Estádio de General Severiano – Wikipédia, a enciclopédia livre

Estádio de General Severiano
Nomes
Nome Estádio de General Severiano
Apelido O Mais Bonito do Brasil
Características
Local Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Gramado Grama natural
Capacidade 20.000 espectadores
Construção
Data 1912
Inauguração
Data 1913
Partida inaugural Botafogo 1 x 0 Flamengo
Primeiro gol Mimi Sodré
Partida final Botafogo 2 x 2 Madureira
Recordes
Público recorde 20.000 pessoas (estimado)
Data recorde Final do Campeonato Carioca de 1948
Partida com mais público Botafogo 3 x 1 Vasco da Gama
Outras informações
Remodelado 1937 a 1938
Fechado 1977
Demolido Final dos anos 1970
Proprietário Botafogo de Futebol e Regatas

O Estádio de General Severiano foi um estádio de futebol situado no bairro de Botafogo.[1][2] O estádio pertencia ao Botafogo de Futebol e Regatas e era muito utilizado antes da construção do Maracanã. O maior artilheiro do estádio é Carvalho Leite, com 101 gols em 90 jogos.

O campo foi construído em 1912 e inaugurado em 13 de maio de 1913 em partida válida pelo Campeonato Carioca de Futebol, contra o Flamengo. Mais de três mil pessoas acompanharam a vitória botafoguense por 1 a 0, gol de Mimi Sodré. | Inauguração do Estádio, Botafogo 1 x 0 Flamengo.

Em 1937, quando começou a "Campanha do Cimento", que consistia num livro de ouro para doações de torcedores, a reconstrução foi concluída em 1938 e o antigo campo, ainda com estruturas de madeira foi reinaugurado como estádio, estrutura de cimento, em 28 de agosto do mesmo ano. Na cerimônia realizada antes do primeiro jogo, um mapa do Brasil foi desenhado no centro do gramado com terra originada de cada estado do país. O jogo foi contra o Fluminense e Botafogo venceu por 3 a 2.

Décadas de 30 e 40

[editar | editar código-fonte]

Neste estádio o Botafogo decidiu o Campeonato Carioca de 1934, contra o Andarahy, vencendo o jogo por 2 a 1. O Botafogo também decidiu o Campeonato Carioca de 1948, contra o Vasco da Gama, vencendo o jogo por 3 a 1, com o estádio lotado por aproximadamente 20.000 pessoas.


O estádio foi demolido quando o clube perdeu a posse do terreno na década de 1970. A última partida neste estádio deu-se em 30 de novembro de 1974, empate em 2 a 2 com o Madureira. Em 1975, recebeu a primeira edição do Hollywood Rock, que gerou o documentário Ritmo Alucinante. Em 1977, a sede foi vendida para a Companhia Vale do Rio Doce; o clube na época era presidido por Charles Macedo Borer. Com a venda da sede, o futebol do Botafogo foi para Marechal Hermes, e como o antigo estádio foi demolido, lá foi construído um novo.

A volta sem o estádio

[editar | editar código-fonte]
Em 2003, foi construído o Centro de Treinamentos João Saldanha, para o elenco profissional, no antigo local do estádio.

No início da década de 1990, o clube readquiriu o terreno, através de permuta pela área do seu ginásio coberto no Mourisco, na Praia de Botafogo. Com o terreno, retomou posse do casarão que foi sua antiga sede e se encontrava em estado de ruína - um processo de tombamento como patrimônio histórico da cidade impedira a Vale de colocá-la abaixo para construir um edifício-sede da companhia.

O Botafogo, em parceria com uma empreiteira, recuperou inteiramente o palacete e ergueu no terreno do antigo estádio um shopping center, o atual Casa e Gourmet Rio (antigo Rio Plaza e Rio Off-Price), em cuja cobertura estão hoje o seu campo de treinos (que leva o nome do antigo craque Nílton Santos), o moderno Centro de Treinamento João Saldanha (homenagem ao falecido jornalista e treinador que levou o clube ao título de campeão carioca em 1957), a concentração da equipe profissional com uma dúzia de apartamentos, além de um ginásio de basquete e vôlei, três piscinas para sócios, quadras polivalentes, restaurante e outros equipamentos. A reinauguração do novo complexo sócio esportivo, em 22 de janeiro de 1992, marcou um forte revigoramento do Botafogo no cenário futebolístico nacional e internacional.

Partidas de inauguração e reinauguração

[editar | editar código-fonte]
Inauguração
13 de maio de 1913
Botafogo 1 – 0 Flamengo General Severiano, Rio de Janeiro
Público: 3000
Árbitro: Mário Pernambuco
Auxiliares:

Mimi Sodré Gol marcado
  • Botafogo: Álvaro Werneck, Edgard Dutra e Edgard Pullen; Pino, Rolando de Lamare e Juca Couto; Villaça, Abelardo de Lamare, Facchine, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
  • Flamengo: Casusa, Píndaro e Nery; Gallo, Amarante "Zalacain" e Lawrence; Orlando ‘Bahiano’, Alberto Borgerth, Figueira "Joca", Dell Nero e Raul de Carvalho.

Reinauguração
28 de agosto de 1938
Botafogo 3 – 2 Fluminense General Severiano, Rio de Janeiro
Público:
Árbitro: José Ferreira Lemos
Auxiliares:

Patesko Gol marcado Gol marcado
Perácio Gol marcado
Bioró Gol marcado
Sandro Gol marcado
  • Botafogo: Aymoré Moreira, Bibi e Nariz; Zezé Moreira, Martim (Del Popolo) e Canalli; Théo, Pascoal (Nélson Juliani), Carvalho Leite, Perácio e Patesko.
  • Fluminense: Batatais, Moysés e Guimarães (Machado); Santamaria, Brant e Orozimbo; Bioró (Novelli), Romeu, Sandro, Tim e Hércules.
Ginásio.

Atualmente, há na sede do clube um ginásio poliesportivo. Abriga partidas de vôlei, basquete e outros esportes. As escolinhas dos desportos de quadra do Botafogo são realizadas no local.

Retrospecto do Botafogo

[editar | editar código-fonte]
  • Jogos: 476 (1913 a 1974)
  • Vitórias: 318
  • Empates: 70
  • Derrotas: 88
  • Gols pró: 1415
  • Gols contra: 659

Referências

  1. «Estádio General Severiano - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 10 de agosto de 2023 
  2. «Botafogo – NOSSAS SEDES». www.botafogo.com.br. Consultado em 10 de agosto de 2023 
Ícone de esboço Este artigo sobre estádios de futebol é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.