Genocídio yazidi – Wikipédia, a enciclopédia livre
Genocídio yazidi é um massacre perpetrado por militantes do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) contra membros da etnia yazidi no Iraque, começando em agosto de 2014. A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou os assassinatos como genocídio.[1][2][3]
O genocídio levou a expulsão, fuga e efetivo exílio dos yazidis de suas terras ancestrais no território norte iraquiano, na área do Curdistão. Muitas mulheres yazidis foram sequestradas e usadas (ou vendidas) como escravas sexuais e é estimado que pelo menos 5 000 yazidis foram mortos,[4] muitos durante as chamadas "campanhas de conversões forçadas"[5] perpetrado principalmente no norte do Iraque pelos terroristas do EIIL em meados de 2014.[6]
A perseguição feita pelo Estado Islâmico contra os yazidis trouxe atenção e condenação internacional, sendo a principal justificativa usada pelos Estados Unidos e seus aliados a iniciar uma intervenção militar no Iraque para deter os terroristas que perpetravam os massacres. Os americanos, britânicos e australianos realizaram também uma operação de ajuda aos yazidis presos nas montanhas de Sinjar, levando a eles suprimentos (como comida, remédio e água). Os aliados ocidentais também deram armas aos milicianos curdos Peshmerga e as chamadas Unidades de Proteção Popular.[7][8]
Estima-se que pelo menos 500 000 pessoas se tornaram refugiados e pelo menos 5 mil foram mortos e 7 mil mulheres foram sequestradas.[9]
Referências
- ↑ Elise Labott; Tal Kopan (17 de março de 2016). «John Kerry: ISIS responsible for genocide». CNN. Consultado em 23 de fevereiro de 2017
- ↑ «UN accuses the "Islamic State" in the genocide of the Yazidis» (em russo). BBC. 19 de março de 2015. Consultado em 23 de fevereiro de 2017
- ↑ «The UN has blamed "Islamic State" in the genocide of the Yazidis». Radio Free Europe/Radio Liberty. 19 de março de 2015. Consultado em 16 de abril de 2015
- ↑ Hopkins, Steve (14 de outubro de 2014). «Full horror of the Yazidis who didn't escape Mount Sinjar: UN confirms 5,000 men were executed and 7,000 women are now kept as sex slaves». Londres: The Daily Mail. Consultado em 23 de fevereiro de 2017
- ↑ Arraf, Jane (7 de agosto de 2014). «Islamic State persecution of Yazidi minority amounts to genocide, UN says». The Christian Science Monitor. Consultado em 8 de agosto de 2014. Cópia arquivada em 24 de fevereiro de 2014
- ↑ Blair, David (6 de junho de 2015). «Isil's Yazidi 'mass conversion' video fails to hide brutal duress». Londres: The Telegraph. Consultado em 24 de agosto de 2014
- ↑ «Statement by the President». The White House. 7 de agosto de 2014. Consultado em 23 de fevereiro de 2017
- ↑ «US carries out air drops to help Iraqis trapped on mountain by Isis». The Guardian. 8 de agosto de 2014. Consultado em 11 de abril de 2015. Cópia arquivada em 2 de abril de 2015
- ↑ «ISIS Terror: One Yazidi's Battle to Chronicle the Death of a People». MSNBC. 23 de novembro de 2015. Consultado em 23 de fevereiro de 2017