Eleições estaduais na Bahia em 1974 – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Eleições estaduais na Bahia em 1974 | ||||
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3 de outubro de 1974 (Eleição indireta) 15 de novembro de 1974 (Eleição direta) | ||||
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Candidato | Roberto Santos
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Partido | ARENA
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Natural de | Salvador, BA
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Vice | Edvaldo Correia | |||
Votos | 40 | |||
Porcentagem | 86,95% | |||
Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais na Bahia em 1974 ocorreram em duas etapas conforme determinava a legislação vigente: a etapa indireta aconteceu em 3 de outubro e nela a ARENA elegeu o governador Roberto Santos e o vice-governador Edvaldo Correia; em 15 de novembro houve eleições gerais em 22 estados e nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima. Naquela ocasião a ARENA elegeu o senador Luís Viana Filho e conseguiu a maioria dentre os 26 deputados federais e 50 deputados estaduais eleitos. Os baianos residentes no Distrito Federal escolheram seus representantes para o Congresso Nacional por força da Lei n.º 6.091 de 15 de agosto de 1974.[1][2][3][nota 1][nota 2][nota 3]
O novo governador é o médico e professor Roberto Santos. Nascido em Salvador, formou-se em 1949 na Universidade Federal da Bahia com especialização nos Estados Unidos e Reino Unido. De volta ao Brasil, lecionou na instituição onde se formara e foi secretário de Saúde no governo Luís Viana Filho, cargo o qual deixou para assumir a reitoria da Universidade Federal da Bahia. Nos anos seguintes presidiu a Associação Brasileira de Educação Médica e o Conselho Nacional de Educação até filiar-se à ARENA e ser indicado ao Palácio de Ondina pelo presidente Ernesto Geisel em 1974, o que favoreceu aos políticos da ARENA que se opunham à liderança de Antônio Carlos Magalhães, cuja predileção recaia sobre Clériston Andrade, então prefeito de Salvador.[4][5][6][nota 4][nota 5]
O vice-governador eleito foi o odontólogo, médico e pecuarista Edvaldo Correia, que nasceu em Cachoeira e exercia o quarto mandato consecutivo de deputado estadual.[7]
Outro vencedor no pleito foi o advogado Luís Viana Filho. Nascido em Paris e registrado em Salvador, diplomou-se na Universidade Federal da Bahia em 1929. Professor, historiador e jornalista com passagens pelo jornal A Tarde, elegeu-se deputado federal em 1934, mas teve o mandato interrompido pelo Estado Novo. Retornou à política como fundador da UDN, passando pelo PL e reelegendo-se à Câmara dos Deputados em 1945, 1950, 1954, 1958 e 1962. Durante o Regime Militar de 1964 foi chefe da Casa Civil e ministro interino da Justiça no governo Castelo Branco, filiando-se depois à ARENA e sendo escolhido governador do Estado em 1966.[8][9]
Resultado das eleições para governador
[editar | editar código-fonte]Em eleição realizada pelos quarenta e seis membros Assembleia Legislativa da Bahia, a chapa vencedora obteve mais de oitenta por cento dos votos. A bancada do MDB se absteve.[10]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Roberto Santos ARENA | Edvaldo Correia ARENA |
Resultado das eleições para senador
[editar | editar código-fonte]Segundo o Tribunal Superior Eleitoral foram apurados 1.261.791 votos nominais (79,46%), 209.535 votos em branco (13,19%) e 116.673 votos nulos (7,35%) resultando no comparecimento de 1.587.999 eleitores.[1]
Candidatos a senador da República | Primeiro suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Luís Viana Filho ARENA | Antônio Fernandes ARENA | ||||
CIemens Sampaio MDB | Vivaldo Ornellas MDB |
Deputados federais eleitos
[editar | editar código-fonte]São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[11][12]
Deputados estaduais eleitos
[editar | editar código-fonte]Das cinquenta vagas em disputa, o placar foi de quarenta e um para a ARENA e nove para o MDB, segundo dados da Assembleia Legislativa da Bahia e do Tribunal Superior Eleitoral.[13][1]
Notas
- ↑ A fusão entre a Guanabara e o Rio de Janeiro a partir de 15 de março de 1975 não impediu que cada estado elegesse suas próprias bancadas ao Congresso Nacional, mas por conta disso seu governador não foi eleito indiretamente e sim nomeado pelo Governo Federal.
- ↑ No Distrito Federal havia seções especiais para captar o voto de quem estava fora do seu estado de origem e nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima serviu apenas para a escolha de deputados federais.
- ↑ Originalmente a Lei n.º 6.091 não previa a eleição para deputados estaduais, algo que ocorreria anos depois.
- ↑ A escolha presidencial em favor de Roberto Santos foi a única derrota sofrida pelos "carlistas" nas eleições indiretas para o governo baiano durante o período militar. Até os primeiros anos do Século XXI a força de tal corrente política foi derrotada apenas duas vezes: por Waldir Pires em 1986 e Jaques Wagner em 2006, em ambos os casos por eleição direta.
- ↑ Na contagem acima não incluímos a reeleição de Jaques Wagner em 2010 e a eleição de Rui Costa em 2014 porque a essa altura já havia falecido Antônio Carlos Magalhães e a maioria de seus antigos seguidores se alinharam aos novos inquilinos de Palácio de Ondina.
- ↑ Renunciou em 1977 para assumir a prefeitura de Salvador por nomeação do governador Roberto Santos e assim foi efetivado Joir Brasileiro.
Referências
- ↑ a b c «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 29 de setembro de 2015
- ↑ «Subsecretaria de Informações do Senado Federal: Ato Institucional Número Três». Consultado em 25 de maio de 2018
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei n.º 6.091 de 15/08/1974». Consultado em 10 de junho de 2013
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Roberto Santos». Consultado em 29 de setembro de 2015
- ↑ Missão de Petrônio termina e prefere políticos (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 17/06/1974. Primeiro caderno, p. 07. Página visitada em 26 de maio de 2018.
- ↑ Um administrador disputando o voto (online). O Estado de S. Paulo, 02/10/1982. Página visitada em 10 de junho de 2013.
- ↑ «Assembleia Legislativa da Bahia: deputado Edvaldo Correia». Consultado em 30 de setembro de 2019
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Luís Viana Filho». Consultado em 29 de setembro de 2015
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Luís Viana Filho». Consultado em 25 de maio de 2018
- ↑ De Norte a Sul, espetáculo igual (online). O Estado de S. Paulo, São Paulo (SP), 04/10/1974. Geral, p. 05. Página visitada em 25 de maio de 2018.
- ↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 16 de setembro de 2015. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei nº 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 16 de setembro de 2015
- ↑ «Banco de dados da Assembleia Legislativa da Bahia». Consultado em 10 de junho de 2013