Dracaena – Wikipédia, a enciclopédia livre
dragoeiros, dracena Dracaena | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||||
Dracaena é um género botânico pertencente à família das Dracenáceas, cujas espécies integrantes são comummente conhecidas como dracenas.[1]
Na classificação taxonóimica de Jussieu (1789), Dracaena é um género botânico da ordem Asparagi, classe Monocotyledones com estames perigínicos.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O nome deste género, provém do latim Dracaena[2], que, por sua vez, proveio do grego clássico δράκαινα (drákaina)[3], que significa «dragoa; dragão fêmea».[1]
Espécies
[editar | editar código-fonte]As dracenas podem-se dividir em dois grandes grupos, de acordo com o porte:
Num grupo, encontram-se as espécies com porte arbóreo[1], as quais crescem em regiões áridas e semi-desérticas, sendo comummente conhecidas como árvore-do-dragão ou dragoeiro[4].
- Dracaena americana - dragoeiro da América Central
- Dracaena arborea - árvore dracena
- Dracaena cinnabari - dragoeiro de Socotra
- Dracaena draco - dragoeiro das ilhas Canárias
- Dracaena ombet - dragoeiro de Gabal Elba
- Dracaena tamaranae - dragoeiro da Grã Canária
Noutro grupo, encontram-se as espécies de porte arbustivo[1], as quais crescem à sombra, no sub-bosque das florestas tropicais, sendo comummente conhecidas como dracenas. Encontram-se popularizadas, enquanto plantas domésticas.
- Dracaena aletriformis
- Dracaena angustifolia
- Dracaena bicolor
- Dracaena cincta
- Dracaena concinna
- Dracaena elliptica
- Dracaena deremensis
- Dracaena fragrans - pau d'água
- Dracaena goldieana
- Dracaena hookeriana
- Dracaena mannii
- Dracaena marginata - dragoeiro de Madagascar
- Dracaena marmorata
- Dracaena phrynioides
- Dracaena reflexa - dracena Pleomele ou "Canção da Índia"
- Dracaena sanderiana - dracena-borracha, vendida nos Estados Unidos com o nome de "Lucky Bamboo"
- Dracaena surculosa
- Dracaena thalioides
- Dracaena trifasciata - espada de São Jorge
- Dracaena umbraculifera
Há ainda, inúmeras outras espécies que, antigamente se inseriam no género das Dracenas, mas que, presentemente, estão agora incluídas no género Cordyline.[5]
- Dracaena australis; ver Cordyline australis
- Dracaena indivisa; ver Cordyline indivisa
- Dracaena obtecta; ver Cordyline obtecta
- Dracaena terminalis; ver Cordyline terminalis - também conhecida por Cordyline fruticosa
Usos
[editar | editar código-fonte]O dragoeiro deve o seu nome à cor da seiva produzida pela D. draco e pela D. cinnabari, que depois de oxidada por exposição ao ar forma uma resina pastosa de cor vermelho vivo que foi comercializada na Europa com o nome do sangue-de-dragão ou drago. O sangue-de-dragão moderno, entretanto, é mais comummente feito a partir das palmas Daemonorops.
Há algumas espécias, como a D. deremensis, D. fragrans, D. godseffiana, D. marginata, e a D. sanderiana, que são muito usadas como plantas caseiras e em decoração de jardins. Também são muito utilizadas pela cultura afro-brasileira nos ritos de passagem da Iniciação Queto.[6]
Uso medicinal
[editar | editar código-fonte]O sangue-de-dragão era usado na antiguidade em fármacos (sob o nome de sanguis draconis) e em tinturaria, constituindo nos tempos iniciais de povoamento europeu da Macaronésia, em especial das Canárias, um importante produto de exportação.[7]
Referências
- ↑ a b c d Infopédia. «dracena | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». infopedia.pt - Porto Editora. Consultado em 6 de dezembro de 2022
- ↑ «dracaena - WordSense Dictionary». www.wordsense.eu (em inglês). Consultado em 6 de dezembro de 2022
- ↑ «δράκαινα - WordSense Dictionary». www.wordsense.eu (em inglês). Consultado em 6 de dezembro de 2022
- ↑ Infopédia. «dragoeiro | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». infopedia.pt - Porto Editora. Consultado em 6 de dezembro de 2022
- ↑ Nomes de Dracenas. Multilingual Multiscript Plant Name Database. (em inglês)
- ↑ José Flávio Pessoa de Barros – Eduardo Napoleão - Ewé Òrìsà - Uso Litúrgico e terapêutico dos Vegetais nas casas de candomblé Jêje-Nagô, Editora Bertrand Brasil.
- ↑ Yronwode, C. (2002). Hoodoo Herb & Root Magic. [S.l.]: The Lucky Mojo Curio Co., Forestville, CA. ISBN 0-9719612-0-4