Ermígio Mendes de Ribadouro – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ermígio Mendes de Ribadouro | |
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Rico-homem/ Senhor | |
Tenente régio | |
Reinado | |
Nascimento | Antes de 1142 |
Morte | Depois de 1209 |
Nome completo | Ermígio Mendes de Riba Douro |
Cônjuge | Sancha Pires de Bragança |
Descendência | Afonso Ermiges de Ribadouro Rodrigo Ermiges de Ribadouro Monio Ermiges IV de Ribadouro Fruilhe Ermiges de Ribadouro Urraca Ermiges de Ribadouro |
Dinastia | Ribadouro |
Pai | Mem Moniz de Ribadouro |
Mãe | Cristina Gonçalves das Astúrias |
Religião | Catolicismo romano |
Ermígio Mendes de Ribadouro (Antes de 1142 - Depois de 1209) foi um rico-homem português, da linhagem dos Riba Douro, uma das cinco grandes famílias do Entre-Douro-e-Minho.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido antes de 1142, foi o único filho de D. Mem Moniz de Ribadouro e Meana D. Cristina Gonçalves das Astúrias[1][a][2], e o único varão daquele rico-homem[3]. Desta forma seria sobrinho do célebre aio de Afonso Henriques, Egas Moniz, o Aio,e tetraneto do considerado fundador da família, Monio Viegas I de Ribadouro.
Papel fundiário
[editar | editar código-fonte]Sabe-se que repartiu com a sua meia-irmã, Mor Mendes, a herança paterna, e ficou desta forma com a honra de Santa Eulália, em Cinfães; a quintã de Santa Marinha de Pereira, em Felgueiras, e outros bens em Oldrões (Penafiel) e Paus (São Martinho de Mouros[1].
Na corte
[editar | editar código-fonte]Ermígio surge na corte provavelmente a partir de 1142, ano em que surge com o seu primeiro cargo tenencial, em Godim. Até 1209, ano em que volta a desaparecer da documentação curial, desempenhou ainda papéis governativos em outros locais, nomeadamente Seia Gouveia e Aregos[4], sendo na qualidade de governador desta última terra que deu carta de foral, em 1178, à vila de Paredes, e ter-se-á encarregado também da povoação da mesma vila[1].
A partir de 1209, Ermígio deixa de confirmar documentação curial, o que significa que terá abandonado a corte, e provavelmente faleceu pouco depois.
Matrimónio e descendência
[editar | editar código-fonte]Ermígio desposou, em data desconhecida, Sancha Pires de Bragança, filha do importante magnate Pedro Fernandes de Bragança, chefe da família dos Bragançãos, e senhor de Bragança. Desta união resultou a seguinte descendênciaː
- Afonso Ermiges de Ribadouro[3]
- Rodrigo Ermiges de Ribadouro[3]
- Monio Ermiges IV de Ribadouro[3]
- Fruilhe Ermiges de Ribadouro[3] (m. depois de 1227), deu foral a Vila Franca de Xira[4]
- Urraca Ermiges de Ribadouro[3] (m.29 de março de 1248), devota do Mosteiro de Santo Tirso[5]
Notas
[editar | editar código-fonte]- [a] Meana, ou o masculino Meono, derivado de Mia donna (Minha dona, minha senhora) , ou Mio donno (Meu dono ou dom, meu senhor) era uma expressão utilizada com alguma frequência sobretudo nos séculos XII e XIII, para designar senhores ou senhoras da mais alta estirpe, como parecia ser o caso dos Ribadouros, uma vez que Egas Moniz e sua esposa Teresa Afonso são tratados com este título em variados documentos. O mesmo se aplica à mãe de Egas, Meana Ouroana, ou ao irmão dele, Meono Mem Moniz e a respetiva esposa, Meana Cristina Gonçalves. Como se vê havia uma relativa profusão deste título no seio dos Riba Douro.
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Correia, Francisco Carvalho (2008). O Mosteiro de Santo Tirso, de 978 a 1588: A silhueta de uma entidade projectada no chao de uma história milenária. Santiago de Compostela: Tese de doutoramento. Facultade de Xeografía e História. Universidade de Santiago de Compostela. ISBN 978-8498-8703-81
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - 50 vols. , Vários, Editorial Enciclopédia, Lisboa. vol. 16-pg. 887.
- Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário de Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. IV-pág. 377 (Coelhos).
- Mattoso, José (1994). A Nobreza Medieval Portuguesa - A Família e o Poder. Lisboa: Editorial Estampa. ISBN 972-33-0993-9
- Sottomayor-Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Universidade do Porto
- Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra