Engenheiro químico – Wikipédia, a enciclopédia livre

Engenheiros químicos desenham, constroem e operam plantas químicas.

No campo da engenharia, um engenheiro químico é um profissional que, equipado com o conhecimento da engenharia química, trabalha na indústria química de forma a converter matéria-prima bruta em uma variedade de produtos, e que lida com o desenho e operação de plantas e equipamentos.[1] Em geral, o engenheiro químico é aquele que utiliza os princípios da engenharia química em qualquer uma de suas várias aplicações práticas, as quais incluem:

  1. Desenhar, manufaturar e operar plantas e máquinas em processos industriais químicos e correlatos ("engenheiros de processos químicos");
  2. Desenvolver substâncias novas ou adaptadas para produtos, que vão desde alimentos e bebidas até cosméticos, produtos de limpeza, ingredientes farmacêuticos entre outros ("engenheiros de produtos químicos");
  3. Desenvolver novas tecnologias, como células de combustível, hidrogênio como combustível e nanotecnologia, bem como em campos integral ou parcialmente derivados da engenharia química, como ciência dos materiais, engenharia de polímeros e engenharia biomédica.
Retrato de Johann Rudolf Glauber.

O presidente da Instituição de Engenheiros Químicos (IChemE) declarou em seu discurso presidencial: "Eu acredito que muitos de nós estamos dispostos a considerar Edward Charles Howard (1774–1816) como o primeiro engenheiro químico de eminência".[2] Em contrapartida, outros sugerem que o primeiro engenheiro químico teria sido Johann Rudolf Glauber (1604–1670), por ter desenvolvido os processos de manufatura para os principais ácidos industriais.[3]

O termo aparece publicado em 1839, porém num contexto que se refere a uma pessoa com conhecimento em engenharia mecânica que trabalha na indústria química.[4]

Em 1880, George E. Davis escreveu em uma carta para o Chemical News que "um engenheiro químico é uma pessoa que possui conhecimento em química e em mecânica e que o aplica para a realização de reações químicas na escala de manufatura." Ele propôs o nome de Sociedade de Engenheiros Químicos para o grupo que era então chamado de Sociedade da Indústria Química. Na primeira reunião geral desta sociedade, em 1882, aproximadamente quinze de seus trezentos membros descreviam-se como engenheiros químicos. No entanto, quando a sociedade formou o Grupo de Engenharia Química em 1918, aproximadamente quatrocentos membros passaram a denominar-se dessa maneira.[5]

Em 1905, uma publicação chamada O Engenheiro Químico foi fundada nos Estados Unidos, [6] e em 1908 o Instituto Americano de Engenheiros Químicos (AIChE) foi estabelecido.[7]

Empregabilidade e salários

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De acordo com uma pesquisa de salário de 2015 pelo AIChE, o salário mediano anual de um engenheiro químico era de aproximadamente 127 mil dólares.[8] No Reino Unido, a pesquisa de salário de 2016 pela IChemE reportou que o salário mediano era de aproximadamente 57 mil libras esterlinas e, para recém-graduados, de aproximadamente 28350 libras.[9]

Referências

  1. MobyDick Dictionary of Engineering", McGraw-Hill, 2nd Ed.
  2. Transactions of the IChemE (1951) Volume 29, p. 163
  3. Herman Skolnik em W. F. Furter (ed) (1982) A Century of Chemical Engineering ISBN 0-306-40895-3 p. 230
  4. Ure, Andrew (1839) A Dictionary of Arts Manufactures and Mines, Londres: Longman, Orme, Brown, Green & Longman, p. 1220
  5. Colin Duvall and Sean F, Johnston (2000) Scaling Up: The Institution of Chemical Engineers and the Rise of a New Profession Kluwer Academic Publishers
  6. The Cornell daily Sun Volume XXV, n.º 25, 26 de outubro de 1904
  7. John C. Olsen (Dezembro de 1932), Chemical Engineering As A Profession: Origin and Early Growth of the American Institute of Chemical Engineers Arquivado em 2012-08-13 no Wayback Machine
  8. Chemical Engineering Progress, junho de 2015
  9. Institution of Chemical Engineers Annual Review 2016
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