Ernesto Araújo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ernesto Araújo | |
---|---|
Ministro das Relações Exteriores do Brasil | |
Período | 1 de janeiro de 2019 a 29 de março de 2021 |
Presidente | Jair Bolsonaro |
Antecessor(a) | Aloysio Nunes |
Sucessor(a) | Carlos França |
Dados pessoais | |
Nascimento | 15 de maio de 1967 (57 anos) Porto Alegre, RS[1] |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Pai: Henrique Fonseca de Araújo |
Alma mater | Universidade de Brasília Instituto Rio Branco |
Religião | católico |
Profissão | diplomata, escritor |
Ernesto Henrique Fraga Araújo (Porto Alegre, 15 de maio de 1967) é um diplomata e escritor brasileiro. Foi ministro das Relações Exteriores do Brasil entre janeiro de 2019 e março de 2021.[2]
Graduou-se em Letras pela Universidade de Brasília (UnB) em 1988 e ingressou na carreira diplomática em 1991.[3]
Suas visões políticas são descritas como de extrema-direita[4][5][6] e inspiradas por teorias conspiratórias.[7][8][9]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido em Porto Alegre, Ernesto Henrique Fraga Araújo é filho de Henrique Fonseca de Araújo, ex-Procurador-Geral da República e ex-deputado estadual do Rio Grande do Sul, e Marylin Mendes Fraga Araújo. Seu tio, Ernesto de Araújo, foi Almirante da Marinha do Brasil e diretor da Escola Superior de Guerra. Henrique Fonseca de Araújo é conhecido por ter sido contrário à extradição do criminoso de guerra nazista Gustav Franz Wagner, não atendendo às requisições da Polônia, Áustria, Israel e Alemanha Ocidental. Ernesto Araújo é casado com a também diplomata Maria Eduarda de Seixas Corrêa, com quem tem uma filha, e é genro de Luiz Felipe de Seixas Corrêa, embaixador e ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).[10]
Carreira diplomática
[editar | editar código-fonte]Graduou-se em Letras pela Universidade de Brasília em 1988. Aprovado no concurso de admissão do Instituto Rio Branco em 1990, ingressou na carreira diplomática em 1991.[3] Após concluir o curso de preparação à carreira diplomática no Instituto Rio Branco, tornou-se assessor na divisão do Mercosul, onde foi responsável pela negociação da Tarifa Externa Comum e regimes comerciais.[carece de fontes]
A partir de 1995 passou a integrar, como secretário, a Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas e, em 1999, transferiu-se para Berlim, trabalhando como responsável pelo setor econômico da Embaixada do Brasil na Alemanha.[11]
Como chefe de Divisão comandou as áreas de Serviços, Investimentos e Assuntos Financeiros (2003-2005) e de Negociações Extra-Regionais do Mercosul (2005-2007) no Ministério das Relações Exteriores.[12] Como Ministro-Conselheiro, atuou em Ottawa (2007-2010) e Washington (2010-2015), exercendo a Vice-Chefia de Missão nas Embaixadas do Brasil no Canadá e nos Estados Unidos, respectivamente.[carece de fontes]
De volta a Brasília, atuou como subchefe de gabinete do Itamaraty até assumir, em outubro de 2016, a direção do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos.[13] Em junho de 2018, foi promovido a Ministro de Primeira Classe - posto que, no Brasil, por cortesia, é usualmente chamado "embaixador", mesmo que o diplomata em questão jamais tenha chefiado uma embaixada, como é o caso de Araújo.[3]
Indicação para compor o ministério de Jair Bolsonaro
[editar | editar código-fonte]Entusiasta da política externa de Donald Trump,[14] Ernesto Araújo publicou, em dezembro de 2017, um artigo intitulado "Trump e o Ocidente",[15] no qual analisa dois discursos de Donald Trump: o primeiro, proferido em Varsóvia, no dia 6 de julho de 2017, e o segundo, apresentado na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 19 de setembro do mesmo ano. De ambos, Araújo extraiu o que entendeu ser a essência da política externa de Trump e da sua visão do Ocidente. No artigo do diplomata, destaca-se, como referência, a teoria do choque de civilizações, proposta nos anos 1990 por Samuel Huntington. Segundo Huntington, os conflitos futuros da humanidade estariam ligados à cultura - ou, mais especificamente, à religião.[16]
Embora alinhado com o conjunto de características da extrema-direita brasileira que depois tomaria forma sob Bolsonaro, o artigo de Araújo traz elementos estranhos ao bolsonarismo, como um ataque ao Islã[17]. De acordo com o pesquisador da UFF Sergio Schargel[18], Araújo destila, em seu artigo, uma espécie de "pré-bolsonarismo", ajudando a legitimar intelectualmente o movimento que se intensificaria no ano seguinte.
O artigo de Araújo despertou a atenção do ensaísta conservador Olavo de Carvalho, apontado como "um dos gurus do bolsonarismo". Carvalho elogiou e recomendou a leitura do texto aos seus milhares de seguidores nas redes sociais. A recomendação chegou até Filipe Martins, secretário de assuntos internacionais do PSL, e a Eduardo Bolsonaro. Usando o Twitter, Martins passou a defender a escolha de Araújo para futuro chanceler.[10]
Araújo foi efetivamente anunciado como ministro das Relações Exteriores no dia 14 de novembro de 2018, pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro.[19] Em nota oficial, o ministro das relações exteriores do Governo Michel Temer, Aloysio Nunes, elogiou a escolha de Araújo para futuro titular da pasta.[19]
Acusado de dificultar a aquisição de vacinas contra a COVID-19 e de antagonizar excessivamente a China, Ernesto Araújo pediu demissão do cargo de ministro das Relações Exteriores em 29 de março de 2021 após sucessivos desgastes com o Congresso Nacional.[20]
Crenças e opiniões
[editar | editar código-fonte]Negacionismo do aquecimento global e das mudanças climáticas
[editar | editar código-fonte]Segundo Araújo, "a esquerda sequestrou a causa ambiental e a perverteu", criando uma "ideologia da mudança climática". Tal ideologia, por ele chamada de "climatismo", seria produzida pelo ajuntamento de dados que possam sugerir uma correlação entre aquecimento global e aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera. Ele alega que tal correlação é pseudocientífica, um dogma criado "para justificar o aumento do poder regulador dos Estados sobre a economia e o poder das instituições internacionais sobre os Estados nacionais". Para ele, isso teria como objetivo final, sufocar o crescimento dos países capitalistas e transferir poder econômico do Ocidente para a China.[9][21][22][23][24]
Globalismo
[editar | editar código-fonte]Em seu blog, Araújo declara sua intenção de ajudar o mundo a se libertar do globalismo - que, segundo ele, é uma ideologia anticristã, dominada por uma teoria da conspiração conhecida como marxismo cultural:[9][25]
Quero ajudar o Brasil e o mundo a se libertarem da ideologia globalista. Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural. Essencialmente é um sistema anti-humano e anticristão. A fé em Cristo significa, hoje, lutar contra o globalismo, cujo objetivo último é romper a conexão entre Deus e o homem, tornando o homem escravo e Deus irrelevante.[26]
Donald Trump
[editar | editar código-fonte]Araújo conclui seu artigo intitulado Trump e o Ocidente afirmando que só uma divindade poderia salvar o Ocidente. E, possivelmente, esse ente divino, salvador da civilização ocidental, seria Donald Trump:
somente um Deus poderia ainda salvar o Ocidente, um Deus operando pela nação – inclusive, e talvez principalmente, a nação americana.
Heidegger jamais acreditou na América como portadora do facho do Ocidente [...]. Talvez Heidegger mudasse de opinião após ouvir o discurso de Trump em Varsóvia, e observasse: 'Nur noch Trump kann das Abendland retten', somente Trump pode ainda salvar o Ocidente.[11][15]:356[27]
Aborto
[editar | editar código-fonte]Araújo vê o aborto como uma bandeira da esquerda que visa o antinatalismo - posição filosófica que atribui valor negativo ao nascimento.[21]
Em 14 de outubro de 2017, Araújo escreveu em seu blog:
Eles [a esquerda] querem uma sociedade onde ninguém nasça, nenhum bebê, muito menos o menino Jesus.
Pergunto inclusive se o sadismo abortista da esquerda não provém de uma pretensão niilista de, em cada bebê, estar matando o Cristo antes de nascer.[28]
COVID-19 e campos de concentração nazistas
[editar | editar código-fonte]Durante a Pandemia de COVID-19, Araújo, baseando-se em um livro lançado pelo filósofo Slavoj Žižek afirmou em seu blog pessoal que existe um plano comunista que tenta tirar proveito da economia. 'O globalismo substitui o socialismo como estágio preparatório ao comunismo', afirmou Araújo.[29] Žižek respondeu Araújo, afirmando que ele não havia entendido a questão, pois não se trata de um "plano" e sim da descrição do que estaria ocorrendo durante a pandemia, já que os governos “estão sendo compelidos a agirem como comunistas, dando preferência ao bem comum em vez de mecanismos de mercado”.[30]
No mesmo texto Araújo comparou o isolamento social aos campos de concentração nazistas. Foi repudiado por diversas associações judaicas, como a Associação Israelita do Brasil e o Comitê Judeu Americano, que classificaram a comparação como inapropriada e ofensiva.[31][32][33][34]
"Nazismo de esquerda"
[editar | editar código-fonte]Em março de 2019 Araújo afirmou em uma entrevista ao site Brasil Paralelo que o nazismo e o fascismo são resultados de “fenômenos de esquerda”. Segundo ele, regimes totalitários distorceram o sentimento de nacionalismo, o que, para ele, seria uma tática comparável à da esquerda. "Eles, de certa forma, sequestraram esse sentimento (do nacionalismo). É muito a tendência da esquerda: pega uma coisa boa, sequestra, perverte e transforma em coisa ruim. Isso tem a ver com o que eu digo que fascismo e nazismo são fenômenos de esquerda. É a mesma lógica”, afirmou o chanceler.[35]
As declarações geraram inúmeras reações e foram repudiadas por historiadores e especialistas como Stefanie Schüler-Springorum, diretora do Centro para Pesquisa sobre Antissemitismo da Universidade Técnica de Berlim: "Quando um ministro do Exterior faz esse tipo de afirmação, considero altamente problemático diplomaticamente e um absurdo cientificamente".[35]
A principal emissora de TV pública da Alemanha, a Deutsche Welle também criticou as declarações de Araújo. A emissora afirmou que as falas de Araújo são contrárias ao consenso acadêmico sobre o tema e ressaltou que a discussão é inexistente entre os historiadores sérios do país. “Há décadas não restam mais dúvidas, nos âmbitos acadêmico, social e político, sobre a natureza de extrema-direita do nazismo”. A emissora relembrou uma entrevista com o embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, que afirmou que tal discussão “não tinha base honesta”.[35]
O professor alemão Oliver Stuenkel, que trabalha na área de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), disse que a afirmação de Araújo faria parte do “submundo das conspirações”. Para Stuenkel as falas de Araújo trouxeram constrangimentos, mas que havia um entendimento de que elas não representariam a totalidade do governo.[36]
Ruth Ben-Ghiat, historiadora especializada em fascismo e autoritarismo da New York University ouvida pelo Jornal Nacional, criticou duramente o ministro: "Tem que reler os livros de história". Ela também disse que "faz parte de determinadas estratégias de correntes políticas adotar uma versão que seja mais adequada aos seus interesses e que dizer que esses movimentos são de esquerda é simplesmente um absurdo". Procurada pela equipe de reportagem, a assessoria de Araújo não quis responder às críticas.[37]
Críticas
[editar | editar código-fonte]Araújo foi criticado pelo escritor brasilianófilo Benjamin Moser numa carta aberta publicada pelo jornal Folha de S.Paulo em janeiro de 2019. Moser afirmou que uma publicação de Araújo no site Bloomberg "expôs o Brasil ao ridículo" por falta de conhecimentos do idioma inglês e recomendou ao ministro que se comportasse "com a dignidade" que a posição de Embaixador do Brasil exige. Moser criticou as posições de Araújo sobre Ludwig Wittgenstein, que soam "bizarras, pretensiosas e deselegantes" naquele idioma e também o uso de expressões conspiracionistas como “globalistas”, “marxistas”, “anticosmopolitas” e “valores cristãos”. Segundo Moser essas expressões têm conotação antissemita no inglês e explicam o porquê das declarações de Araújo sobre aquecimento global terem sido ridicularizadas pela imprensa internacional.[38]
No dia 21 de janeiro de 2021, o presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, o deputado Fausto Pinato (PP-SP), defendeu que Ernesto Araújo seja demitido devido aos atritos que causou com as relações entre os dois países. Fausto Pinto também criticou o presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o governador João Dória, devido ao modo como os políticos se posicionam frente a pandemia.[39]
Demissão
[editar | editar código-fonte]Após atacar a senadora Kátia Abreu,[40] o Senado declarou guerra ao chanceler.[41] A senadora Kátia Abreu o chamou de marginal:
O Brasil não pode mais continuar tendo, perante o mundo, a face de um marginal. Alguém que insiste em viver à margem da boa diplomacia, à margem da verdade dos fatos, à margem do equilíbrio e à margem do respeito às instituições. Alguém que agride gratuitamente e desnecessariamente a Comissão de Relações Exteriores e o Senado Federal.[42]
No grupo de WhatsApp dos senadores, o chanceler foi chamado de psicopata, vagabundo e mentiroso[43] Não tendo mais forças morais de aguentar as críticas, o diplomata pediu para sair.[44][45][46][47]
No dia 30 de março de 2021 foi publicada a exoneração de Araújo, bem como a nomeação de seu sucessor, Carlos Alberto Franco França.[48]
Publicações
[editar | editar código-fonte]Araújo é autor de três livros de ficção,[49][50] além de um livro de poemas, sendo também coautor de um ensaio sobre o Mercosul.
Livros
[editar | editar código-fonte]- Ocidente, poemas (1985)
- Mercosul hoje (1996), em coautoria com o embaixador Sérgio Augusto de Abreu e Lima Florêncio Sobrinho.[51]
- 1998: A Porta de Mogar , ficção. ISBN 9788529501741
- 1999: Xarab Fica, ficção. ISBN 9788529500096
- 2001: Quatro 3, ficção. ISBN 8529500164
Artigo
[editar | editar código-fonte]- 2017: Trump e o Ocidente, in Cadernos de Política Exterior. Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, v. 3, nº 6, dezembro de 2017. Brasília : FUNAG, 2015.[15]
Tese
[editar | editar código-fonte]- 2007: O Mercosul: negociações extra-regionais (originalmente apresentado como tese do autor no LII Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, 2007). Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2007.[52]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Alex Rodrigues (14 de novembro de 2018). «Embaixador Ernesto Araújo é escolhido para Relações Exteriores». http://agenciabrasil.ebc.com.br. Consultado em 15 de novembro de 2018
- ↑ «Ernesto Araújo pede demissão do Ministério das Relações Exteriores». G1. Consultado em 29 de março de 2021
- ↑ a b c Ernesto Araújo: Como um artigo definiu o novo chanceler. Huff Post Brasil, 15 de novembro de 2018.
- ↑ Brennan, David (16 de novembro de 2018). «Climate change is a 'globalist' plot to help China, claims pro-Trump brazilian foreign minister». Newsweek. Consultado em 13 de fevereiro de 2019.
Araujo, 51, is known for controversial right-wing ideology and belief in conspiracy theories, and his new appointment seems to have done little to soften his stance. (...) Disparaging references to globalism or globalists forms a key pillar of far-right ideology across the world, as demonstrated in the U.S. by President Donald Trump and many in the "alt-right" community.
- ↑ «O discurso de Bolsonaro no figurino de Davos». O Globo. 23 de janeiro de 2019. Consultado em 13 de fevereiro de 2019.
O presidente não demonstrou qualquer restrição à globalização, que seguidores de teses hipernacionistas, como Araújo, acusam de ser responsável pelo “globalismo”, posição política abjurada pela extrema direita nacionalista.
- ↑ «Bolsonaro em Davos em 4 pontos: reformas, meio ambiente, ideologia e direitos humanos». El País. 22 de janeiro de 2019. Consultado em 13 de fevereiro de 2019.
Araújo, um antiglobalista e admirador de Donald Trump, tem preferido elogiar países que vivem guinada de extrema direita, como a Hungria e a Polônia, numa retórica que preocupa aliados
- ↑ «Política externa sob Bolsonaro e Ernesto Araújo inaugura a diplomacia populista». Folha de S. Paulo. 22 de abril de 2020. Consultado em 23 de abril de 2020
- ↑ «Ernesto Araújo and the globalist conspiracy» (em inglês). Climate Tracker. 12 de agosto de 2019. Consultado em 23 de abril de 2020
- ↑ a b c Watts, Jonathan (15 de novembro de 2018). «Brazil's new foreign minister believes climate change is a Marxist plot» (em inglês). the Guardian. Consultado em 23 de abril de 2020
- ↑ a b Patrícia Campos Mello. «Novo chanceler, Ernesto Araújo foi indicado por Olavo de Carvalho». Folha de S. Paulo
- ↑ a b «Embaixador Ernesto Araújo será chanceler de Bolsonaro». VEJA
- ↑ «Futuro ministro das Relações Exteriores mantém blog com críticas ao PT». Valor Econômico
- ↑ «Embaixador Ernesto Araújo é escolhido para Relações Exteriores». Money Times
- ↑ «Admirador de Trump vai chefiar Relações Exteriores». Estadão
- ↑ a b c Trump e o Ocidente, in Cadernos de Política Exterior. Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, v. 3, nº 6, dezembro de 2017. Brasília : FUNAG, 2015, p. 323-358
- ↑ Ernesto Araújo, um ocidentalista, futuro ministro das Relações Exteriores. Por João Borges. G1, 15 de novembro de 2018.
- ↑ «Como o artigo 'Trump e o Ocidente' contribuiu para o bolsonarismo». Nexo Jornal. Consultado em 5 de agosto de 2024
- ↑ Schargel, Sergio (30 de junho de 2023). «Bolsonarismo em gestação: análise de conteúdo sobre Trump e o Ocidente, de Ernesto Araújo». Tempos Históricos (1): 165–196. ISSN 1983-1463. doi:10.36449/rth.v27i1.29815. Consultado em 31 de dezembro de 2023
- ↑ a b «Bolsonaro anuncia Ernesto Araújo como ministro das Relações Exteriores». G1
- ↑ Uribe, Gustavo (29 de março de 2021). «Pressão do Congresso derruba Ernesto Araújo, o chanceler de Bolsonaro». Folha de S. Paulo. Consultado em 29 de março de 2021
- ↑ a b «As opiniões polêmicas do novo chanceler sobre raça, fake news e 8 temas». Exame. Consultado em 16 de novembro de 2018
- ↑ «Sequestrar e perverter». Ernesto Araújo. Consultado em 16 de novembro de 2018
- ↑ «Bolsonaro appoints climate change denier and conspiracy theorist as foreign minister». Morning Star (em inglês). 15 de novembro de 2018
- ↑ «Climate change is a "globalist" plot to help China, claims pro-Trump Brazilian foreign minister». Newsweek (em inglês). 16 de novembro de 2018
- ↑ «Pro-Trump diplomat to become Brazil's foreign minister». Fox News (em inglês). 14 de novembro de 2018
- ↑ Ernesto Araújo. «About me». Metapolítica 17 (blog). Consultado em 19 de novembro de 2018
- ↑ Loureiro, Marcelo. «Para o próximo chefe do Itamaraty, doutrina de Trump pode salvar o Ocidente | Míriam Leitão - O Globo». Míriam Leitão - O Globo. Consultado em 16 de novembro de 2018
- ↑ Ernesto Araújo. «Nascer». Metapolítica 17 (blog). Consultado em 17 de novembro de 2018
- ↑ «Covid-19: Ernesto Araújo denuncia 'comunavírus' e ataca OMS». O Globo
- ↑ «'O chanceler brasileiro não entendeu a questão', responde Zizek após Araújo falar em 'comunavírus'». O Globo
- ↑ «Conib condena comentário de chanceler comparando isolamento social com campos de concentração nazistas». Conselho Israelita do Brasil. 29 de abril de 2020. Cópia arquivada em 29 de abril de 2020
- ↑ «Associações judaicas cobram desculpas de chanceler brasileiro - Internacional». O Estado de S.Paulo. 29 de abril de 2020. Cópia arquivada em 29 de abril de 2020
- ↑ Gilban, Marcus M. (28 de abril de 2020). «Brazilian foreign minister compares social distancing to concentration camps» (em inglês). The Times of Israel. Cópia arquivada em 29 de abril de 2020.
“Those who insist on making this kind of analogy use a disgusting barbarian argument, disrespecting the memory of more than six million Jews and their families,” Persio Bider, president of the Organized Jewish Youth, told The Times of Israel.
- ↑ Azevedo, Reinaldo (29 de abril de 2020). «Judeus dos EUA cobram que ministro brasileiro se desculpe por grave ofensa». UOL. Cópia arquivada em 3 de maio de 2020.
O Comitê Judaico Americano reagiu à delinquência escrita por Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores do Brasil, que comparou em seu blog o distanciamento social aos campos de concentração nazistas. Em sua conta no Twitter, escreveu o Comitê: "A analogia usada por Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores do Brasil, comparando medidas de distanciamento social com campos de concentração nazistas é profundamente ofensiva e completamente inapropriada. Ele tem de pedir desculpas imediatamente".
- ↑ a b c Neher, Clarissa (28 de março de 2019). «"Nazismo de esquerda": o absurdo virou discurso oficial em Brasília». Deutsche Welle.
Como chanceler, Ernesto Araújo repete tese, propagada nas mídias sociais, considerada desonesta e sem sentido por acadêmicos e diplomatas. Historiadores europeus se impressionam: "Uma asneira e um disparate".
- ↑ «Ernesto Araújo afirma que nazismo 'é de esquerda'». O Estado de S. Paulo. 28 de março de 2019. Consultado em 29 de março de 2019
- ↑ «Ministro Ernesto Araújo diz que fascismo e nazismo eram de esquerda e gera polêmica». Jornal Nacional. 29 de março de 2019. Consultado em 29 de março de 2019
- ↑ «Imagem externa do Brasil mudou para pior no novo governo, diz Benjamin Moser». Folha de S.Paulo. 11 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 12 de janeiro de 2019.
O racismo, a homofobia e a saudade da ditadura da nova administração têm sido fartamente comentados na imprensa mundial. Em inglês, o tom dessa cobertura tem sido extremamente negativo. Um chanceler deve poder responder num inglês sereno e compreensível e explicar as razões que levam o novo governo a adotar tal e tal medida.
- ↑ Edson Sardinha (20 de janeiro de 2021). «Presidente da Frente Parlamentar Brasil-China pede demissão de Ernesto Araújo». Congresso em Foco. UOL. Consultado em 21 de janeiro de 2021. Cópia arquivada em 21 de janeiro de 2021
- ↑ «Sob pressão, Araújo ataca senadora Kátia Abreu para se vitimizar e buscar saída honrosa». G1. Consultado em 29 de março de 2021
- ↑ «Após ataques, Senado declara guerra a Ernesto». G1. Consultado em 29 de março de 2021
- ↑ «Kátia Abreu rebate Ernesto Araújo: 'Brasil não pode mais ter a face de um marginal'». G1 Texto "https://oglobo.globo.com/brasil/katia-abreu-rebate-ernesto-araujo-brasil-nao-pode-mais-ter-face-de-um-marginal-1-24945460" ignorado (ajuda);
- ↑ «Ernesto Araújo é alvo em grupo de senadores: "psicopata, vagabundo e mentiroso"». G1 Texto "https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2021-03-29/ernesto-araujo-e-alvo-em-grupo-de-senadores---psicopata--vagabundo-e-mentiroso-.html" ignorado (ajuda);
- ↑ «Pressão do Congresso derruba Ernesto Araújo, o chanceler de Bolsonaro». Folha de S.Paulo Texto "https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/03/ernesto-araujo-deixa-comando-do-itamaraty-apos-pressao-do-congresso.shtml " ignorado (ajuda);
- ↑ «Ernesto Araújo pede demissão do cargo de chanceler». Estado de São Paulo Texto "https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ernesto-araujo-pede-demissao-do-cargo-de-chanceler,70003664052 " ignorado (ajuda);
- ↑ «Ministro Ernesto Araújo decide pedir demissão do cargo». O Globo Texto "https://oglobo.globo.com/brasil/ministro-ernesto-araujo-decide-pedir-demissao-do-cargo-24946175 " ignorado (ajuda);
- ↑ «Ernesto Araújo cai». O Antagonista Texto "https://www.oantagonista.com/brasil/ernesto-araujo-cai/ " ignorado (ajuda);
- ↑ «Diário Oficial da União de 30/03/2021, seção 2, p. 1». Imprensa Oficial. 30 de março de 2021. Consultado em 30 de março de 2021
- ↑ Ernesto Araújo, no site da Editora Alfa Omega.
- ↑ «Bolsonaro foge de nomes 'óbvios' e escolhe diplomata pró-Trump: Ernesto Araújo». UOL
- ↑ Florêncio, Sérgio Abreu e Lima; Ernesto Henrique Fraga Araújo. Mercosul hoje, no site da editora Alfa Omega.
- ↑ «Como o chanceler de Bolsonaro defendia o governo Lula em 2008». Nexo Jornal
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]
Precedido por Aloysio Nunes | Ministro das Relações Exteriores do Brasil 2019 - 2021 | Sucedido por Carlos Alberto Franco França |