Eleição presidencial no Brasil em 1938 – Wikipédia, a enciclopédia livre

1934 Brasil 1945
Eleição presidencial no Brasil em 1938
03 de janeiro (eleição direta)
Candidato Armando de Sales José Américo de Almeida Plínio Salgado
Partido UDB nenhum AIB
Natural de São Paulo, São Paulo Areia, Paraíba São Bento do Sapucaí, São Paulo

Eleito
ninguém
Eleição não realizada

A eleição presidencial brasileira de 1938 seria a décima quarta eleição presidencial e a décima segunda direta se tivesse ocorrido. Estava prevista para o dia 3 de janeiro e não foi realizada devido ao autogolpe de Getúlio Vargas, que instaurou o Estado Novo. Até aquele momento, haviam se apresentado três candidatos oficialmente.

Contexto histórico

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Getúlio Vargas estava havia oito anos no poder. A eleição de 1930 havia sido invalidada, pois fora considerada uma fraude, e Vargas consequentemente conseguiu o poder pela Revolução de 1930.[1] Em 1934, a eleição havia sido indireta, pois era a primeira após promulgada a Constituição de 1934, e nela Getúlio havia sido eleito.

A política brasileira como um todo – o próprio Vargas, inclusive – caminhavam para a radicalização. Assim, surgiram grupos que expressavam essa radicalização do país.

  • Aliança Nacional Libertadora (ANL): frente de esquerda composta por setores de diversas organizações de caráter anti-imperialista, antifascista e anti-integralista (congregando comunistas, alguns tenentes, operários e intelectuais de esquerda). Seu presidente honorário era Luís Carlos Prestes. A ANL, inclusive, foi a responsável por uma tentativa de tomada do poder no país em 1935. Esse movimento ficou conhecido como Intentona Comunista e foi deflagrado em três cidades (Rio de Janeiro, Natal e Recife), mas foi um fracasso completo. Após a Intentona Comunista, Getúlio Vargas ampliou as medidas centralizadoras e autoritárias.

Vargas não queria deixar o poder e, assim, anulou a eleição de 1938 com o golpe do Estado Novo. O golpe do Estado Novo teve como pretexto a divulgação de um documento falso conhecido como Plano Cohen. Esse documento falava sobre uma suposta conspiração comunista que estava em curso no país. O plano foi elaborado pelo capitão do exército Olímpio Mourão Filho, na época chefe do estado-maior da milícia da Ação Integralista Brasileira e chefe de seu serviço secreto.[2] Embora tenha sido usado politicamente como sendo fruto de uma conspiração comunista, seu conteúdo refere-se mais especificamente a uma conspiração judaico-comunista, incluindo elementos típicos do antissemitismo da época e uma série de traços em comum com outros documentos forjados com intenções semelhantes, como Os Protocolos dos Sábios de Sião.

Vargas instituiu uma nova Constituição para oficializar a ditadura.[3] Esta Constituição foi de caráter outorgada, ou seja, foi imposta a força por Vargas e seus aliados, sem a participação popular, o que fazia seus críticos questionarem a sua legitimidade.

Foram apresentadas oficialmente três candidaturas:

Referências


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