Elvira Mendes, Rainha de Leão – Wikipédia, a enciclopédia livre
Elvira Mendes | |
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Rainha consorte | |
Reinado | consorte: 910–921 |
Consorte | Ordonho II de Leão |
Antecessor(a) | Muniadona Munhos |
Sucessor(a) | Aragonta Gonçalves |
Morte | 921 |
Sepultado em | Panteão dos Reis na capela de Nostra Senhora do Rei Casto na Catedral de Oviedo |
Pai | Hermenegildo Guterres |
Mãe | Ermesenda Gatones |
Filho(s) | Ver descendência |
Elvira Mendes (em castelhano: Elvira Menéndez, Galiza – Zamora, 921), foi rainha consorte de Leão e da Galiza através do seu casamento com o rei Ordonho II de Leão.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascida na Galiza, D. Elvira Mendes era filha de D. Hermenegildo Guterres, rico-homem galego, conde de Tui e do Porto, conhecido por lhe ser atribuída a reconquista de Coimbra aos mouros, e de sua esposa D. Ermesenda Gatónez, filha de D. Gatón de Bierzo, conde em Astorga e O Bierzo.[1][2]
Oriunda de influentes famílias da nobreza galega do século IX, em 892, D. Elvira Mendes casou com o infante Ordoño II, filho de Afonso III das Astúrias. Anos mais tarde, em 910, o seu marido foi coroado rei da Galiza e, após a morte do seu irmão Garcia I em 914, rei de Leão, tornando-se a donzela galega rainha consorte dos dois reinos.[3]
Faleceu em Zamora, entre 20 de fevereiro e 12 de outubro de 921, tendo sido sepultada no Panteão dos Reis, situado na Catedral de Oviedo.[4][5] De acordo com a crónica de Sampiro, o rei Ordonho soube da morte de sua esposa quando regressou vitorioso de umas campanhas contra os muçulmanos a Zamora: "foi tanta a dor que sentiu pela sua morte quanto o gáudio que havia tido pelo triunfo".[6]
Matrimónio e descendência
[editar | editar código-fonte]Elvira Mendes casou-se em 892 com o rei Ordonho II, de quem teve:[7]
- Sancho Ordonhes (m. 929), rei da Galiza;[8]
- Afonso IV (m. 933), rei de Leão;
- Ramiro II (m. 951), rei de Leão;
- Garcia (m. após 934);
- Jimena Ordonhes (m. após 935).
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Cavia, Rafael Mario Castellano Sáenz (1970). Familias de Traslasierra: jurisdición de Córdoba (em espanhol). [S.l.]: Dekagraph
- ↑ Pérez, Carlos Baliñas (1992). Do mito á realidade: a definición social e territorial de Galicia na Alta Idade Media (séculos VIII e IX) (em galego). [S.l.]: Fundación Universitaria de Cultura
- ↑ Culture and Society in Medieval Galicia: A Cultural Crossroads at the Edge of Europe (em inglês). [S.l.]: BRILL. 20 de agosto de 2015
- ↑ Hispania: revista española de historia (em espanhol). [S.l.]: El Instituto. 1948
- ↑ Felipe II y su época: actas del simposium, 1-5 IX 1998 (em espanhol). [S.l.]: R.C.U. Escorial Ma. Cristina, Servicio de Publicaciones. 1998
- ↑ El reino de León en la alta Edad media: Estudios. VII (em espanhol). [S.l.]: Centro de Estudios e Investigación "San Isidoro" (CSIC-CECEL). 1988
- ↑ Fernandes, A. de Almeida (2001). Portugal primitivo medievo. [S.l.]: Associação da Defesa do Património Arouquense
- ↑ Alvarez, Manuel Lucas (1995). El reino de León en la alta Edad media: La documentación real astur-leonesas (718-1072). VIII (em espanhol). [S.l.]: Centro de Estudios e Investigación "San Isidoro" (CSIC-CECEL)
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Mattoso, José (1970). «A nobreza portucalense dos séculos IX a XI» (PDF). Lisboa: Instituto de alta cultura. Centro de estudos históricos. Do tempo e da história (III): 35-50
- Sáez, Emilio (1947). «Los ascendientes de San Rosendo, notas para el estudio de la monarquía astur-leonesa durante los siglos IX y X». CSIC, Instituto Jerónimo Zurita. Hispania (em espanhol) (XXX). OCLC 2594708