Eriinae – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Eria lasiopetala
Eria lasiopetala
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Orchidaceae
Subfamília: Epidendroideae
Tribo: Podochileae
Subtribo: Eriinae
Distribuição geográfica

Gêneros

24 gêneros - ver texto

Sinónimos

Podochilinae

Eriinae é uma subtribo de plantas da família das orquídeas (Orchidaceae) que pertence à tribo Podochileae, subfamília Epidendroideae no grupo das "Epidendroideas superiores".[1] São plantas verdes, geralmente com pseudobulbos e folhas articuladas; raízes com velame; flores cuja coluna em regra apresenta prolongamento podiforme, sem margens alargadas no ápice nem estipe e usualmente polínias ovoides presas a caudículo.

Algumas das espécies desta tribo, apesar de não serem particularmente vistosas, estão entre as preferidas dos colecionadores de orquídeas pois Eriinae inclui gêneros tão populares como Eria, Ceratostylis e Callostylis, Cryptochilus, Bryobium, e Pinalia, todos compostos por espécies de tamanho médio e fáceis de cultivar. Não há espécies nativas do Brasil[2] apesar de muitas serem comuns em cultivo.

Distribuição

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Eriinae está dividida em 24 gêneros[3] e XXX espécies.[4] Epífitas, rupícolas ou raramente terrestres, são nativas do Sudeste Asiático, Índia e Sri-Lanka, norte da Austrália e Nova Zelandia, com um único gênero, Stolzia, na África tropical.[4] Em regra habitam florestas tropicais perenes ou florestas subtropicais de altitude, são mais raras em florestas litorâneas úmidas ou áreas com forte alternância climática.}}

São plantas verdes epífitas, rupícolas or raramente terrestres, com variabilidade morfológica e floral bastante considerável. Apresentam raízes com velame e rizoma; geralmente tem pseudobulbos com folhas em seu ápice ou quando sem pseudobulbos, com folhas ao longo do caule, sempre articuladas, dísticas; inflorescências laterais com brácteas florais pubescentes ou glabras, algumas vezes vistosas; flores normalmente ressupinadas e discretas, com sépalas laterais fundidas perto do pé da coluna formando um mento, e pétalas livres menores que as sépalas, de coluna carnosa, com ou sem pé proeminente, normalmente sem asas, apresentando polínias ovoides ou clavadas, presas a claudículos, com estigma inteiro e um ou dois viscídios.[3]

Esta subtribo foi proposta por George Bentham em 1881 sendo Eria seu gênero tipo.[5]

Carl Ludwig von Blume foi o primeiro botânico a prestar atenção a estas plantas. Em 1825, estabeleceu inúmeros gêneros[6] tais como Callostylis, Ceratium, Trichotosia, Dendrolirium, Oxystophyllum e Mycaranthes, que entretanto foram ignorados durante quase 200 anos pelos estudiosos subsequentes.

Ao longo dos anos, Lindley, Reichenbach, Bentham e Hooker gradualmente reduziram estes gêneros a sinônimos preferindo ampliar o conceito de Eria para conter quase todas estas espécies. Assim permaneceu este gênero até que Brieger[7] em 1981 e Seidenfaden em 1982 publicaram suas revisões do gênero Eria. Seidenfaden dele separou Trichotosia e nomeou 41 subgêneros ou secções prevendo ainda sua divisão posterior em mais gêneros.[8]

Dressler[9][1] e Szlachetko assumiram atitudes diversas ao tratar desta subtribo e restabeleceram alguns dos antigos gêneros. Recentemente, estudos filogenéticos[3] restabeleceram mais gêneros propostos por Blume, enquanto a aceitação de outros encontra-se ainda em discussão.

As relações filogenéticas dentro da subfamília Epidendroideae são complicadas para a tribo Podochileae. Fixadas com parcimônia e modelo baseado em dados de análises individuais da sequência de DNA, não se obtiveram resultados conclusivos sobre seu exato posicionamento dentre os clados de Epidendroideae.[3] Sabe-se porém que não estão próximas de Dendrobiinae ou Vandeae como se pensava duas décadas atrás.[1]

A classificação dos gêneros apresentados segue a taxonomia publicada recentemente em Genera Orchidacearum.

Referências

  1. a b c Dressler, Robert L. (1993). Phylogeny and classification of the orchid family. Dioscorides Press, Portland, OR.
  2. Pabst, G.F.J.; Dungs, F. (1975). Orchidaceae brasiliensis, vol. 2. Hildeshein: Kurt Schmersow. ISBN 3 87105 0107
  3. a b c d Pridgeon, A.M., Cribb, P.J., Chase, M.A. & Rasmussen, F. eds. (2006). Genera Orchidacearum 4 - Epidendroideae (Part 1). Oxford Univ. Press. ISBN 978 0 19 850712 3.
  4. a b R. Govaerts, D. Holland Baptista, M.A. Campacci, P.Cribb (K.) (2008). World Checklist of Orchidaceae. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew. {{link|en|2=http://www.kew.org/wcsp%7C3=Published[ligação inativa] on the Internet |4=.
  5. Bentham, George (1881). The Journal of the Linnean Society, vol. 18, 287 (London).
  6. Blume, Carl Ludwig von (1825). Bijdragen tot de flora van Nederlandsch Indië 7: 340.
  7. Brieger, F.G. (1981). Dendrobiinae. Die Orchedeen pp. 636-752 (Berlin).
  8. Seidenfaden, G. (1982). Orchid Genera in Thailand 10: Opera Botanica 62.
  9. Dressler, Robert L. (1981). The Orchids: Natural History and Classification. Harvard University Press. ISBN 0-674-87525-7.

Ligações externas

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