Nelumbo nucifera – Wikipédia, a enciclopédia livre
flor-de-lótus, lótus-sagrado Nelumbo nucifera | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Nelumbo nucifera (Gaertn,) |
Nelumbo nucifera é uma planta aquática da gênero Nelumbo, conhecida popularmente como lótus, flor-de-lótus, loto-índico e lótus-índico.[1] Apesar disto, esta planta não integra a família Nymphaeaceae (Nymphaeales), onde estão classificados a maioria dos lótus, fazendo parte da família Nelumbonaceae (Proteales).
Descrição
[editar | editar código-fonte]Trata-se de uma planta nativa da Ásia, habitante de cursos de água lentos ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade. É enraizada no fundo lodoso por um rizoma vigoroso, do qual partem grandes folhas arredondadas, sustentadas acima do espelho de água por longos pecíolos. Produz belas flores rosadas ou brancas, grandes e com muitas pétalas. É conhecida pela longevidade das suas sementes, que podem germinar após 13 séculos. Serviu de inspiração para a arquitetura do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo.
Este lótus é cultivado como planta ornamental em jardins aquáticos de todo o mundo.
Uso culinário
[editar | editar código-fonte]As flores, as sementes, as folhas novas, e as "raízes" (rizomas) desta espécie de lótus são comestíveis.
Na Ásia, suas pétalas são empregadas como enfeites, enquanto suas largas folhas são utilizadas para embrulhar comida.
O rizoma desta espécie de lótus é chamado de "ǒu" (藕) em chinês, de "bhe" em algumas regiões da Índia e Paquistão, e de "renkon" (レンコン,蓮根 [1]) em japonês). São ingredientes vegetais de uso comum em sopas e frituras.
Pétalas, folhas, e rizomas podem também ser comidos crus, mas com risco de transmissão de parasitas como Fasciolopsis buski. Portanto, é recomendado que sejam cozidas antes de serem consumidas.
Simbolismo religioso
[editar | editar código-fonte]Sua simbologia é uma de suas virtudes mais apreciadas: é associada à pureza espiritual e ao renascimento. Uma das flores mais belas, nasce em meio à lama, inspirando um caminho de purificação e de transcendência em relação a tudo que é considerado impuro no mundo.
No budismo, Buda é simbolizado em estátuas sobre uma flor de lótus, remetendo justamente a essa ideia da transcendência do mundo comum (representado pela lama, pelo lodo), ou seja, a iluminação perante a confusão mental (dualidade da mente).
"Flor de lótus" também é o nome de uma postura de meditação onde o praticante se senta com as pernas cruzadas e as plantas dos pés voltadas para cima.
- Botão em formação
- Botão florescendo
- Botão se abrindo
- Semente sem as pétalas
- Sementes
- "Cabeça" com sementes mais desenvolvidas
- Sementes secas juntas a um botão florescendo
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 048.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- «A Lótus Sagrada (Nelumbo nucifera)» (em inglês)
- «Cultivo de Plantas: botânica, história e usos da Lótus Sagrada» (em inglês)
- «Ecossistemas das Ilhas do Pacífico: Nelumbo nucifera» (em inglês)
- «A Nelumbo nucifera na medicina tradicional Chinesa» (em inglês)
- Flor de Lótus https://www.facebook.com/events/691365004243021/?ref_newsfeed_story_type=regular
- Sánchez de Lorenzo Cáceres, J.M. (Coordinador) (2000). Junta de Andalucía - Ediciones Mundi-Prensa, ed. Flora Ornamental Española Tomo I. [S.l.: s.n.] pp. 303 págs. ISBN 84-8474-001-3 ISBN 84-7114-947-8}}