, Túmulos e Sábios 8ª ed. São Paulo: Melhoramentos. ISBN 85-06-04553-3 
  2. Vieira, Claudinei (25 de julho de 2006). «Paralelos; Literatura, Tendência e outros subtítulos: Deuses, túmulos e sábios». O Globo - blogs. Consultado em 26 de outubro de 2008 
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