Eduardo Fortunato de Baden-Baden – Wikipédia, a enciclopédia livre
Eduardo Fortunato de Baden-Baden | |
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Margrave de Baden-Rodemachern | |
Reinado | 1575-1588 |
Antecessor(a) | Cristóvão II de Baden-Rodemachern |
Sucessor(a) | Filipe III de Baden-Rodemachern |
Margrave de Baden-Baden | |
Reinado | 1588-1600 |
Predecessor(a) | Filipe II de Baden-Baden |
Sucessor(a) | Guilherme I |
Nascimento | 17 de setembro de 1565 |
Londres | |
Morte | 8 de junho de 1600 (34 anos) |
Castelo de Kastellaun | |
Nome completo | Eduard Fortunatus |
esposa | Maria van Eicken |
Descendência | Ana Maria Lucrécia; Guilherme de Baden-Baden; Hermano Fortunato de Baden-Rodemachern; Alberto Carlos. |
Casa | Zähringen |
Pai | Cristóvão II de Baden-Rodemachern |
Mãe | Cecília Vasa |
Brasão |
Eduardo Fortunato de Baden-Baden (em alemão: Eduard Fortunat von Baden-Baden; Londres, 17 de setembro de 1565 – Castelo de Kastellaun, 8 de junho de 1600) foi um nobre alemão, pertencente à Casa de Zähringen, e que foi primeiro Marquês de Baden-Rodemachern e, depois, Marquês de Baden-Baden.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido em Londres, Eduardo era o filho do marquês Cristóvão II de Baden-Rodemachern e da princesa sueca Cecília Vasa. Foi a sua madrinha, a rainha Isabel I de Inglaterra, que lhe deu o nome de Eduardo.[1], tendo passado o seu primeiro ano de vida no Palácio de Hampton Court, em Inglaterra.
Quando o seu pai morreu, em 1575, ele tornou-se marquês de Baden-Rodemachern. O seu tutor, o duque Guilherme V da Baviera, deu-lhe uma educação Católica e, em 1584, ele converteu-se do Luteranismo para o Catolicismo,[2] tal como já acontecera com sua mãe.
A rivalidade entre católicos e protestantes dividia a família de Eduardo e, a 18 de novembro de 1589, ele organizou um colóquio na Câmara Municipal de Baden-Baden onde se discutiu a argumentação de Católicos, (representados por Johann Pistorius), Luteranos (representados por Andreä e Jacob Heerbrand), e Calvinistas (representados por Schyrius). Mas o encontro acabou, apenas, por aprofundar diferenças.[3][4]
Em 1587, ele visitou os familiares na Suécia, e acompanhou o seu primo materno Sigismundo III Vasa, Rei da Polónia-Lituânia (e mais tarde Rei da Suécia) à Polónia em 1588. Este nomeou-o responsável das Alfândegas e Minas na Polónia. Nesse mesmo ano, pela morte do seu primo paterno Filipe II, ele herdou a Marca de Baden-Baden, entregando Baden-Rodemachern ao seu irmão mais novo Filipe III.
O seu governo foi marcado pela severidade com que tratou os luteranos e por esbanjar os recursos do seu estado.
A ocupação de Baden-Baden
[editar | editar código-fonte]A 13 de março de 1591, em Bruxelas, ele casou civilmente com Maria van Eicken (1571–1636), filha de Joos van Eicken, Governador da cidade de Breda. O casamento veio a ser regularizado religiosamente apenas a 14 de maio de 1593,[5] após ela ter dado à luz uma menina. Ao todo o casal teve quatro filhos que, pela ascendência não aristocrática da mulher, nunca viriam a ser reconhecidos como herdeiros pela linha cadete de Baden-Durlach.[6]
A não legitimidade sucessória dos seus filhos fez com que o marquês Ernesto Frederico de Baden-Durlach, do ramo protestante de Baden-Durlach, ocupasse, em 1594, toda a marca de Baden-Baden. Os filhos de Eduardo haveriam de readquirir os territórios apenas em 1622 quando a vitória da Liga Católica na Batalha de Wimpfen também lhes deu vantagem.[7][8]
Exílio e morte
[editar | editar código-fonte]Eduardo não só herdou dívidas de seus pais como as agravou.[9] Após ocupação dos seus estados, viveu em diversos castelos recorrendo aos mais variados esquemas, como a emisão de moeda,[10] a alquimia e a magia negra para recuperar os seus territórios, chegando a espetar alfinetes num boneco de cêra com a esfinge de Ernesto Frederico, para o afetar.[11] É também referido que Eduardo teria tentado envenenar o seu inimigo.[12][13]
Em 1597 foi enviado à Alemanha para recrutar mercenários em nome do Governo espanhol.[14] Em 1598 participou na tentativa do seu primo materno, Sigismundo Vasa, para reconquistar a Suécia a Carlos IX, sendo capturado na Batalha de Stångebro e ficando prisioneiro dos Dinamarqueses.[15]
Eduardo morreu em 1600 no Castelo Kastellaun, após uma queda numa escadaria de pedra, possivelmente pelo seu estado de embriaguez.[16]
Casamento e descendência
[editar | editar código-fonte]Do seu casamento civil com Maria van Eicken, que teve lugar em Bruxelas a 13 de março de 1591,[17] nasceram quatro filhos:
- Ana Maria Lucrécia (Anna Maria Lukretia), (1592–1654);
- Guilherme (Wilhelm) (1593–1677), que sucedeu ao pai como marquês de Baden-Baden, com descendência;
- Hermano Fortunato (Hermann Fortunatus) (1595–1665) que sucedeu ao tio paterno, Filipe III, como marquês de Baden-Rodemachern;
- Alberto Carlos (Albrecht Karl) (1598–1626).
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- (em alemão) Arthur Kleinschmidt, Biografia na Allgemeine Deutsche Biographie (ADB);
- (em alemão) Friedrich Wielandt, Biografia na Neue Deutsche Biographie (NDB);
- (em inglês) Genealogia de Eduardo Fortunato de Baden-Baden (euweb.cz).
Referências
- ↑ Edmund Lodge, Illustrations of British History, biography, and Manners, in the Reigns of Henry VIII, Edward VI, Mary, Elizabeth, and James, Vol. 1, Bensley, 1838, p. 437.
- ↑ (em alemão) Lebensbilder aus Baden-Württemberg, Kommission für Geschichtliche Landeskunde in Baden-Württemberg, 2005, pág. 5.
- ↑ Charles Francis Coghlan, The Beauties of Baden-Baden and Its Environs, London: F. Coghlan, 1858, p. 14.
- ↑ John M'Clintock and James Strong, Cyclopaedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature, Volume 8, New York: Harper, 1894, p. 237
- ↑ Eugen von Chrismar, Genealogie des Gesammthauses Baden: vom 16. Jahrhundert bis Heute, Gotha: Friedrich Andreas Perthes, 1892, p. 124 (German).
- ↑ (em alemão) Max Bauer, Die Deutsche Frau in der Vergangenheit, Berlim, Alfred Schall, 1907, p. 398.
- ↑ Cambridge Modern History, Ed. A.W. Ward, G.W. Prothero, Stanley Leathes, volume 4, The Thirty Years' War, New York: Macmillan, 1906, repr. 1911, pp. 79, 84
- ↑ "Die Sponheimische Successionssache," Hermes, oder, Kritisches Jahrbuch der Literatur, Volume 31 (1828), 265–301, p. 289 (German).
- ↑ (em alemão) von Chrismar, p. 78
- ↑ Henry Montague Hozier and William Henry Davenport Adams, The Franco-Prussian War: Its Causes, Incidents, and Consequences, vol. 2, Londres, William MacKenzie, 1872, p. 76
- ↑ (em alemão) Charles Knox, Traditions of Western Germany: The Black Forest, the Neckar, the Odenwald, the Taunus, the Rhine, and the Moselle, volume 1, The Black Forest and Its Neighbourhood, Londres, Saunders & Otley, 1841, "The Image at the Yburg," pp. 167–68, 170–74
- ↑ von Chrismar, p. 127
- ↑ (em alemão) Werner Baumann, Ernst Friedrich von Baden-Durlach: die Bedeutung der Religion für Leben und Politik eines Süddeutschen Fürsten im Zeitalter der Gegenreformation, Estugarda, Editora Kohlhammer, 1962, p. 76.
- ↑ (em alemão) Friedrich Back, Die Evangelische Kirche im Lande zwischen Rhein, Mosel, Nahe und Glan: Bis zum Beginn des Dreißigjährigen Krieges, Bonn: Adolph Mareus, 1872–1874, p. 518
- ↑ (em alemão) von Chrismar, p. 123.
- ↑ Sharpe's London Magazine, Volume 10 (1850), p. 315.
- ↑ e que só viria a ser regularizado pela Igreja a 14 de maio de 1593
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Edward Fortunatus».
Eduardo Fortunato de Baden-Baden Nascimento: 17 de setembro 1565 Morte: 8 de junho 1600 | ||
Precedido por Cristóvão II | Marquês de Baden-Rodemarchern 1575-1588 | Sucedido por Filipe III |
Precedido por Filipe II | Marquês de Baden-Baden 1588-1600 (sob ocupação de Baden-Durlach desde 1594) | Sucedido por Guilherme I |
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- (em alemão) Urte Schulz, Das schwarze Schaf des Hauses Baden. Markgraf Eduard Fortunatus, Editora Casimir Katz, Gernsbach, 2012, ISBN 978-3-938047-61-3;
- (em alemão) Johann Stephan Pütter, Ueber Mißheirathen Teutscher Fürsten und Grafen, Göttingen, 1796, Pág. 125–135 Livros Google;
- (em alemão) Johann David Köhler, Ein Haupt rarer Thaler des so berüchtigten Marggrafens zu Baaden in Baaden, EDUARD FORTUNATS, von A. 1590, in: Der Wöchentlichen Historischen Münz-Belustigung, Parte 16 15. April 1744, Pág. 117–124, Livros Google;
- (em alemão) Johann David Köhler, Rare einseitige Medaille, Eduard Fortunats, Marggrafens zu Baaden-Baaden, in: Der Wöchentlichen Historischen Münz-Belustigung, Parte 8, 1736, Pág. 313–320, Livros Google;
- (em alemão) Johann Christian Sachs: Einleitung in die Geschichte der Marggravschaft und des marggrävlichen altfürstlichen Hauses Baden, Karlsruhe, 1769, Parte 3, Pág. 283–314, Livros Google;
- (em alemão) Alfons Friderichs, Fortunat, Eduard, In: Persönlichkeiten des Kreises Cochem-Zell, Kliomedia, Trier 2004, ISBN 3-89890-084-3, S. 110.