Tumulto – Wikipédia, a enciclopédia livre

Registro de um tumulto em 1939.

Um tumulto ou distúrbio civil é uma súbita agitação de multidão. Implica grupos não homogêneos que atuam de maneira mais espontânea e repentina, menos extensa e menos organizada do que em uma sedição. Tumultos podem ser desencadeados a partir de confrontos entre grupos rivais, motivados por intolerância racial, religiosa, política ou mesmo esportiva. Também podem surgir em manifestações coletivas de insatisfação e protesto contra o Poder Público, motivadas por reivindicações econômicas (altos impostos, alto custo de vida) ou ligadas à provisão de bens e serviços públicos, por exemplo. Durante um tumulto, podem ocorrer ataques violentos a pessoas, vandalismo e outras formas de criminalidade. Tumultos são tipicamente sem liderança, sem que haja qualquer coordenação entre as ações individuais. São frequentemente "caóticos e exibem comportamento de rebanho".[1] Entretanto há um crescente corpo de evidências que sugere que os distúrbios civis não são irracionais mas, na verdade, seguem normas sociais invertidas.[2].

Tumultos podem ocorrer em situações de grande concentração de pessoas, mediante a ocorrência de um evento inesperado, capaz de provocar pânico ou revolta, eventualmente como degeneração de manifestações de massa, relativamente organizadas, em torno de um objetivo ou motivação comum (participação em eventos religiosos, políticos, esportivos ou de distribuição de alimentos, por exemplo; protesto contra ações do Poder Público ou contra o desemprego e a degradação das condições de vida, opressão política, a tributação excessiva, o recrutamento forçado, a intolerância étnico-racial ou religiosa ou mesmo contra o resultado de uma competição esportiva).[3]

Frequentemente, tumultos envoluem para ações violentas e destruição de propriedade pública ou privada. A propriedade visada varia de acordo com as inclinações dos envolvidos. Os alvos podem incluir lojas, carros, restaurantes, prédios públicos ou edifícios religiosos.[1]

O controle desses distúrbios pelas forças da ordem também costuma empregar violência, em graus variados, incluindo o uso de bombas de gás lacrimogêneo ou gás CS e munição não letal, prisão, espancamentos e mesmo munição letal.[4]

Exemplos relevantes

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Referências

  1. a b Braha, D. (2012). «Global Civil Unrest: Contagion, Self-Organization, and Prediction». PLOS ONE. 7 (10): e48596. Bibcode:2012PLoSO...748596B. PMC 3485346Acessível livremente. PMID 23119067. doi:10.1371/journal.pone.0048596 
  2. «You won't prevent future riots by disregarding the psychology of crowds». The Guardian. 19 de agosto de 2011 
  3. Smead, Howard; Tager, Jack (Dezembro de 2001). «Boston Riots: Three Centuries of Social Violence». The New England Quarterly. 74 (4). 669 páginas. ISSN 0028-4866. JSTOR 3185445. doi:10.2307/3185445 
  4. Davison, Neil (2009), «The Early History of 'Non-Lethal' Weapons», ISBN 978-1-349-30656-5, Palgrave Macmillan UK, 'Non-Lethal' Weapons, pp. 12–39, doi:10.1057/9780230233980_2 

Leitura adicional

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  • Bessel, Richard; Emsley, Clive (2000). Patterns of Provocation: Police and Public Disorder. [S.l.]: Berghahn Books. ISBN 1-57181-228-8 
  • Bloome, Clive (2003). Violent London: 2000 Years of Riots, Rebels and Revolts. London: Sidgwick & Jackson. ISBN 0-283-07310-1 
  • Bohstedt J. 1983. Riots and Community Politics in England and Wales, 1790–1810. Cambridge, MA: Harvard Univ. Press
  • Clover, Joshua (2016). Riot: The New Era of Uprisings. London: Verso. ISBN 978-1-78478-059-3 
  • Hernon, Ian (2006). Riot!: Civil Insurrection from Peterloo to the Present Day. [S.l.]: Pluto Press. ISBN 0-7453-2538-6 
  • Nagl, Dominik (2013). No Part of the Mother Country, but Distinct Dominions - Rechtstransfer, Staatsbildung und Governance in England, Massachusetts und South Carolina, 1630–1769. [S.l.]: LIT. ISBN 978-3-643-11817-2  Online pp. 594
  • Olzak S, Shanahan S, McEneaney EH. 1996. "Poverty, segregation and race riots: 1960 to 1993." Am. Sociol. Rev. 61(4):590–613
  • Waddington, P. A. J. (1991). The Strong Arm of the Law: Armed and Public Order Policing. [S.l.]: Clarendon Press. ISBN 0-19-827359-2 
  • Wilkinson, Steven. 2009. "Riots." Annual Review of Political Science.
  • Wilkinson S. 2004. Votes and Violence: Ethnic Competition and Ethnic Riots in India. New York: Cambridge Univ. Press

Ligações externas

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