Finalmente Club – Wikipédia, a enciclopédia livre

O Finalmente Club é um local de vida noturna gay de Lisboa, Portugal, fundado em 1976, que leva à cena espetáculos fora de horas de transformismo e drag queens, considerada a "única catedral do travesti" de Lisboa.[1] Entre os seus clientes famosos, estiveram Jean Paul Gaultier e Katy Perry. Apesar de ser conhecido por nunca fechar, nem no Natal, nem na passagem de ano, nem em dias feriados,[2] o Finalmente Clube foi obrigado a suspender a sua atividade temporariamente em 2020 e 2021 devido à pandemia de COVID-19.

O Finalmente Club foi fundado possivelmente em 2 de maio de 1976 por Eduardo Paradela, Armando Teixeira (e uma sócia), que foi seu dono durante 30 anos. Inicialmente, o Finalmente Club não teve muito sucesso, Ao princípio, o Finalmente funcionava mais como um bar gay e os espetáculos de travestismo eram muito amadores”, e só por volta de 1978 é que começou a ganhar fama. Nessa fase, funcionava das 22:00 às 2:00 e tinha um espetáculo às quintas e domingos com o título Até que Enfim, Xô, de que eram principais atrações Lydia Barloff (José Manuel Rosado), Doll Phoenix (Sérgio Alves), Ruth Bryden (Joaquim Centúrio de Almeida) e Diva Corelli.[1]

A partir dos anos 1990, passou a ser produzido, todas as segundas-feiras, o célebre espectáculo Lugar às Novas, inicialmente destinado a descobrir novos talentos e depois dedicado a travestis e performers amadores. Vinte anos depois, o Lugar às Novas ainda era considerado "um concurso de novos talentos travesti que se tornou instituição".[3]

Em setembro de 2006, Armando Teixeira vendeu o Finalmente Clube ao empresário galego José António Marquina. A discoteca é atualmente uma das mais antigas em funcionamento contínuo em Lisboa.[1]

Referências

  1. a b c Bruno Horta (29 de abril de 2016). «40 anos de Finalmente: viagem ao mundo secreto das plumas e extravagâncias». Consultado em 17 de abril de 2021 
  2. Clara Silva (6 de junho de 2019). «O sucesso intemporal do Finalmente». Consultado em 17 de abril de 2021 
  3. Ricardo J. Rodrigues (15 de setembro de 2021). «Lugar às novas». Consultado em 17 de abril de 2021 

Ligações externas

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