Feminização (sociologia) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Na sociologia, a feminização é a mudança nos papéis de género e papéis sexuais numa sociedade, grupo ou organização para um foco no feminino. Também pode significar a incorporação da mulher num grupo ou numa profissão que antes era dominada por homens.
Exemplos de feminização na sociedade
[editar | editar código-fonte]- Feminização da educação – Maioria de docentes do sexo feminino, maioria feminina de estudantes do ensino superior e um currículo que é mais adequado ao processo de aprendizagem das mulheres.[1]
- Feminização do local de trabalho – Ocupações com remuneração mais baixa, dominadas por mulheres, como (1) preparação de alimentos, serviço de alimentação e outras ocupações relacionadas à alimentação e (2) cuidados pessoais e serviços.[2]
- Feminização do tabagismo – A frase tochas da liberdade é emblemática do fenómeno do fumo deixando de ser visto como atividade masculina para também feminina.
Definição de feminização
[editar | editar código-fonte]Feminização tem dois significados básicos. O primeiro diz respeito a uma pessoa que não era inicialmente feminina, mas se torna feminina mais tarde na sua vida através das perceções do indivíduo e daqueles ao seu redor. De acordo com a teórica de género Judith Butler, o género de uma pessoa não é apenas um ato de vontade ou auto descrição, pois também é moldado pelas pessoas que descrevem, categorizam e tratam a pessoa de acordo com suas próprias perceções de seu género. O segundo significado do termo feminização descreve quando uma pessoa que originalmente tinha qualidades femininas começa a incorporar mais atributos femininos na sua personalidade de alguma forma. O termo tem sido frequentemente usado para descrever mulheres, no entanto, com o tempo, mudou para onde o termo pode ser usado para descrever o processo de alguém ou algo se tornar mais feminino ao adotar qualidades femininas.[3]
Feminização da pobreza
[editar | editar código-fonte]As mulheres são mais propensas do que os homens a viver abaixo da linha da pobreza, um fenómeno conhecido como feminização da pobreza. As taxas de pobreza de 2015 para homens e mulheres nos EUA foram de 10% e 15%, respetivamente. As mulheres são menos propensas a buscar diplomas avançados e tendem a ter empregos com baixos salários. Existe uma disparidade salarial entre homens e mulheres: mesmo com o mesmo nível de educação e função profissional, as mulheres ganham muito menos do que os homens,[4] seja por discriminação ou por diferenças de escolha.[5]
Feminização da força de trabalho
[editar | editar código-fonte]A feminização da força de trabalho nas associações atuais é incontornável na medida em que as mulheres constituem metade da força de trabalho e a revelação delas como um potencial ativo lucrativo.[6] No pós-guerra, houve avanços consideráveis no equilíbrio da força de trabalho ao comparar o estatuto de trabalho de mulheres e homens e as taxas de remuneração nas economias da América do Norte e da Europa.[7]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Carole Leathwood, Barbara Read, 'Gender and the Changing Face of Higher Education: A Feminized Future?', Open University Press, ISBN 978-0-335-22714-3, 2008.
- ↑ Snarr, C. Melissa. “Women's Working Poverty: Feminist and Religious Alliances in the Living Wage Movement.” Journal of Feminist Studies in Religion, vol. 27, no. 1, 2011, pp. 75–93. JSTOR, JSTOR, www.jstor.org/stable/10.2979/jfemistudreli.27.1.75.
- ↑ Imhoff, Sarah (Primavera–Verão 2016). «The myth of American Jewish feminization» (PDF). Indiana University Press. Jewish Social Studies. 21 (3): 126-152. JSTOR 10.2979/jewisocistud.21.3.05. doi:10.2979/jewisocistud.21.3.05
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(ajuda) - ↑ «Beijing +5 – Women 2000: Gender Equality, Development and Peace for the 21st Century Twenty-third special session of the General Assembly, 5-9 June 2000». www.un.org. Consultado em 27 de abril de 2017
- ↑ Schow, Ashe (13 de janeiro de 2016). «Harvard prof. takes down gender wage gap myth». The Washington Examiner. Consultado em 9 de maio de 2017
- ↑ «Why The Feminisation Of The Workplace Is Good News For Everyone». Huffington Post India. Consultado em 8 de maio de 2017
- ↑ «Feminization of the labor force : paradoxes and promises in SearchWorks catalog». searchworks.stanford.edu (em inglês). Consultado em 16 de abril de 2018