Ficção – Wikipédia, a enciclopédia livre

Uma ilustração do conto Alice no País das Maravilhas de Lewis Carrol (1865), representando a protagonista fictícia, Alice, jogando uma fantasiosa partida de croquet

Ficção é qualquer trabalho criativo, principalmente qualquer trabalho narrativo, retratando indivíduos, eventos ou lugares que são imaginários ou em maneiras que são imaginárias.[1] Retratações fictícias são por isso inconsistentes com a história, fatos, ou veracidade. Num estreito senso tradicional, "ficção" se refere a narrativas escritas em prosa - muitas vezes referindo-se especificamente a romances, novelas e contos.[2] De forma mais ampla, no entanto, a ficção abrange narrativas imaginárias expressas através de qualquer meio, incluindo não apenas textos escritos mas também performances teatrais, filmes, programas de televisão, dramas radiofônicos, histórias em quadrinhos, jogos de RPG e jogos eletrônicos.

Definição e Teoria

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Tipicamente, a ficcionalidade de um trabalho é publicamente expressada, então a audiência já espera que o trabalho tenha um alto ou baixo embasamento vindo do mundo real do que apresentado, por exemplo, apenas haja a representação precisa e factual ou personagens que são pessoas reais.[3] Porque ficção é geralmente entendida não como se aderindo ao mundo real, aos temas e ao contexto do trabalho, assim como o mesmo relata problemas ou eventos do mundo real, estando aberto para interpretações.[4] Como a ficção é a que mais está estabelecida em toda a literatura (ficção narrativa), o campo de estudo da natureza, função, e significado da ficção é chamado de teoria da literária, e a interpretação mais estrita de textos fictícios específicos é chamado de crítica literária (possuindo subconjuntos como crítica de cinema e crítica teatral mais estabelecidos). Aparte das conexões do mundo real, alguns trabalhos fictícios podem representar personagens e eventos dentro do próprio contexto, inteiramente separados do universo físico conhecido: um universo ficcional independente. A arte criativa de construir um mundo imaginário é conhecido como construção de mundos (Worldbuilding).

Ficção e realidade

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Ficção versus não-ficção

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Em constraste à ficção, criadores de não-ficção assumem responsabilidade por apresentar informações (e algumas vezes opniões) baseadas apenas em fatos históricos e reais. Apesar da visão tradicional de que a ficção e a não-ficção são opostos, alguns trabalhos (particularmente os da idade moderna) quebram esse padrão, principalmente trabalhos que caem em uns certos gêneros de narrativa experimentais - incluindo algumas ficções pós-modernas, autoficções,[5] ou ficções não-criativas como novelas não-ficcionais e docudramas - assim como a fraude literária de comercializar ficção falsamente como não-ficção.[6]

Além do mais, até muitos trabalhos de ficção comumente possuem elementos de, ou se baseando em, verdades ou algum tipo de verdade, ou verdades de um certo ponto de vista. A distinção entre os dois é melhor definida do ponto de vista da audiência,  de acordo com quem um trabalho é não-ficcional se suas pessoas, configurações, e enredo são percebidas como historicamente ou factualmente reais, enquanto um trabalho é entendi como ficção se o mesmo desvia da realidade em qualquer uma dessas áreas. A distinção é mais obscurecida por uma compreensão filosófica, no qual, em uma mão, a verdade pode ser apresentada através de meios imaginários e construções, enquanto na outra mão, trabalhos da imaginação podem apenas muito bem trazer novas perspectivas significativas, ou conclusões sobre, a verdade e a realidade.

Todos os tipos de ficção convidam sua audiência a explorar ideias real, problemas ou possibilidades usando de uma outra maneira o imaginário ou usando algo parecido com a realidade, mesmo que distinto dela.

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Referências

  1. «fiction | Definition of fiction in English by Lexico Dictionaries». web.archive.org. 21 de agosto de 2019. Consultado em 16 de setembro de 2024 
  2. «Dictionary.com | Meanings and Definitions of Words at Dictionary.com». web.archive.org. 27 de agosto de 2022. Consultado em 16 de setembro de 2024 
  3. Farner, Geir (30 de janeiro de 2014). Literary Fiction: The Ways We Read Narrative Literature (em inglês). [S.l.]: Bloomsbury Publishing USA 
  4. Jonathan Culler (10 de abril de 2000). Literary Theory. Internet Archive. [S.l.]: Oxford University Press, USA 
  5. Iftekharrudin, Farhat (30 de dezembro de 2003). The Postmodern Short Story: Forms and Issues (em inglês). [S.l.]: Bloomsbury Academic 
  6. «Literary Hoaxes and the Ethics of Authorship | The New Yorker». web.archive.org. 18 de agosto de 2022. Consultado em 16 de setembro de 2024