Doença de Schamberg – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pontos cor de ferrugem típicos da doença de Schamberg, na parte inferior da perna e pé esquerdos de um homem caucasiano com 26 anos.

A doença de Schamberg é uma dermatose purpúrica pigmentada, descrita pela primeira vez em 1901, que constitui um grupo de capilares benignos raros. Esta doença é causada por vasos sanguíneos com fugas perto da superfície da pele (vasos capilares), caracterizada por manchas castanho-avermelhadas irregulares.

São assintomáticas e geralmente afetam membros inferiores, mas podem também atacar o tronco e os membros superiores e há relatos de casos onde existia uma ligeira comichão.

A etiologia da doença de Schamberg ainda é desconhecida. Supõe-se que as bases dos capilares são danificadas por alterações autoimunes. No entanto, a hipersensibilidade a drogas, dermatites de estase, de contacto e factícia, exercício físico, hipertensão venosa, álcool, infeções virais tem sido relatados em casos.

São conhecidos casos de transmissão da doença dentro de algumas gerações de uma mesma família.

Até ao momento, nenhum tratamento demonstrou efeito benéfico consistente. Há relatos de melhora com esteroides tópicos, antialérgicos, anti-inflamatórios, glicocorticóides, entre outros.

O peeling de ácido de tioglicólico (ou ácido mercapto acético) é uma das opções de tratamento para as desordens pigmentares de origem férrica.

Os pacientes que tiveram de lidar com esta patologia, foram aconselhados, maioritariamente, a observar uma dieta. Implica a rejeição de alimentos fritos e fumados, frutas cítricas, chocolate, café e bebidas alcoólicas.

É recomendado também evitar ferimentos nas pernas, hipotermia.

É importante cuidar da pele, usar cosméticos hipoalérgicos.