Ernâni Sátiro – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para o bairro, veja Ernani Satyro (João Pessoa).
Ernani Aires Satyro e Sousa
Ernâni Sátiro
Ministro do Superior Tribunal Militar do Brasil
Período 9 de maio de 1969 até
15 de março de 1971
34° Governador da Paraíba
Período 15 de março de 1971 até
15 de março de 1975
Antecessor(a) João Agripino Filho
Sucessor(a) Ivan Bichara Sobreira
Deputado Federal pela Paraíba
Período 1946 até 9 de maio de 1969
1979 até 1986
18º Prefeito de João Pessoa
Período Julho de 1940 até
Julho de 1940
Deputado Estadual da Paraíba
Período 1934 até 1937
Dados pessoais
Nascimento 11 de setembro de 1911
Patos, Paraíba
Morte 8 de maio de 1986 (74 anos)
Brasília,  Distrito Federal
Progenitores Mãe: Capitulina Ayres Sátiro e Sousa
Pai: Miguel Sátiro e Sousa
Alma mater Universidade Federal de Pernambuco
Prêmio(s) Cadeira 32 da Academia Paraibana de Letras
Cônjuge Antonieta Agra Sátiro
Partido PRL, UDN, ARENA, PDS
Profissão Advogado, escritor e político

Ernani Aires Satyro e Sousa (Patos, 11 de setembro de 1911Brasília, 8 de maio de 1986) foi um fazendeiro, poeta, cronista, romancista, ensaísta e político brasileiro, governador da Paraíba, prefeito de João Pessoa, ainda exerceu oito mandatos de deputado federal pela Paraíba.

Pertenceu à Academia Paraibana de Letras, à Academia Brasiliense de Letras e à Academia Campinense de Letras.

Filho de Miguel Satyro e Sousa e Capitulina Ayres Satyro e Sousa. Formou-se em 1933 pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1934 elege-se deputado estadual pelo Partido Republicano Libertador (PRL) e exemplo do que fizera antes o pai. Durante a vigência do Estado Novo getulista, dedicou-se à advocacia, fase interrompida apenas em 1940 quando foi nomeado prefeito de João Pessoa, cargo que exerceu por apenas dezoito dias.

Prócer da UDN foi eleito deputado federal para a Assembleia Nacional Constituinte em 1945 sendo reeleito em 1950, 1954, 1958 e 1962. Partidário do Golpe Militar de 1964 é eleito presidente da UDN, o último antes da instituição do bipartidarismo pelo Ato Institucional Número Dois em 27 de outubro de 1965. Ernani Satyro ingressou na ARENA e foi reeleito em 1966. Líder do governo Costa e Silva na Câmara dos Deputados entre 1967 e 1968, renunciou ao mandato em 9 de maio de 1969 após ser escolhido ministro do Superior Tribunal Militar. Em 1970, é escolhido governador da Paraíba pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, fato que o levou a abdicar da toga ministerial, governando entre 15 de março de 1971 e 15 de março de 1975.

De volta à política, Ernani Satyro foi reeleito deputado federal em 1978 e 1982, quando já estava no PDS. Em seu último mandato, ausentou-se da votação da emenda Dante de Oliveira, em 1984, e votou em Paulo Maluf na eleição presidencial de 1985.

Ficou conhecido por tratar pessoas próximas pela expressão "amigo velho",[1] motivo ao qual o Estádio Governador Ernani Sátyro, em Campina Grande, passou a ser conhecido como O Amigão.[2] Este e o Estádio José Américo de Almeida Filho (Almeidão), obras idênticas, foram feitos em sua gestão e inaugurados, respectivamente, em 8 e 9 de março de 1975. Quanto a este último, em João Pessoa, inicialmente chamava-se Estádio Ministro Ernany Sátyro (Satirão), o que alterou-se ainda em 1975, por decreto do seu aliado e sucessor, Ivan Bichara.[3][4]

Faleceu por razão de derrame cerebral.

  • O Quadro-Negro (romance), 1954
  • Mariana (romance), 1957
  • O Canto do Retardatário (poesias), 1985[5]

Academia Paraibana de Letras

[editar | editar código-fonte]

É fundador da cadeira de número 32 da Academia Paraibana de Letras, que tem como patrono Carlos Dias Fernandes, sendo empossado em 3 de agosto de 1963, com saudação do acadêmico Ivan Bichara. Foi sucedido por Wills Leal.[6]

  • FERNANDES, Flávio Sátiro. Ernani Sátyro, Amigo Velho – Uma Biografia vol. I. ed. A União, 2018.

Referências

  1. Veja, 14/05/1986.
  2. Ferreira, Franco (12 de março de 2022). «História dos estádios Almeidão e Amigão». SóEsporte. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  3. Caldas, Phelipe; Batista, Silas; Wanderley, Hévilla. «40 anos de Amigão e Almeidão: veja curiosidades que cercaram as obras». globoesporte.com. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  4. SANTOS, João Manuel Casquinha Malaia; FORTES, Rafael. ‘Brasil-grande, estádios gigantescos’: toponímia dos estádios públicos da ditadura civil-militar brasileira e os discursos de reconciliação, 1964-1985. Tempo. Niterói, v. 27, n. 1, p. 166-183, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tem/a/dxyZ4FpZVhkw6KB6sb7K4Tn/.
  5. Flávio Sátiro Fernandes. O artífice da anistia
  6. FLORES, Rosali Cristofoli (2010). Acervo Do Memorial Dos Acadêmicos Da Academia Paraibana de Letras: Conhecimento Para Preservação (PDF). João Pessoa: UFPB 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Fernando Carneiro da Cunha Nóbrega
Prefeito de João Pessoa
1940
Sucedido por
Francisco Cícero de Melo Filho
Precedido por
Carlos Dias Fernandes
(patrono)
Fundador da Cadeira 32
da Academia Paraibana de Letras

1963 — 1986
Sucedido por
Wills Leal
Precedido por
João Agripino
Governador da Paraíba
1971 — 1975
Sucedido por
Ivan Bichara
Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) político(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.