Galeria de Março – Wikipédia, a enciclopédia livre
A Galeria de Março foi uma galeria de arte em atividade em Lisboa entre 1952 e 1954.
Historial
[editar | editar código-fonte]Nascida de certo modo do entusiasmo gerado pela exposição de Fernando Lemos, Vespeira e Fernando Azevedo (Casa Jalco, Lisboa, 1952), a galeria abriu em Março de 1952 com uma exposição de Almada Negreiros. Era propriedade do publicitário Manuel das Neves e teve duas sedes sucessivas: na Avenida António Augusto de Aguiar e na Rua D. Pedro V, Lisboa.[1]
Foi dirigida por José-Augusto França e, ao princípio, também por Fernando Lemos. "A sua ação foi importante dentro da atitude eclética que voluntariamente assumiu, para além das preferências e empenhos estéticos dos seus diretores", tendo dado visibilidade a um vasto leque de autores não académicos, de neorrealistas como Júlio Pomar e Lima de Freitas, a surrealistas como António Pedro, António Dacosta e Fernando Lemos, ou abstracionistas como Fernando Lanhas e Jorge de Oliveira. "Deveu-se-lhe ainda uma exposição de arte infantil [organizada por Alice Gomes e Magalhães Filho] encarada de maneira cultural com seriedade metodológica, a criação de um Prémio da Jovem Pintura" e, em certa medida, "o «lançamento» do abstracionismo em Portugal, [...] definindo-o através do I Salão de Artes Abstratas". A ausência de compradores, no quadro de um mercado de arte incipiente, levou ao encerramento prematuro da galeria.[2]
Entre outros, expuseram também nessa galeria: Sarah Afonso, Edgar Pillet, Carlos Botelho, José Júlio, João Hogan, Júlio Resende, Eurico Gonçalves, Menez.
Referências
- ↑ França, José Augusto – A arte em Portugal no século XX [1974]. Lisboa: Bertrand Editora, 1991, p. 480, 481, 596. ISBN 972-25-0045-7
- ↑ França, José Augusto – A arte em Portugal no século XX [1974]. Lisboa: Bertrand Editora, 1991, p. 480, 481, 596